1. (Pucgo Medicina 2021) A astrologia é uma pseudociência que estuda os corpos celestes e as prováveis relações que poderiam informar sobre a personalidade, as relações humanas, e outros assuntos relacionados à vida do ser humano e aos acontecimentos na Terra.
Leia a seguir o fragmento do texto Astrologia 2020: datas importantes e tudo o que você precisa saber, de Emilly Chan:
Para
aqueles que procuram orientação nos horóscopos, o grande evento para a década
de 2020 será quando Plutão e Saturno se alinharem no signo de Capricórnio pela
primeira vez em 500 anos. Isso é muito importante: a conjunção de Plutão e
Saturno raramente acontece (ela foi vista pela última vez em 1982). Esse
fenômeno já desencadeou alguns dos momentos mais significativos da história,
como o início da Primeira Guerra Mundial, a Segunda Guerra Mundial, a revolução
cultural dos anos 1960 e a recessão econômica dos anos 1980.
[...]
Os mapas astrológicos de 2020 também sugerem um aumento no empoderamento feminino, aumento que está relacionado ao trânsito de Urano por meio de Touro. “Os astrólogos estão vendo o ano como o ponto de virada do patriarcado para a era matriarcal”, comenta Juliana McCarthy, autora de The Stars Within You: A Modern Guide to Astrology (As estrelas dentro de você: um guia moderno de astrologia). [...]
As
informações apresentadas no texto favorecem a reflexão sobre as verdades dadas
e não questionadas, presentes na sociedade. A respeito dessa temática, marque a
única alternativa correta:
a)
Francis Bacon, em seu trabalho, afirma que os conceitos desenvolvidos
pela astrologia, na verdade, possuem aspectos da realidade, portanto Bacon acredita
que a astrologia é uma ciência verdadeira.
b)
Francis Bacon, em seu trabalho, denuncia os preconceitos e as noções
falsas que dificultam a apreensão da realidade, criando ídolos. De acordo com Bacon,
a astrologia é uma falsa ciência.
c)
John Locke, em seu trabalho, apresenta dados que possibilitam afirmar
que os conceitos desenvolvidos pela astrologia em 2020 possuem aspectos que
valorizam a experiência, visto que o fenômeno de 2020 já ocorreu antes em
outros momentos da história.
d) John Locke, em seu trabalho, denuncia a importância de se procurar a ciência em seus pequenos mundos, ou seja, a ideia de que a astrologia enquanto pseudociência possa esclarecer as transformações no mundo em 2020, com base na análise astrológica do trânsito de Urano em Touro.
2.
(Uece 2021) “Ciência e poder do homem coincidem, uma vez que,
sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, se
não quando se lhe obedece. E o que à contemplação apresenta-se como causa é
regra na prática.”
Bacon, F. Novum organum, Livro I, Aforismo I. Trad. brs. José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
Nessa
passagem, o filósofo Francis Bacon, considerado o fundador do empirismo,
defende
a)
uma relação contemplativa com a natureza, com foco no conceito de causa.
b)
que é possível dominar a natureza, com base no conhecimento das causas.
c)
que é preciso saber obedecer à natureza, mas não conhecê-la ou
dominá-la.
d) que a causa não é cognoscível, mas apenas objeto de uma prática costumeira.
3. (Uece 2020) “Toda a obra de Francis bacon se destina a substituir uma cultura do
tipo retórico-literário por uma do tipo técnico-científico. Bacon está
perfeitamente consciente de que a realização deste programa de reforma comporta
numa ruptura com a tradição. De que tal ruptura diz respeito não só ao modo de
pensar, mas também ao modo de viver dos homens. O tipo de discurso filosófico
elaborado no mundo clássico pressupõe, segundo Bacon, a superioridade da
contemplação sobre as obras, da resignação diante da natureza sobre a conquista
da natureza, da reflexão acerca da interioridade sobre a pesquisa voltada para
os fatos e as coisas.”
ROSSI, Paolo. Os filósofos e as máquinas:1400-700. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p.75/adaptado.
A passagem acima expõe a relação entre
o pensamento filosófico moderno, representado por Francis Bacon, e o pensamento
filosófico clássico. Sobre essa relação, é correto afirmar que
a)
não houve nenhuma mudança substantiva entre a forma
como os modernos pensavam o mundo e a forma como os antigos interpretavam a
realidade, a não ser no aspecto da adoção de um processo metodológico
diferenciado do pensamento.
b)
a filosofia dos modernos buscava compreender a
forma do pensamento e a partir de um raciocínio dedutivo, ao contrário dos
antigos que baseavam o pensamento na forma indutiva e experimental de abordagem
da realidade.
c)
a mudança da maneira com que os filósofos da
modernidade passaram a pensar a realidade foi radical em relação aos antigos,
representando uma ruptura com um tipo de saber retórico e a adoção de um
pensamento focado na pesquisa sobre os fatos e as coisas.
d) embora ancorada em raciocínio lógico e em um método mais preciso de análise, a filosofia dos modernos mostrava-se inferior ao pensamento antigo, em decorrência tanto de sua dependência excessiva da experiência, como do abandono do raciocínio.
4. (Enem 2019) TEXTO I
Os segredos da natureza se revelam
mais sob a tortura dos experimentos do que no seu curso natural.
BACON, F. Novum Organum, 1620. In: HADOT, P. O véu de Ísis:
ensaio sobre a história da ideia de natureza. São Paulo: Loyola, 2006.
TEXTO II
O
ser humano, totalmente desintegrado do todo, não percebe mais as relações de
equilíbrio da natureza. Age de forma totalmente desarmônica sobre o ambiente,
causando grandes desequilíbrios ambientais.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. Campinas: Papirus, 1995.
Os
textos indicam uma relação da sociedade diante da natureza caracterizada pela
a)
objetificação do espaço físico.
b)
retomada do modelo criacionista.
c)
recuperação do legado ancestral.
d)
infalibilidade do método científico.
e) formação da cosmovisão holística.
5.
(Uel 2018) Resta-nos um único e simples método, para alcançar
os nossos intentos: levar os homens aos próprios fatos particulares e às suas
séries e ordens, a fim de que eles, por si mesmos, se sintam obrigados a renunciar
às suas noções e comecem a habituar-se ao trato direto das coisas.
(BACON, F. Novum Organum Trad. José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 26.)
Com
base no texto e nos conhecimentos sobre o problema do método de investigação da
natureza em Bacon, assinale a alternativa correta.
a)
O preceito metodológico do “trato direto das coisas” supõe que cada um
já possui em si as condições para realizar a investigação da natureza.
b)
A investigação da natureza consiste em aplicar um conjunto de
pressupostos metafísicos, cuja função é orientar a investigação.
c)
As “séries e ordens” referentes aos fatos particulares resultam da
aplicação dos pressupostos do método de investigação.
d)
A renúncia às noções que cada um possui é o princípio do método de
investigação, que levará a ida aos fatos particulares.
e) O método de interpretação da natureza propõe uma nova atitude com relação às coisas e uma nova compreensão dos poderes do intelecto.
6.
(Unesp 2016) Os ídolos e noções falsas que ora ocupam o
intelecto humano e nele se acham implantados não somente o obstruem a ponto de
ser difícil o acesso da verdade, como, mesmo depois de superados, poderão
ressurgir como obstáculo à própria instauração das ciências, a não ser que os
homens, já precavidos contra eles, se cuidem o mais que possam. O homem se
inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as
dificuldades, levado pela impaciência da investigação; rejeita os princípios da
natureza, em favor da superstição; rejeita a luz da experiência, em favor da
arrogância e do orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e efêmeras;
rejeita paradoxos, por respeito a opiniões vulgares. Enfim, inúmeras são as
fórmulas pelas quais o sentimento, quase sempre imperceptivelmente, se insinua
e afeta o intelecto.
Na
história da filosofia ocidental, o texto de Bacon preconiza
a)
um pensamento científico racional afastado de paixões e preconceitos.
b)
uma crítica à hegemonia do paradigma cartesiano no âmbito científico.
c)
a defesa do inatismo das ideias contra os pressupostos da filosofia
empirista.
d)
a valorização romântica de aspectos sentimentais e intuitivos do
pensamento.
e) uma crítica de caráter ético voltada contra a frieza do trabalho científico.
7.
(Ufsm 2015) O conhecimento é uma ferramenta essencial para a
sobrevivência humana. Os principais filósofos modernos argumentaram que nosso
conhecimento do mundo seria muito limitado se não pudéssemos ultrapassar as
informações que a percepção sensível oferece. No período moderno, qual processo
cognitivo foi ressaltado como fundamental, pois permitia obter conhecimento
direto, novo e capaz de antecipar acontecimentos do mundo físico e também do
comportamento social?
a)
Dedução.
b)
Indução.
c)
Memorização.
d)
Testemunho.
e) Oratória e retórica.
8. (Enem 2013) Os produtos e seu
consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta
foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de
que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa,
convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e
impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero
imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua
vida, física e culturalmente.
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques, Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).
Autores da filosofia moderna,
notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como
uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza.
Nesse contexto, a investigação científica consiste em
a) expor a essência da verdade e resolver
definitivamente as disputas teóricas ainda existentes.
b) oferecer a última palavra acerca das coisas que
existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
c) ser a expressão da razão e servir de modelo para
outras áreas do saber que almejam o progresso.
d) explicitar as leis gerais que permitem
interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.
e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos
naturais e impor limites aos debates acadêmicos.
9. (Uenp 2012) A charge abaixo retrata a oposição epistemológica de duas escolas filosóficas cujos iniciadores podem ser considerados, respectivamente, Francis Bacon e René Descartes. Assinale a alternativa correta.
b) Ceticismo X Existencialismo
c) Empirismo X Racionalismo
d) Racionalismo X Existencialismo
e) Racionalismo X Ceticismo
10. (Uel 2011) Francis Bacon, em sua obra Nova Atlântida, imagina uma utopia tecnocrática na qual o sofrimento humano poderia ser removido pelo desenvolvimento e pelo aperfeiçoamento do conhecimento científico, o qual permitiria uma crescente dominação da natureza e um suposto afastamento do mito. Na obra Dialética do Esclarecimento, Adorno e Horkheimer defendem que o projeto iluminista de afastamento do mito foi convertido, ele próprio, em mito, caindo no dogmatismo e em numa forma de mitologia. O progresso técnico-científico consiste, para Adorno e Horkeheimer, no avanço crescente da racionalidade instrumental, a qual é incapaz de frear iniciativas que afrontam a moral, como foram, por exemplo, os campos de concentração nazistas.
Com base no texto e nos conhecimentos
sobre o desenvolvimento técnico-científico, é correto afirmar:
a) Bacon pensava que o incremento da racionalidade
instrumental aliviaria as causas do sofrimento humano, apesar de a razão, a
longo prazo, sucumbir novamente ao mito.
b) Adorno e Horkheimer concordavam que o progresso
científico não consegue superar o mito, mas se torna um tipo de concepção
mítica incapaz de discriminar o que é certo do que é errado moralmente.
c) Adorno e Horkheimer sustentavam que o crescente
avanço da racionalidade instrumental consistia num incremento da capacidade
humana de avaliar moralmente.
d) Bacon apontava que o aumento da capacidade de
domínio do homem sobre a natureza conduziria os seres humanos a uma forma de
dogmatismo.
e) Tanto Adorno e Horkheimer quanto Bacon viam o progresso técnico e científico como a solução para os sofrimentos humanos e para as incertezas morais humanas.
11. (Uff 2010) Segundo o filósofo
inglês Francis Bacon (1561-1626), o ser humano tem o direito de dominar a
natureza e as técnicas; as ciências são os meios para exercer esse poder.
Que processo histórico pode ser
diretamente associado a essas ideias?
a) Os ideais de retorno à vida natural.
b) O bloqueio continental imposto à Europa por
Napoleão Bonaparte.
c) A Contrarreforma promovida pela Igreja
Católica.
d) O surgimento do estilo barroco nas artes.
e) A Revolução Industrial.
12. (Pucpr 2009) São de quatro gêneros
os ídolos que bloqueiam a mente humana. Para melhor apresentá-los, assinalamos
os nomes: Ídolos da Tribo, Ídolos da Caverna, Ídolos do Foro e Ídolos do
Teatro.”
Fonte: BACON. Novum Organum..., São Paulo: Nova Cultural, 1999, p.33.
É correto afirmar que para Bacon:
a) Os Ídolos da Tribo e da Caverna são os
conhecimentos primitivos que herdamos dos nossos antepassados mais
notáveis.
b) Os Ídolos do Teatro são todos os grandes atores
que nos influenciam na vida cotidiana.
c) Os Ídolos do Foro são as ideias formadas em nós
por meio dos nossos sentidos.
d) Através dos Ídolos, mesmo considerando que temos
a mente bloqueada, podemos chegar à verdade.
e) Os Ídolos são falsas noções e retratam os principais motivos pelos quais erramos quando buscamos conhecer.
13. (Ufsj 2012) Sobre os ídolos
preconizados por Francis Bacon, é CORRETO afirmar que:
a) “A consequência imediata da ação dos ídolos é a
inscrição do Homem num universo de massacre e sofrimento racional-indutivo,
onde o conhecimento científico se distancia da filosofia, se deteriora e se
amesquinha”.
b) “Toda idolatria é forjada no hábito e na
subjetividade humanos”.
c) “Os ídolos invadem a mente humana e para
derrogá-los, é necessário um esforço racional-dedutivo de análise, como bem
advertiu Aristóteles”.
d) “Os ídolos da caverna são os homens enquanto
indivíduos, pois cada um [...] tem uma caverna ou uma cova que intercepta e
corrompe a luz da natureza”.
14. (Uel 2012) A figura do homem que triunfa sobre a natureza bruta é significativa para se pensar a filosofia de Francis Bacon (1561-1626).
I. O homem deve agir como intérprete da natureza
para melhor conhecê-la e dominá-la em seu benefício.
II. O acesso ao conhecimento sobre a natureza
depende da experiência guiada por método indutivo.
III. O verdadeiro pesquisador da natureza é um
homem que parte de proposições gerais para, na sequência e à luz destas,
clarificar as premissas menores.
IV. Os homens de experimentos processam as
informações à luz de preceitos dados a priori pela razão.
Assinale a alternativa correta.
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
15. (Uel 2011) O pensamento moderno caracteriza-se pelo crescente abandono da ciência aristotélica. Um dos pensadores modernos desconfortáveis com a lógica dedutiva de Aristóteles – considerando que esta não permitia explicar o progresso do conhecimento científico – foi Francis Bacon. No livro Novum Organum, Bacon formulou o método indutivo como alternativa ao método lógico-dedutivo aristotélico.
Com base no texto e nos conhecimentos
sobre o pensamento de Bacon, é correto afirmar que o método indutivo
consiste
a) na derivação de consequências lógicas com base
no corpo de conhecimento de um dado período histórico.
b) no estabelecimento de leis universais e
necessárias com base nas formas válidas do silogismo tal como preservado pelos
medievais.
c) na postulação de leis universais com base em
casos observados na experiência, os quais apresentam regularidade.
d) na inferência de leis naturais baseadas no
testemunho de autoridades científicas aceitas universalmente.
e) na observação de casos particulares revelados
pela experiência, os quais impedem a necessidade e a universalidade no
estabelecimento das leis naturais.
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