1.
(Pucrs Medicina 2023) Considere a canção Ponta de
Areia, de Milton Nascimento e Fernando Brant.
Ponta de areia
Ponto final
Da Bahia-Minas
Estrada natural
Que ligava Minas
Ao porto, ao mar
Caminho de ferro
Mandaram arrancar
Velho maquinista
Com seu boné
Lembra o povo alegre
Que vinha cortejar
Maria-fumaça
Não canta mais
Para a moça, as flores
Janelas e quintais
Na praça vazia
Um grito, um ai
Casas esquecidas
Viúvas nos portais
Escrita
em 1975, a canção trata das transformações pelas quais a região em destaque
passava. Ao interpretá-la à luz da Geografia, assinale a alternativa correta.
a)
A transformação espacial abordada pode ser explicada pelo avanço do meio
técnico-científico-informacional sobre áreas naturais, na medida em que os espaços
sofrem alterações com a territorialização de novas infraestruturas.
b)
A transformação espacial abordada pode ser explicada pelo avanço do meio
técnico-científico-informacional, na medida em que os espaços sofrem alterações
com a retirada de infraestrutura visando à sustentabilidade socioambiental.
c)
A transformação da paisagem em questão é fruto da modernização pela qual
o país passava, alterando o modo de transporte dos minérios extraídos de Minas
Gerais, que passou a ser realizado por rodovias.
d) A transformação espacial abordada é fruto da redistribuição das técnicas de modo seletivo nos territórios, produzindo, nesse caso, a supressão de infraestrutura.
2. (Ufam-psc 3 2023) Leia o texto a seguir:
Olhando
para a Amazônia e para o estado do Amazonas, chama atenção a representação dos
rios que entrecortam todo o estado, os quais foram fundamentais para a
conquista do território em tempos pretéritos e permitem a navegação de
embarcações.
Fonte: OLIVEIRA NETO, T.; NOGUEIRA, R.J.B. Os transportes e as dinâmicas territoriais no Amazonas, Confins [Online], 43 | 201.
Sobre
a rede de transporte fluvial na Amazônia, é INCORRETO afirmar que:
a)
o transporte em embarcações como “lanchas”, “a Jato” ou “expresso”
ocorre unicamente entre a cidade de Manaus e as cidades de Parintins, Tefé,
Coari e Itacoatiara.
b)
uma das modalidades fluviais é o roll-on/roll-off amazônico, conhecido
também como Ro-Ro Caboclo, com o transporte de carretas e contêineres em balsas
e em comboios fluviais.
c)
o transporte fluvial de cargas é composto por empresas que se utilizam
de várias embarcações (rebocadores e comboios fluviais) e realizam viagem entre
Manaus-Belém e Manaus-Porto Velho, principalmente através dos rios Amazonas e
Madeira.
d)
uma das particularidades do transporte fluvial da região amazônica é a
dispersão da população ao longo de uma rota fluvial.
e) o comércio da borracha silvestre foi responsável pela instalação de linhas regulares de navegação que ligavam Manaus a Gênova, a Liverpool e a Nova Iorque.
3. (Unesp 2023) Examine o mapa.
Os dados representados no mapa evidenciam
a)
homogeneidade no avanço tecnológico.
b)
intolerância às mudanças socioeconômicas.
c)
desigualdade no acesso à informação.
d)
heterogeneidade no setor privado de logística.
e) equidade no setor de telecomunicações.
4. (Pucrj 2023) No Código Nacional de Trânsito brasileiro, a legislação é muito clara em relação à importância das vias e sua classificação para a circulação nos espaços urbanos e rurais do país.
Dentre
os pontos de conhecimento geográfico necessários na legislação, as estradas
vicinais são destacadas pela importância que têm para
a)
classificar o grau de conexão entre os estados.
b)
proporcionar acesso às propriedades rurais.
c)
conectar as rodovias federais às estaduais.
d)
diferenciar as rodovias das vias sem asfalto.
e) interligar os espaços rurais e urbanos.
5.
(Fmj 2023) O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o
julgamento da ação que paralisa a Ferrogrão, projeto ferroviário que liga o
Mato Grosso ao Pará. O empreendimento foi suspenso por liminar de março de 2021
que questiona a alteração dos limites da Floresta Nacional do Jamanxim, no
Pará, para a passagem dos trilhos. Em defesa da ferrovia, o governo diz que o
projeto reduz o custo do transporte de grãos do Mato Grosso ao substituir
milhares de caminhões que hoje trafegam pela BR-163, rota usada para escoar a
produção por portos fluviais no Pará. A pressão contrária ao projeto não se
limita ao Brasil. Em agosto de 2021, uma delegação internacional de ativistas e
políticos esteve no país para questionar o projeto, que é encarado como uma
“nova Belo Monte”, com relação à grande dimensão dos danos causados ao meio
ambiente e às comunidades tradicionais locais.
(Nicola Pamplona. “STF marca julgamento de ação que trava ferrovia na Amazônia”. www1.folha.uol.com.br, 03.06.2022. Adaptado.)
A
oposição descrita no excerto faz menção
a)
à valorização econômica e territorial e à redução dos impactos humanos
de sobre o meio ambiente.
b)
à possibilidade de redução do chamado Custo Brasil e à ampliação dos
impactos socioambientais.
c)
à construção da estrutura energética e à manutenção das condições
naturais da fauna e flora regional.
d)
à disponibilidade de investimentos em corredores ecológicos e à
ampliação das ações de preservação ambiental no Brasil.
e) à viabilidade do processo de integração regional e à intensificação das políticas agroextrativistas.
6. (Fuvest-Ete 2022) Nos últimos anos, ganhou destaque na paisagem
urbana das grandes cidades a presença maciça de motoboys; parte expressiva deles são entregadores por aplicativos.
Além deles, motoristas de aplicativos já haviam ganhado espaço como
responsáveis por mais uma forma de mobilidade urbana. Muitos autores acreditam
que esteja ocorrendo um processo geral denominado "uberização" do
trabalho, como argumenta Ludmila Abílio: "A uberização evidencia o
presente e as tendências da gestão e subordinação do trabalho, que operam na indistinção entre vigilância, controle e
gerenciamento do trabalho. Envolve a possibilidade de extração, processamento e
gerenciamento de dados em dimensões gigantescas e ao mesmo tempo centralizadas,
contando com as possibilidades contemporâneas de mapeamento integral do
processo produtivo. Esse mapeamento e gerenciamento hoje incorporam, de novas
maneiras ainda pouco conhecidas, a vida cotidiana de trabalhadores, usuários,
consumidores.
ABÍLIO, Ludmila Costhek. Uberização: a era do trabalhador just-in-time? Estudos Avançados, 34 (98).
Nesse texto há uma definição de uberização.
Assinale a alternativa que, segundo essa definição, está correta. A uberização
do trabalho
a) é um
fenômeno restrito ao trabalho de entregadores e motoristas de aplicativos.
b) representa
maior autonomia dos trabalhadores nos seus postos de trabalho.
c) apoia-se
no desenvolvimento tecnológico de mapea¬mento de grande quantidade de dados
para gerenciar os processos de trabalho.
d) significa
que todos os trabalhos, no futuro, serão gerenciados por grandes empresas de
aplicativos.
e) é um processo que não depende das informações da vida cotidiana dos usuários, consumidores e trabalhadores.
7. (Pucrj 2022) Observe o esquema referente à ampliação do setor portuário e seu contexto urbano.
Assinale a opção correta:
a) A
expansão portuária reduz a poluição urbana.
b) A
dinâmica portuária diminui o preço do solo urbano.
c) A
atividade portuária afasta do centro urbano o comércio diversificado.
d) A especialização portuária estimula o transporte multimodal na área urbana.
8. (Fmc 2021) As grandes capitais brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, estão
propícias à intensificação da pandemia de covid-19 porque são
a) mais
abertas ao turismo e aos negócios por apresentarem índices de desenvolvimento
elevados e poucos contrastes sociais, na mesma medida das cidades nordestinas.
b) mais
desenvolvidas industrialmente e sem uma cobertura verde que possa servir de
barreira para a entrada de epidemias, criando políticas de sustentabilidade
próximas às implementadas na região amazônica, diminuindo, com isso, os
contrastes econômicos.
c) menos
expostas aos vírus e às epidemias, uma vez que seu desenvolvimento econômico
garante a presença de uma atenção maior para a saúde coletiva, ultrapassando o
modelo do SUS, e reduzindo os contrastes sociais.
d) pontos
de referência para outros deslocamentos no Brasil, fazendo com que seus portos
e aeroportos sejam portas abertas para a circulação do vírus e a disseminação
de infecção, além de serem aquelas que apresentam maiores contrastes sociais
desde a Revolução de 1930.
e) menos capacitadas para enfrentar situações de crise por falta de incentivos privados e públicos ao desenvolvimento urbano e por ausência de controle dos seus portos e aeroportos, provocando uma circulação de doenças nas áreas centrais e históricas, onde se concentra a população de alta renda.
9. (Ueg 2021) Observe a imagem a seguir.
A questão da mobilidade urbana no Brasil,
apresentada na imagem, é decorrente:
a) do
incipiente investimento em transporte coletivo, como metrôs, trens urbanos e
corredores de ônibus.
b) do
planejamento urbano e da evolução dos transportes coletivos nas grandes cidades
brasileiras.
c) das
políticas de mobilidade que atendem as áreas centrais e periféricas das
cidades.
d) da
flexibilidade no horário das atividades urbanas, distribuindo-as ao longo do
dia.
e) do incentivo ao uso de ciclovias, caronas coletivas e rodízios de carros.
10. (Famema 2021) Analise o gráfico.
O contexto expresso no gráfico indica a necessidade
brasileira de
a) incentivar
políticas de obsolescência programada.
b) aumentar
os investimentos no setor de logística.
c) reavaliar
as infraestruturas dedicadas ao marketing.
d) promover
a organização de compras coletivas.
e) combater os resquícios do consumo consciente.
11. (Ufjf-pism 2 2021) “Apesar do imbróglio judicial que envolve o Porto
Seco de Juiz de Fora, as operações na estação aduaneira seguem sem
interrupções. Os rumores de que as atividades seriam encerradas foram
desmentidos pela administradora Multiterminais Alfandegados do Brasil à
Tribuna. O local segue funcionando sob liminar e, no dia 21 de fevereiro,
recebeu a autorização especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) para prestação de serviços de armazenagem de mercadorias como
medicamentos, cosméticos e alimentos.”
Disponível em: https://tribunademinas.com.br/noticias/economia/04-05-2019/porto-seco-recebe-autorizacao-para-operar-commedicamentos-cosmeticos-e-alimentos.html. Acesso em 06/11/2020
Sobre os chamados “Portos Secos” pode-se afirmar
CORRETAMENTE que são:
a) Portos
existentes em rios, ou áreas alagadas como o Pantanal Matogrossense, que são
intermitentes, ou seja, secam em determinado período do ano, tornando sua
função inviável durante o período da estiagem.
b) Portos
livres da corrupção comumente atrelada à atividade portuária e dos pagamentos
indevidos de impostos que oneram as atividades de importação e de exportação de
produtos industrializados.
c) Portos
livres das taxas alfandegárias que oneram o chamado “custo Brasil”, retirando
os excessivos impostos que incidem sobre produtos importados, encarecendo-os e
induzindo à consequente inflação.
d) Portos
existentes em antigas áreas marítimas, fluviais ou pantaneiras que foram
drenadas e aterradas para dar lugar à instalação de meios transportes
intermodais como ferrovias, rodovias e aeroportos.
e) Áreas secundárias às atividades alfandegárias, normalmente conectadas a uma rede de transportes intermodais, nos quais se permite a estocagem e trâmites especiais de pagamentos alfandegários.
12. (Ufjf-pism 2 2021) Observe a imagem, leia atentamente o texto indicado e responda à questão abaixo:
Repavimentação da BR-319 pode quadruplicar desmatamento no Amazonas
Um
estudo inédito sobre o possível impacto Ambiental provocado pela pavimentação
da rodovia BR-319 mostra que o desmatamento acumulado no estado do Amazonas
pode aumentar quatro vezes até 2050. (...) E mais: seria praticamente
impossível que o Brasil cumprisse acordos climáticos internacionais, por causa
do aumento de emissões de gases de efeito estufa.
O
estudo do Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG) projeta dois cenários para o período (2017 a 2050), um
sem e o outro com obras na rodovia.
O
primeiro cenário, sem a pavimentação, mantém a média anual de desmatamento dos
últimos cinco anos, que é de 1,1 mil km2, segundo dados do
Prodes/Inpe. No segundo, com a pavimentação, (...) elevaria as taxas de
desmatamento chegando a 9,4 mil km2 anuais em 2050. O desmatamento
acumulado no Amazonas de 2017 a 2050 passaria então de 40 mil km2 no
primeiro cenário, para 170 mil km2 no segundo - quatro vezes mais
com a pavimentação.
Adaptado de: https://www.dw.com/pt-br/repavimenta%C3%A7%C3%A3o-da-br-319-pode-quadruplicar-desmatamento-no-amazonas/a-55506804. Acesso em 08/11/2020.
Escolha a opção que explica CORRETAMENTE a relação
entre a pavimentação da BR 319 e os Impactos Ambientais descritos no texto.
a) A
pavimentação da rodovia a converteria em uma disseminadora natural do fogo, na
medida em que os resíduos petroquímicos utilizados na manta asfáltica entram em
combustão em altas temperaturas, como ocorre na região Amazônica.
b) A
pavimentação da rodovia estimularia fluxos migratórios, expansão de atividades
agrícolas, mineradoras e de atividades extrativistas (madeira) e a ocupação de
terras, o que causaria o aumento exponencial do desmatamento.
c) A
pavimentação da rodovia permitirá um melhor uso do solo na região, utilizando o
“fogo frio para combater o fogo na região amazônica, concentrando as queimadas
no entorno da BR 319”, conforme defendeu o ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles.
d) A
pavimentação da rodovia provocaria maiores manifestações sociais, como as dos
povos tradicionais, agricultores familiares e grupos de camponeses sem terra,
que costumam depredar e incendiar a mata em suas ações reivindicatórias.
e) A relação entre a pavimentação da rodovia e o desmatamento previsto nessa reportagem é falacioso, pois com a melhoria da rodovia, as atividades econômicas poderão ser melhor fiscalizadas e o índice de queimadas tenderá a diminuir.
13. (Pucpr Medicina 2020) Um dos temas mais polêmicos do ano de 2019
refere-se à questão envolvendo os patinetes elétricos. Essa questão gerou
embates na cidade de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba e envolve o código
brasileiro de trânsito que entrou em vigor em 1998. Porém as primeiras regras
em relação a esses tipos de veículos surgiram em 2013, destacando as seguintes
normas:
·
circulação apenas em
calçadas, ciclovias e ciclofaixas.
·
velocidade máxima de 6
km/h em calçadas e 20 km/h em ciclovias e ciclofaixas.
·
capacete não é
obrigatório.
Fonte: <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/05/31/patinetes-entenda-a-polemica-entre-a-prefeitura-de-sp-e-as-empresas-de-compartilhamento.ghtml>.
Acesso em: 10/08/19.
Assinale a alternativa que apresenta uma
consequência positiva e outra negativa para a população no que diz respeito ao
tema.
a) Redução
dos custos de transportes coletivos - aumento da criminalidade.
b) Aumento
das áreas de lazer - diminuição da fiscalização no trânsito.
c) Redução
da economia compartilhada - proibição do uso de patinetes para crianças e
adolescentes.
d) Diminuição
da poluição - aumento do número de acidentes.
e) Limitação da velocidade em áreas urbanas - restrição do uso dos patinetes ao centro das grandes cidades.
14. (Uerj 2016)
No mapa, são informados tanto a
intensidade dos fluxos de passageiros por via aérea quanto o correspondente
movimento de passageiros em cada cidade, no ano de 2010.
De acordo com as informações, a rede de
cidades do Brasil é caracterizada pelo seguinte aspecto:
a) prevalência de centro primaz
b) ocorrência de hierarquia urbana
c) constituição de áreas conurbadas
d) periferização de regiões metropolitanas
15. (Unicamp 2016)
Sobre o papel da cabotagem no processo
de formação do território brasileiro, é correto afirmar:
a) A cabotagem viabilizou o comércio marítimo entre
os principais portos do território no período colonial. Todavia, esse sistema
de transporte veio a encerrar suas atividades no final do século XIX, quando o
transporte ferroviário passou a responder por todas as trocas interprovinciais.
b) A cabotagem consistiu num primitivo sistema de
transportes do início da colonização, articulando os portos das principais
cidades. Trata-se de um elemento primordial para a formação do território
brasileiro, pois permitiu sua precoce unificação e completa articulação
inter-regional.
c) A cabotagem teve importante papel no longo
processo de formação do território brasileiro, transportando pessoas,
mercadorias e informações entre os principais portos desde o período colonial.
No século XX, perdeu importância para o sistema de transporte rodoviário.
d) A cabotagem foi implantada no Brasil no final do século XIX, fazendo uso de modernos navios a vapor para articular o comércio interprovincial. Atualmente, concorre com os sistemas ferroviário e rodoviário para transportar cargas, particularmente aquelas conteinerizadas.
16. (Fgvrj 2016) Na economia
globalizada, ocorre uma maior circulação de pessoas, produtos, capital,
informações etc. entre os países. Para isso, são criados e aperfeiçoados
sistemas de engenharia que facilitam o movimento.
Sobre a situação brasileira quanto a
esses sistemas, analise as afirmações a seguir.
I. Ao longo da segunda metade do século XX, o
Estado brasileiro investiu em sistemas de engenharia capazes de criar as
condições de circulação indispensáveis à sua integração ao comércio
internacional.
II. As deficiências da infraestrutura de
transportes oneram as exportações de commodities agrícolas,
porque causam um gargalo logístico que dificulta o escoamento da produção.
III. Na primeira década do século XXI, o Estado brasileiro instalou sistemas de transportes articulados com o objetivo de aumentar a polarização da Região Concentrada.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I, II e III.
d) I e II, apenas.
e) II, apenas.
17. (Uece 2016) A taxa de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará cresceu 4,36% em 2014,
de acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto de Pesquisa e
Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Atente ao que se diz sobre a economia
do Ceará.
I. O setor
de serviços representa aproximadamente 8% da economia do Estado do Ceará,
apresentando-se em ascendência para os próximos anos.
II. Mesmo em
um cenário de escassez hídrica, houve aumento na produção de grãos entre 2013 e
2014.
III. O setor
agropecuário tem grande representatividade no PIB do Estado, sendo responsável
por mais de 75% do mesmo.
Está correto o que se afirma somente em
a) I e II.
b) II.
c) II e III.
d) I.
18. (Unesp 2015) Analise a tabela.
Variação do percentual de posições de
atendimento das empresas de teleatendimento, por região brasileira, 2000-2011.
(Marina Castro de Almeida. “Em outros pontos da rede”. Estudos Geográficos, janeiro/julho de 2014.)
A partir dos dados apresentados na
tabela e considerando as especificidades dos serviços de teleatendimento, é
correto afirmar que, no período analisado, houve
a) redução na representatividade da região Sudeste,
explicada pela baixa dinâmica econômica e pela parca disponibilidade de mão de
obra qualificada.
b) redução na representatividade da região Sul,
entendida pelo colapso de suas redes informacionais e pelos altos impostos
cobrados pela administração pública.
c) aumento na representatividade da região Nordeste,
associado à disponibilidade de redes técnico-informacionais e aos menores
custos de operação.
d) aumento na representatividade da região
Centro-Oeste, devido ao incremento do agronegócio e à ampliação dos serviços
terceirizados.
e) redução na representatividade da região Norte, explicada pela raridade de centros urbanos e pelo interesse privado em oferecer serviços ligados ao campo.
19. (Enem 2014) A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que começa a ser
construída apenas em 1905, foi criada, ao contrário das outras grandes
ferrovias paulistas, para ser uma ferrovia de penetração, buscando novas áreas
para a agricultura e povoamento. Até 1890, o café era quem ditava o traçado das
ferrovias, que eram vistas apenas como auxiliadoras da produção cafeeira.
CARVALHO, D. F. Café, ferrovias e crescimento populacional: o florescimento da região noroeste paulista. Disponível em: www.historica.arquivoestado.sp.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
Essa nova orientação dada à expansão
ferroviária, durante a Primeira República, tinha como objetivo a
a) articulação de polos produtores para exportação.
b) criação de infraestrutura para atividade
industrial.
c) integração de pequenas propriedades
policultoras.
d) valorização de regiões de baixa densidade demográfica.
e) promoção de fluxos migratórios do campo para a cidade.
20. (Enem 2014) A urbanização
brasileira, no início da segunda metade do século XX, promoveu uma radical
alteração nas cidades. Ruas foram alargadas, túneis e viadutos foram construídos.
O bonde foi a primeira vítima fatal. O destino do sistema ferroviário não foi
muito diferente. O transporte coletivo saiu definitivamente dos trilhos.
JANOT, L. F. A caminho de Guaratiba. Disponível em: www.iab.org.br. Acesso em: 9 jan. 2014 (adaptado).
A relação entre transportes e
urbanização é explicada, no texto, pela
a) retirada dos investimentos estatais aplicados em
transporte de massa.
b) demanda por transporte individual ocasionada
pela expansão da mancha urbana.
c) presença hegemônica do transporte alternativo
localizado nas periferias das cidades.
d) aglomeração do espaço urbano metropolitano
impedindo a construção do transporte metroviário.
e) predominância do transporte rodoviário associado à penetração das multinacionais automobilísticas.
21. (Ufsj 2012) Sobre a organização do
espaço brasileiro, é CORRETO afirmar que o
a) crescimento de áreas agrícolas destinadas ao
mercado externo, como as da soja, favoreceu o fortalecimento das lavouras
tecnificadas.
b) sistema de transportes predominante no Brasil é
multimodal e articula rodovias, ferrovias, hidrovias e portos, fato que reduz o
custo da produção brasileira.
c) descobrimento das reservas do Pré-Sal fez a
Petrobrás abandonar os investimentos em pesquisa para geração de combustíveis
alternativos como os bicombustíveis.
d) setor secundário foi o que mais cresceu no Brasil e é hoje responsável pela elevação dos fluxos migratórios do campo para as grandes cidades.
22. (Enem 2012) A soma do tempo gasto
por todos os navios de carga na espera para atracar no porto de Santos é igual
a 11 anos — isso, contando somente o intervalo de janeiro a outubro de 2011. O
problema não foi registrado somente neste ano. Desde 2006 a perda de tempo
supera uma década.
Folha de S. Paulo, 25 dez. 2011 (adaptado).
A situação descrita gera consequências
em cadeia, tanto para a produção quanto para o transporte. No que se refere à
territorialização da produção no Brasil contemporâneo, uma dessas consequências
é a
a) realocação das exportações para o modal aéreo em
função da rapidez.
b) dispersão dos serviços financeiros em função da
busca de novos pontos de importação.
c) redução da exportação de gêneros agrícolas em
função da dificuldade para o escoamento.
d) priorização do comércio com países vizinhos em
função da existência de fronteiras terrestres.
e) estagnação da indústria de alta tecnologia em função da concentração de investimentos na infraestrutura de circulação.
23. (Unicamp simulado 2011) As estradas
de ferro brasileiras nunca constituíram uma rede nacional. Mesmo durante seu
tempo de (modesto) esplendor, resumiam-se a uma coleção de linhas de exportação
de minerais e produtos agrícolas, que raramente tomavam a forma de uma rede
regional, exceto, parcialmente, no Nordeste ou no Estado de São Paulo.
(Adaptado de Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello, Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP/Imprensa Oficial, 2005, p. 204 e 205.)
A malha ferroviária no Brasil nunca constituiu uma rede nacional porque
a) possui uma malha com diferentes bitolas e
interliga especialmente áreas do interior do país, visando a integração
regional.
b) apesar de apresentar grande integração das
malhas, liga preferencialmente o interior aos portos, visando a
exportação.
c) possui uma malha com diferentes bitolas e
interliga especialmente áreas do interior aos portos, visando a
exportação.
d) apesar de apresentar grande integração das malhas, liga preferencialmente as regiões interiores do país.
24. (Enem 2010) No dia 28 de fevereiro
de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajás, pertencente e diretamente
operada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região Norte do país,
ligando o interior ao principal porto da região, em São Luís. Por seus,
aproximadamente, 900 quilômetros de linha, passam, hoje, 5353 vagões e 100
locomotivas.
Disponível em: http://www.transportes.gov.br. Acesso em 27 jul. 2010 (adaptado).
A ferrovia em questão é de extrema
importância para a logística do setor primário da economia brasileira, em
especial para porções dos estados do Pará e Maranhão.
Um argumento que destaca a importância
estratégica dessa porção do território é a
a) produção de energia para as principais áreas
industriais do país.
b) produção sustentável de recursos minerais não
metálicos.
c) capacidade de produção de minerais
metálicos.
d) logística de importação de matérias-primas
industriais.
e) produção de recursos minerais energéticos.
25. (Ufpr 2010) Sobre o Porto de
Paranaguá, assinale a afirmativa correta.
a) Escoa minério de ferro, manganês, carvão, gás e
petróleo, movimentando grandes tonelagens e mercadorias de alto valor, por
atender a região Sudeste.
b) Movimenta grãos e barrilha, que é um produto
químico usado na fabricação de vidro e detergentes. Caracteriza-se por operar
com pouca interferência na cidade.
c) Terminal graneleiro controlado pela Companhia
Vale do Rio Doce, exporta minério de ferro para vários países e permite o
acesso de navios de grande porte.
d) É um dos principais exportadores de produtos
agrícolas. Exporta e importa grãos, líquidos, automóveis, madeira e
papel.
e) Exporta frango congelado, madeira, pisos cerâmicos, máquinas, papel e fumo. Possui abrangência estadual, porque escoa a quase totalidade da produção do estado.
26. (Espcex (Aman) 2013) Nos últimos
anos, o Brasil tem realizado um enorme esforço no sentido de ampliar sua
participação no comércio internacional, buscando superar os elevados custos de
deslocamento que dificultam a chegada dos seus produtos aos mercados externos.
Dentre as principais propostas de ação
da atual política de transporte no País, pode-se destacar
a) a completa substituição do sistema rodoviário,
que é mais dispendioso, pelos sistemas hidroviário e ferroviário.
b) a construção de estações intermodais a fim de
permitir a integração dos diferentes meios de transporte do País.
c) a construção de novas infraestruturas de
circulação urbana (pistas expressas, viadutos) com o propósito de reduzir
congestionamentos e valorizar a paisagem urbana das grandes cidades.
d) a eliminação do transporte de cabotagem com
vistas a reduzir os custos portuários e a intrincada burocracia
administrativa.
e) a redução da participação dos investimentos e do controle do setor privado sobre o transporte rodoviário e sobre o setor portuário a fim de eliminar, por exemplo, os custos com pedágio.
27. (Enem 2009) O suíço Thomas Davatz chegou a São Paulo em 1855 para trabalhar como colono na fazenda de café Ibicaba, em Campinas. A perspectiva de prosperidade que o atraiu para o Brasil deu lugar a insatisfação e revolta, que ele registrou em livro. Sobre o percurso entre o porto de Santos e o planalto paulista, escreveu Davatz: “As estradas do Brasil, salvo em alguns trechos, são péssimas. Em quase toda parte, falta qualquer espécie de calçamento ou mesmo de saibro. Constam apenas de terra simples, sem nenhum benefício. É fácil prever que nessas estradas não se encontram estalagens e hospedarias como as da Europa. Nas cidades maiores, o viajante pode naturalmente encontrar aposento sofrível; nunca, porém, qualquer coisa de comparável à comodidade que proporciona na Europa qualquer estalagem rural. Tais cidades são, porém, muito poucas na distância que vai de Santos a Ibicaba e que se percorre em cinquenta horas no mínimo”.
Em 1867 foi inaugurada a ferrovia
ligando Santos à Jundiaí, o que abreviou o tempo de viagem entre o litoral e o
planalto para menos de um dia. Nos anos seguintes, foram construídos outros
ramais ferroviários que articularam o interior cafeeiro ao porto de exportação,
Santos.
DAVATZ, T. Memórias de um colono no Brasil. São Paulo: Livraria Martins, 1941 (adaptado).
O impacto das ferrovias na promoção de
projetos de colonização com base em imigrantes europeus foi importante,
porque
a) o percurso dos imigrantes até o interior, antes
das ferrovias, era feito a pé ou em muares; no entanto, o tempo de viagem era
aceitável, uma vez que o café era plantado nas proximidades da capital, São
Paulo.
b) a expansão da malha ferroviária pelo interior de
São Paulo permitiu que mão de obra estrangeira fosse contratada para trabalhar
em cafezais de regiões cada vez mais distantes do porto de Santos.
c) o escoamento da produção de café se viu
beneficiado pelos aportes de capital, principalmente de colonos italianos, que
desejavam melhorar sua situação econômica.
d) os fazendeiros puderam prescindir da mão de obra
europeia e contrataram trabalhadores brasileiros provenientes de outras regiões
para trabalhar em suas plantações.
e) as notícias de terras acessíveis atraíram para São Paulo grande quantidade de imigrantes, que adquiriram vastas propriedades produtivas.
28. (Fuvest 2009) Uma das
características atuais do processo de globalização é a exigência, cada vez
maior, de fluidez de informações e mercadorias, ou, em essência, do próprio
capital. Tal exigência tem conduzido os países à reestruturação de seus
sistemas de circulação. Nesse sentido, no Estado brasileiro, nos últimos
anos,
a) priorizou-se o transporte público urbano, com a
ampliação do número de linhas do Metropolitano em todas as capitais dos
Estados.
b) houve uma ampla recuperação da malha
ferroviária, com a construção de novos trechos, a exemplo da
Transnordestina.
c) privilegiou-se o sistema de cabotagem,
valorizando-se o transporte de passageiros pelo território nacional e
interligando as áreas costeiras do país.
d) priorizou-se o transporte hidroviário, voltado à
exportação de grãos, conforme atestam as hidrovias Tietê-Paraná e do Rio São
Francisco.
e) intensificou-se a modernização do sistema
portuário, incluindo a construção de portos como os de Sepetiba (RJ) e Pecém
(CE).
29. (Uff 2010) O mundo como fábula,
como perversidade e como possibilidade
Vivemos num mundo confuso e
confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma explicação? De um
lado, é abusivamente mencionado o extraordinário progresso das ciências e das
técnicas, das quais um dos frutos são os novos materiais artificiais que
autorizam a precisão e a intencionalidade. De outro lado, há, também,
referência obrigatória à aceleração contemporânea e todas as vertigens que
cria, a começar pela própria velocidade. Todos esses, porém, são dados de um
mundo físico fabricado pelo homem, cuja utilização, aliás, permite que o mundo
se torne esse mundo confuso e confusamente percebido. De fato, se desejamos
escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não
queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a
existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como
nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como
ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode
ser: uma outra globalização.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. Do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 17-18.
Não tem sido pequeno o esforço econômico e político dos governos peruano e brasileiro para a construção dos mais de três mil quilômetros da Rodovia Interoceânica, projeto de 2 bilhões de dólares que conectará os dois países. Contudo, antes de se converter num instrumento de desenvolvimento, a rodovia exerce sua função mais primária: revelar o Peru aos peruanos.
A estrada começa a interligar o litoral, possuidor de maior nível de desenvolvimento, às comunidades até agora isoladas.
Conforme a declaração do presidente da Câmara de Comércio e Turismo de Cuzco “A rodovia tem nos revelado surpresas. Nem nós nos conhecemos. Antes de sabermos o que a Interoceânica pode nos oferecer com acesso ao Brasil, estamos descobrindo o que podemos oferecer para nós mesmos.”
Alguns aspectos, vinculados ao Peru e ao Brasil, respectivamente, influenciam a construção da rodovia.
Dentre esses aspectos, identifique os
dois principais.
a) O litoral peruano tem baixa profundidade para
instalação de portos/busca pela utilização dessa via por exportadores do
Oriente Médio.
b) Grupos terroristas, como o Sendero Luminoso,
atuam crescentemente na região/ intensificação do turismo entre Peru e
Brasil.
c) O lado peruano é uma área politicamente
instável/ empenho brasileiro na exportação de borracha provinda da floresta
amazônica.
d) Algumas regiões peruanas ricas buscam sua
independência/ampliação da oferta de mão de obra para empresas do sudeste
brasileiro.
e) A Cordilheira dos Andes exige investimentos altos em infraestrutura/interesses do agronegócio brasileiro em exportar aos mercados asiáticos.
30. (Pucsp 2012) Leia com atenção:
“As cidades constituem-se no palco das
contradições econômicas, sociais e políticas e o sistema viário é um espaço em
permanente disputa entre diferentes atores, que se apresentam como pedestres,
ciclistas, condutores e usuários de automóveis, caminhões, ônibus e motos”.
(BRASIL Acessível. Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana. Ministério das Cidades, 2006. p. 2)
A referência aqui são as grandes
cidades brasileiras. Sobre a questão da acessibilidade nessas áreas pode-se
observar que
a) nas “disputas” por mobilidade urbana, a
automobilização crescente gera problemas para o pedestre que também é usuário
dos transportes coletivos.
b) as preocupações constantes com a mobilidade e a
segurança dos pedestres se estendem cada vez mais aos portadores de
necessidades especiais.
c) a multiplicação do hábito do uso da bicicleta
resultou da construção de muitas ciclovias nas cidades, roubando, se necessário,
espaço dos automóveis.
d) ônibus e caminhões ao multiplicaram-se no
sistema viário das grandes cidades são como vilões que provocam trânsito e
atrapalham os pedestres.
e) a multiplicação de motos nas cidades brasileiras
é responsável pelos congestionamentos e por dificuldades na circulação de
pessoas e mercadorias.
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