1. (Ufpr 2023) Considere o trecho a seguir:

Os problemas de diversidade e pluralismo colocados em pauta pelas sociedades multiculturais, a partir da década de 1980, obrigaram-nos a uma nova reflexão sobre o reconhecimento universalista proposto pela Modernidade. Os movimentos sociais organizados por homossexuais, negros, mulheres, entre outros grupos, passaram a reivindicar a efetiva realização da igualdade de oportunidades e o fim dos princípios discriminatórios. Deu-se, então, o estabelecimento de políticas públicas que ficaram conhecidas como políticas de ação afirmativa.

(O’DONNEL, Julia et al. Tempos modernos, tempos de sociologia. Rio de Janeiro: Editora do Brasil, 2018.)

Com base na argumentação das autoras, pode-se afirmar que:

a) em termos práticos, a defesa desse novo tipo de reconhecimento social estimula diferentes ações de inclusão social, com exceção da “política de cotas”.   

b) as políticas de ação afirmativa constituem uma estratégia ideológica pouco eficaz, correspondendo a uma agenda globalista.   

c) movimentos sociais organizados por homossexuais, negros e negras (entre outras minorias) estão hiper-representados na sociedade em virtude das recentes políticas públicas de ação afirmativa, gerando grandes distorções e privilégios para estes grupos favorecidos.   

d) é necessário amplo debate sobre os temas da diversidade e representação social, atitude imperativa para atualização de categorias fundamentadas em pressupostos pré-modernistas.   

e) ações afirmativas se baseiam em um pressuposto que leva em conta as condições desiguais de determinados grupos sociais para acesso às oportunidades sociais.   

2. (Uece 2022) O tema gênero e sexualidade, atualmente, é mote de muitos debates acalorados e polêmicos na sociedade brasileira. Porém, é forçoso reconhecer a pertinência desses debates a favor de mais inclusão social para o convívio em uma sociedade que deve prezar por valores democráticos como os das liberdades individuais. Em tempo, partindo de uma compreensão geral das ciências sociais, gênero e sexualidade são produtos da relação entre a subjetividade individual (algo que é de cada pessoa) e a cultura (questão coletiva). Assim, o “ser homem”, o “ser mulher” e as orientações sexuais passam pelo crivo intrincado de decisões pessoais e socioculturais. E essa perspectiva das ciências sociais em torno do tema aponta para o melhor convívio nas democracias contemporâneas.

Assim, considerando o tema gênero e sexualidade nas ciências sociais, avalie as proposições a seguir:

I. A sigla LGBTQIA+ procura representar, da forma mais inclusiva possível, os diferentes modos de ser e de se orientar pelo gênero e sexualidade.

II. As livres expressões da sexualidade causam prejuízos para a liberdade sexual de todos aqueles que não se enquadram nessas formas indefinidas de gênero.

III. Nem a cultura nem questões psicológicas conseguem mudar o fato biológico natural que distingue o que significa ser do sexo masculino ou do sexo feminino.

IV. A sociodiversidade de gêneros e de orientações sexuais ainda hoje enfrenta os males dos preconceitos que julgam como anormais as pessoas não heterossexuais.

Está correto o que se afirma somente em

a) II e III.   

b) II e IV.   

c) I e IV.   

d) I e III.   

3. (Enem PPL 2017) No Brasil, assim como em vários outros países, os modernos movimento LGBT representam um desafio às formas de condenação e perseguição social contra desejos e comportamentos sexuais anticonvencionais associados à vergonha, imoralidade, pecado, degeneração, doença. Falar do movimento LGBT implica, portanto, chamar a atenção para a sexualidade como fonte de estigmas, intolerância, opressão.

In: BOTELHO, A.; SCHWARCZ, L. M. Cidadania, um projeto em construção. São Paulo: Claro Enigma, 2012 (adaptado).

O movimento social abordado justifica-se pela defesa do direito de

a) organização sindical.   

b) participação partidária.    

c) manifestação religiosa.    

d) formação profissional.    

e) afirmação identitária.    

4. (Ufu 2016) Até a noite de 28 de junho, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) eram, sistematicamente, acuados e sofriam todo tipo de preconceitos, agressões e represálias por parte do departamento de polícia de Nova Iorque. Mas nesta noite, a população LGBT, presente no bar Stonewall Inn, se revoltou contra as provocações e investidas da polícia e, munida de coragem, deu um basta àquela triste realidade de opressão. Por três dias e por três noites, pessoas LGBT, e aliadas, resistiram ao cerco policial e a data ficou conhecida como a Revolta de Stonewall. Surgiu o Gay Pride e a resistência conseguiu a atenção de muitos países, em especial a do governo estadunidense, para os seus problemas.

Disponível em: <http://www.cepac.org.br/agentesdacidadania/?page_id=185>.

Considerando o texto, é correto afirmar que os novos movimentos sociais:

a) São definidos por sua associação às organizações de classe e defesa da população marginalizada.   

b) Ampliam e redefinem as formas de participação política em regimes democráticos.   

c) Lutam exclusivamente em defesa de seus interesses econômicos a partir de estruturas partidárias.   

d) Reivindicam a extensão de direitos sociais, civis e políticos, necessariamente universalizáveis.   

5. (Enem PPL 2015) O reconhecimento da união homoafetiva levou o debate à esfera pública, dividindo opiniões. Apesar da grande repercussão gerada pela mídia, a população ainda não se faz suficientemente esclarecida, confundindo o conceito de união estável com casamento. Apesar de ter sido legitimado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o reconhecimento da união homoafetiva é fruto do protagonismo dos movimentos sociais como um todo. 

ARÊDES, N.; SOUZA, I.; FERREIRA, E. Disponível em: http://reporterpontocom.wordpress.com.

Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado).

As decisões em favor das minorias, tomadas pelo Poder Judiciário, foram possíveis pela organização desses grupos. Ainda que não sejam assimiladas por toda a população, essas mudanças

a) contribuem para a manutenção da ordem social.   

b) reconhecem a legitimidade desses pleitos.   

c) dependem da iniciativa do Poder Legislativo Federal.   

d) resultam na celebração de um consenso político.   

e) excedem o princípio da isonomia jurídica.   

6. (Enem 2015) Ninguém nasce mulher; torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino.

BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a)

a) ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.   

b) pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho.   

c) organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero.   

d) oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos.   

e) estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.   

7. (Enem 2013) Tenho 44 anos e presenciei uma transformação impressionante na condição de homens e mulheres gays nos Estados Unidos. Quando nasci, relações homossexuais eram ilegais em todos os Estados Unidos, menos Illinois. Gays e lésbicas não podiam trabalhar no governo federal. Não havia nenhum político abertamente gay. Alguns homossexuais não assumidos ocupavam posições de poder, mas a tendência era eles tornarem as coisas ainda piores para seus semelhantes. 

ROSS, A. “Na máquina do tempo”. Época, ed. 766, 28 jan. 2013.

A dimensão política da transformação sugerida no texto teve como condição necessária a

a) ampliação da noção de cidadania.   

b) reformulação de concepções religiosas.   

c) manutenção de ideologias conservadoras.   

d) implantação de cotas nas listas partidárias.   

e) alteração da composição étnica da população.   

8. (Uel 2011) Com vestidos de noivas e ternos, três casais gays [...] se apresentaram nesta quarta-feira no cartório de registro civil de Montevidéu para uma simulação de casamento, no lançamento de uma campanha em favor do casamento homossexual. 

(Folha de São Paulo, 19 maio 2010, Caderno Mundo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp>. Acesso em: 19 maio 2010.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre os novos movimentos sociais, considere as afirmativas a seguir.

I. Desde a segunda metade do século XX, o Ocidente vivencia a explosão de variados movimentos sociais cujo eixo são as políticas identitárias.

II. Movimentos sociais são expressão de demandas do cotidiano que se transformam em reivindicações coletivas para a ampliação dos direitos de cidadania.

III. O que diferencia o movimento gay em relação ao antigo movimento operário é a negação da instância política enquanto elemento mediador da ação reivindicativa.

IV. Dentre as condições para a existência de movimentos sociais está o respeito aos valores morais tradicionais, como a aceitação da união heterossexual e a negação da homossexual.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.   

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.   

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.   

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.   

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.   

9. (Uel 2008) Uma notável virada na história do casamento teve início na década final do século XX, com a institucionalização oficial do casamento homossexual, ou “parceria”. [...] O reconhecimento da homossexualidade como forma legítima de sexualidade foi parte da revolução sexual do ocidente. Ela está agora descriminalizada onde era ainda um delito, e em 1973 foi retirada da lista de desordens mentais da Associação Psiquiátrica Americana.


Em 1975, a Comissão de Serviços Civis dos EUA retirou sua interdição à contratação de homossexuais.


Logo, a discriminação dos homossexuais é que passou a ser considerada um delito. A igualdade em relação à “orientação sexual” esteve nas normas para a nomeação de prefeitos na Holanda na década de 1980, por exemplo. Grande avanço internacional foi sua inclusão na Constituição Sul-Africana pós-apartheid [em 1996].


[...] Entretanto, o que é interessante nesse nosso contexto particular são as reivindicações de gays e lésbicas pelo direito ao casamento e a aceitação parcial de suas exigências. O maior progresso aconteceu no norte da Europa [...]. [...] as parcerias de mesmo sexo foram inicialmente institucionalizadas na Escandinávia como tantas outras coisas da moderna mudança da família.           

Desde 1970, as autoridades suecas reconheciam alguns direitos gerais de coabitação dos parceiros do mesmo sexo, reconhecimento sistematizado em 1987 no Ato dos Coabitantes Homossexuais. A primeira legislação nacional sobre parcerias registradas entre casais do mesmo sexo foi aprovada na Dinamarca, em 1989, e serviu de modelo para outros países escandinavos.


Na Holanda, a lei sobre parcerias registradas está em efeito desde 1998, na França desde 1999, abrangendo também relações pessoais solidárias que não apenas homossexuais. [...] No Brasil, um projeto de lei do Partido dos Trabalhadores, então na oposição, foi apresentado antes das eleições de 2002, mas não foi ainda votado. O casamento não está desaparecendo. Está mudando.

(THERBORN, G. Sexo e poder: a família no mundo, 1900-2000. São Paulo: Contexto, 2006. p.329-331.)

Os direitos dos homossexuais relatados no texto constituem-se em demandas expostas pelos

a) “clássicos” movimentos operários organizados em vários países desde o século XIX, voltados para os problemas de classes sociais, direitos trabalhistas, participação política e sindical, fortemente impulsionados pelos líderes sindicais.   

b) “tradicionais” movimentos religiosos da América Latina e outros países no século XX, voltados pela humanização das relações sociais, direitos humanos, inclusão social e política, fortemente impulsionados pelos líderes eclesiásticos.   

c) “recentes” movimentos sociais surgidos em vários continentes na década de 2000, voltados para a manutenção dos direitos civis, fortalecimento do casamento como instituição familiar sólida e eficaz na preservação da estrutura social patriarcal.   

d) “modernos” movimentos sociais surgidos em todo o mundo na década de 1930, voltados para a consolidação dos laços de solidariedade, união e civilidade, fortemente impulsionados pelos líderes do sindicalismo corporativo.   

e) “novos” movimentos sociais surgidos em vários países a partir dos anos de 1960, voltados para os problemas identitários de grupos, gênero, etnias e políticas do corpo, fortemente impulsionados pelas ativistas feministas.  

10. “Pecado nefando” era expressão correntemente utilizada pelos inquisidores para a sodomia. Nefandus: o que não pode ser dito. A Assembleia de clérigos reunida em Salvador, em 1707, considerou a sodomia “tão péssimo e horrendo crime”, tao contrário à lei da natureza, que “era indigno de ser nomeado” e, por isso mesmo, nefando.

NOVAIS, F.; MELLO E SOUZA L. História da vida privada no Brasil. V. 1. São Paulo: Companhia das Letras. 1997 (adaptado).

O número de homossexuais assassinados no Brasil bateu o recorde histórico em 2009. De acordo com o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais (LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis), nesse ano foram registrados 195 mortos por motivação homofóbica no País.

Disponível em: www.alemdanoticia.com.br/utimas_noticias.php?codnoticia=3871. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).

A homofobia é a rejeição e menosprezo à orientação sexual do outro e, muitas vezes, expressa-se sob a forma de comportamentos violentos. Os textos indicam que as condenações públicas, perseguições e assassinatos de homossexuais no país estão associadas

a) à baixa representatividade política de grupos organizados que defendem os direitos de cidadania dos homossexuais.

b) à falência da democracia no país, que torna impeditiva a divulgação de estatísticas relacionadas à violência contra homossexuais.

c) à Constituição de 1988, que exclui do tecido social os homossexuais, além de impedi-los de exercer seus direitos políticos.

d) a um passado histórico marcado pela demonização do corpo e por formas recorrentes de tabus e intolerância.

e) a uma política eugênica desenvolvida pelo Estado, justificada a partir dos posicionamentos de correntes filosófico-científicas.

11. (PITÁGORAS) Uma das demandas de movimentos contemporâneos por igualdade de direitos é a superação de preconceitos inscritos em expressões de fala do nosso cotidiano. Assinale, dentre as frases a seguir, aquela que NÃO expressa a naturalização de preconceitos ou subordinação de pessoas de acordo com sua cor/raça, gênero ou classe.

a) "Mulher no volante, perigo constante".
b) "O homem veio do macaco".
c) "Bom dia para todos e para todas".
d) "A mulher foi feita a partir da costela do homem".
e) "Aquele lugar só é frequentado por gente 'feia'".

12. (PITÁGORAS) Em 1949, a francesa Simone de Beauvoir faria publicar o seu livro O segundo sexo. Em passagem célebre, a autora aponta que não são características naturais que conformam as nossas identidades de gênero na sociedade. “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. 

Vale a pena refletirmos acerca dos elementos que nos diferenciam enquanto homens e mulheres. Segundo esta autora, os diferenciais de gênero têm muito mais amparo na cultura do que na natureza. É a nossa formação social, tanto em casa quanto na escola e na rua, que nos ensina a nos diferenciarmos enquanto mulheres ou homens. Aprendemos quais roupas devemos vestir, quais cores gostar, quais atividades nos são mais próprias. Enfim, é a sociedade e não a natureza que estabelece as diferenças de gênero. 

O senso comum, no entanto, fornece-nos uma explicação distinta para as diferenças entre homens e mulheres. É muito habitual que as pessoas utilizem de raciocínios de ordem biológica ou natural para formular os diferenciais de gênero. 

Assinale a alternativa onde se pode RECONHECER um raciocínio de ordem cultural, tal qual vimos expresso na frase de Simone de Beauvoir. 

a) As mulheres são o sexo-frágil e por isso precisam ser protegidas pelos homens. Homens são mais fortes física e emocionalmente. 

b) Cuidar dos filhos é tarefa primordial das mulheres. Elas ficam grávidas, os homens não. Apenas eles devem trabalhar fora de casa. 

c) Os homens, mais fortes e decididos que são, devem ser os chefes da casa. As mulheres devem ser suas apoiadoras. 

d) Ao incentivarmos meninos pequenos a brincarem de carrinho e de luta, e meninas a brincarem de boneca e de cozinha, estamos formando suas personalidades para a vida adulta. 

e) As mulheres são mais aptas ao contato humano, ao cuidado interpessoal. Por isso vemos tantas enfermeiras mulheres, e não homens.

 

13. (Unicamp 2022) No Brasil, um exemplo de história que precisa ser narrada é a dos movimentos em defesa dos direitos que hoje reconhecemos como movimentos LGBTQIA+. Tais movimentos eclodiram como um ato de resistência em plena ditadura civil-militar, marcada pela repressão e por ideais conservadores. Naquele contexto, a busca por visibilidade passou a ser compreendida como um dos elementos fundamentais para a conquista da cidadania. Entre outras coisas, os ativistas defendiam que os direitos políticos, sociais e civis tornam-se socialmente legítimos para os cidadãos quando envolvem o direito aos meios de comunicação e à livre expressão.

(Baseado em Vinicius Ferreira e Igor Sacramento, Editorial: Movimento LGBT no Brasil: violências, memórias e lutas. Reciis – Rev Eletron Comun Inf Inov Saúde. 2019 abr.-jun.13(2): p. 234-239.)

 

A partir da leitura do texto, assinale a alternativa correta acerca da historicidade dos movimentos políticos identitários e suas estratégias políticas de ação.

a) Esses movimentos eclodiram na segunda metade do século XX, foram perseguidos e silenciados pela ditadura militar e retornaram à cena pública após a instauração de um regime democrático.   

b) Por sua capacidade de obter alcance social, desde a década de 1970, as mídias são ferramentas para a construção de uma cidadania plena, sendo a busca por visibilidade, portanto, uma das estratégias de ação do movimento LGBTQIA+.   

c) O Brasil do século XX construiu-se como uma democracia racial, o que garantiu aos movimentos políticos e identitários nacionais o acesso aos direitos civis, políticos e sociais, esvaziando as agendas dos militantes LGBTQIA+.   

d) Na atualidade, a onda de crimes de homofobia e transfobia estimulam o movimento LGBTQIA+ a rever a pauta da visibilidade dos sujeitos, tornando a militância mais discreta e voltada para o espaço privado da ação dos indivíduos.   





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