1. (Upe-ssa 2 2022) Para David Hume (1711-1776), todos os conteúdos da mente humana são percepções divididas em duas grandes classes:
1)
impressões (simples ou complexas), isto é, as percepções originárias que se
apresentam com maior força e violência (sensações, paixões e emoções), sendo
assim, “ter impressões” significa sentir;
2)
ideias (simples ou complexas), isto é, as imagens enfraquecidas que a memória
produz a partir das impressões: “ter ideias” significa pensar.
(Antiseri & Reale, História da Filosofia, adaptado)
Sobre
essas duas proposições de Hume, é CORRETO afirmar:
a)
Todas as ideias simples provêm de suas impressões correspondentes,
portanto, não existem ideias inatas.
b)
Todas as impressões advêm das ideias, portanto, impressões e ideias são
inatas.
c)
Todas as ideias simples provêm de suas impressões correspondentes,
portanto, as ideias são inatas.
d) Não existem ideias inatas, pois todos os conteúdos de nossa mente provêm das próprias ideias.
e) As ideias são inatas, pois todos os conteúdos de nossa mente provêm das nossas impressões.
2.
(Uem 2021) Immanuel Kant afirma que a Metafísica, como “um
conhecimento especulativo da razão inteiramente isolado que através de simples
conceitos [...] se eleva completamente acima do ensinamento da experiência na
qual portanto a razão deve ser aluna de si mesma, não teve até agora um destino
tão favorável que lhe permitisse encetar o caminho seguro de ciência, não
obstante ser mais antiga do que todas as demais e de que sobreviveria mesmo que
as demais fossem tragadas pelo abismo de uma barbárie que a tudo exterminasse.”
(KANT, I. Crítica da razão pura. Col. Os Pensadores. 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983, pág. 11).
Sobre
a metafísica, assinale o que for correto.
01)
Investiga os fundamentos, os princípios e as causas de todas as coisas,
sua existência e sua essência; ocupa-se, por exemplo, com a questão acerca da
existência de Deus, da natureza da alma e da possibilidade da liberdade humana.
02)
Um dos temas centrais da metafísica de Aristóteles é a investigação das
causas primeiras de todas as coisas, a causa material, a causa formal, a causa
eficiente e a causa final, perguntando sobre o que a coisa é, como é, por que é
e para que é.
04)
David Hume, influenciado pela metafísica de Platão, considera as ideias
substância, essência, causa, Deus e alma, entre outras, como essências reais
concebidas somente pela razão.
08) Jürgen Habermas afirmou que a metafísica se consolidou com a descoberta do sujeito de conhecimento como ser ontológico do ponto de vista transcendental, constituindo-se em substância pensante e em condição formal da existência de todos os objetos de conhecimento.
16) A metafísica tem como
tema a investigação dos diferentes modos de existência, da estrutura e da
essência dos entes e o modo como eles aparecem e se manifestam em nossa
consciência.
A soma correta é
a)
04 + 08 = 12
b) 01
+ 02 + 16 = 19.
c)
01 + 02 = 03
d) 01
+ 02 + 08 = 11
e) 08 + 16 = 2
3.
(Uem 2020) “Não há ninguém tão jovem e inexperiente que não
tenha formado, a partir da observação, muitas máximas gerais e corretas
relativas aos assuntos humanos e à conduta da vida; mas deve-se confessar que,
quando chega a hora de pô-las em prática, um homem estará extremamente propenso
a erros até que o tempo e as experiências adicionais venham a expandir essas
máximas e ensinar-lhe seu adequado uso e aplicação. [...] A verdade é que um
raciocinador inexperiente não poderia de forma alguma raciocinar se lhe faltasse
por completo a experiência; e, quando dizemos que alguém é inexperiente estamos
aplicando essa denominação num sentido apenas comparativo e supondo que ele
possui experiência em um grau menor e mais imperfeito.”
(HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. In FIGUEIREDO, V. B. de. Filosofia: temas e percursos. São Paulo: Berlendis & Vertecchia Editores, 2013, p. 336).
Com
base no fragmento transcrito e em conhecimentos sobre a filosofia de Hume,
assinale o que for correto.
01)
Hume, no fragmento, contrapõe-se aos filósofos que defendem o poder da
razão em estabelecer verdades.
02)
A importância dada à temporalidade é condição para formar as máximas
gerais e corretas do nosso agir.
04)
Para Hume a experiência não é determinante para a elaboração de nossas
regras de conduta pois podemos nos equivocar sobre o que sentimos.
08)
Em assuntos de moral e de teoria do conhecimento, Hume é considerado um
empirista.
16) De acordo com a filosofia moral de Hume, o tempo é a condição para o adequado uso e para a adequada aplicação das regras morais por parte do homem.
A soma correta é:
b) 01 + 04 + 08 + 16 = 29
c) 02 + 08 + 16 = 26
d) 01 + 02 + 08 +16 = 27.
e) 02 + 04 + 08 + 16 = 30
4. (Enem 2020) Adão, ainda que supuséssemos que suas faculdades racionais fossem inteiramente perfeitas desde o início, não poderia ter inferido da fluidez e transparência da água que ela o sufocaria, nem da luminosidade e calor do fogo que este poderia consumi-lo. Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidades que aparecem aos sentidos, nem as causas que o produziram, nem os efeitos que dele provirão; e tampouco nossa razão é capaz de extrair, sem auxílio da experiência, qualquer conclusão referente à existência efetiva de coisas ou questões de fato.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Unesp 2003.
Segundo
o autor, qual é a origem do conhecimento humano?
a)
A potência inata da mente.
b)
A revelação da inspiração divina.
c)
O estudo das tradições filosóficas.
d)
A vivência dos fenômenos do mundo.
e) O desenvolvimento do raciocínio abstrato.
5.
(Ufu 2019) Quando olhamos em torno de nós na direção dos
objetos externos e consideramos a ação das causas, não somos jamais capazes, a
partir de um único caso, de descobrir algum poder ou conexão necessária, alguma
qualidade que ligue o efeito à causa e torne uma consequência infalível do
outro como, por exemplo, o impulso de uma bola de bilhar é acompanhado pelo
movimento da segunda. Eis tudo o que se manifesta aos sentidos externos.
HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. In: Os Pensadores. Tradução: AIEX, A. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 76.
Considerando-se
o excerto acima, segundo Hume, o que permite que o entendimento humano seja
alcançado é a suposição de que as causas e os efeitos dos acontecimentos sejam
conhecidos.
Nesse
sentido, é correto afirmar que esse conhecimento é consequência
a)
da razão.
b)
da causa.
c)
do efeito.
d) do hábito.
6.
(Enem PPL 2018) Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por
mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em
ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as
ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um
exame mais atento, ser derivadas dela.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Depreende-se
deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na
a)
convicção inata.
b)
dimensão apriorística.
c)
elaboração do intelecto.
d)
percepção dos sentidos.
e) realidade transcendental.
7.
(Uem 2018) “Devemos
recorrer a dois princípios bastante manifestos na natureza humana. O primeiro é
a simpatia, ou seja, a comunicação de sentimentos e paixões [...]. Tão
estreita e íntima é a correspondência entre as almas dos seres humanos que,
assim que uma pessoa se aproxima de mim, ela me transmite todas as suas opiniões, influenciando meu julgamento em
maior ou menor grau. Embora, muitas vezes, minha simpatia por ela não chegue ao
ponto de me fazer mudar inteiramente meus sentimentos e modos de pensar,
raramente [a simpatia] é tão fraca que não perturbe o tranquilo curso do meu
pensamento, dando autoridade à opinião que me é recomendada por seu
assentimento. O segundo princípio para o qual chamarei a atenção é o da comparação, ou seja, a variação de nossos juízos acerca dos
objetos segundo a proporção entre estes e aqueles com os quais comparamos.
[...]. Nenhuma comparação é mais óbvia que a comparação conosco; por isso, ela
tem lugar em todas as ocasiões e influencia a maioria de nossas paixões. Esse
tipo de comparação é diretamente contrário à simpatia em seu modo de operar.”
(HUME, D. Tratado da natureza humana. In: SAVIAN
FILHO. J. Filosofia e filosofias: existência e sentidos. Belo Horizonte:
Autêntica Editora, 2016, p. 272).
A partir do texto, assinale o que for correto.
01)
Entende-se que a simpatia consiste na experiência na qual uma pessoa é
influenciada por outra.
02)
Para Hume, não é a razão que leva os seres humanos a agir, e sim as
emoções.
04)
Hume desenvolveu um sistema filosófico moral fundamentado na razão e nos
limites dela.
08)
É próprio da comparação o fechamento em si, pois aquele que compara não
está sujeito à influência.
16) Simpatia e comparação não interferem diretamente em nosso comportamento moral.
A soma correta é:
a)
01 + 02 + 08 = 11.
b)
01 + 02 + 04 + 08 = 15
c)
02 + 04 + 08 = 14
d)
04 + 08 + 16 = 28
e) 01 + 02 + 16 = 19
8.
(Ufu 2017) Hume descreveu a confiança que o entendimento
humano deposita na probabilidade dos resultados dos eventos observados na
natureza. Ele comparou essa convicção ao lançamento de dados, cujas faces são
previamente conhecidas, porém, nas palavras do filósofo:
[...]
verificando que maior número de faces aparece mais em um evento do que no
outro, o espírito [o entendimento humano] converge com mais frequência para ele
e o encontra muitas vezes ao considerar as várias possibilidades das quais
depende o resultado definitivo.
Esse
tipo de raciocínio, descrito por Hume, conduz o entendimento humano a uma
situação distinta da certeza racional, uma espécie de “falha”, representada
pelo(a)
a)
verdade da fantasia, que é superior à certeza racional.
b)
crença, que ocupa o lugar da certeza racional.
c)
sentido visual, que é mais verídico que a certeza sensível.
d) ideia inata, que atua como o a priori da razão humana.
9.
(Uel 2017) Podemos definir uma causa como um objeto, seguido
de outro, tal que todos os objetos semelhantes ao primeiro são seguidos por
objetos semelhantes ao segundo. Ou, em outras palavras, tal que, se o primeiro
objeto não existisse, o segundo jamais teria existido. O aparecimento de uma
causa sempre conduz a mente, por uma transição habitual, à ideia do efeito;
disso também temos experiência.
Em
conformidade com essa experiência, podemos, portanto, formular uma outra
definição de causa e chamá-la um objeto seguido de outro, e cujo aparecimento
sempre conduz o pensamento àquele outro. Mas, não temos ideia dessa conexão,
nem sequer uma noção distinta do que é que desejamos saber quando tentamos
concebê-las.
Adaptado de: HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. Seção VII, 29. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: UNESP, 2004. p. 115.
Com
base no texto e nos conhecimentos acerca das noções de causa e efeito em David
Hume, assinale a alternativa correta.
a)
As noções de causa e efeito fazem parte da realidade e por isso os
fenômenos do mundo são explicados através da indicação da causa.
b)
A presença do efeito revela a causa nele envolvida, o que garante a
explicação de determinado acontecimento.
c)
A causa e o efeito são noções que se baseiam na experiência e, por meio
dela, são apreendidas.
d)
A causa e o efeito são conhecidos objetivamente pela mente e não por
hábitos formados pela percepção do mundo.
e) A causa e o efeito proporcionam, necessariamente, explicações válidas sobre determinados fatos e acontecimentos.
10.
(Enem 2ª aplicação 2016) Pode-se admitir que a
experiência passada dá somente uma informação direta e segura sobre
determinados objetos em determinados períodos do tempo, dos quais ela teve
conhecimento. Todavia, é esta a principal questão sobre a qual gostaria de
insistir: por que esta experiência tem de ser estendida a tempos futuros e a
outros objetos que, pelo que sabemos, unicamente são similares em aparência. O
pão que outrora comi alimentou-me, isto é, um corpo dotado de tais qualidades
sensíveis estava, a este tempo, dotado de tais poderes desconhecidos. Mas,
segue-se daí que este outro pão deve também alimentar-me como ocorreu na outra
vez, e que qualidades sensíveis semelhantes devem sempre ser acompanhadas de
poderes ocultos semelhantes? A consequência não parece de nenhum modo
necessária.
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
O
problema descrito no texto tem como consequência a
a)
universabilidade do conjunto das proposições de observação.
b)
normatividade das teorias científicas que se valem da experiência.
c)
Dificuldade de se fundamentar as leis científicas em bases empíricas.
d)
inviabilidade de se considerar a experiência na construção da ciência.
e)
correspondência entre afirmações singulares e afirmações universais.
11.
(Enem 2015) Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais
do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que
nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de
ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha,
que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes
de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a
isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
Hume
estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que
a)
os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.
b)
o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.
c)
as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo
acaso.
d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória.
e) as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.
12.
(Ufsj 2013) Para David Hume, “os homens são, em grande medida,
governados pelo interesse” e isso é perfeitamente visível, já que
a)
“tradicionalmente o interesse tem sido visto de dentro para fora, como
algo que observamos em nós mesmos, mais do que alguma coisa que outros possam
exibir”.
b)
“mesmo quando estendem suas preocupações para além de si mesmos, não as
levam muito longe; na vida corrente não é muito comum olhar para além dos
amigos mais próximos e dos conhecidos”.
c)
“vão traduzindo a necessidade que eles têm de se relacionar a partir de
um interesse particular, e isso vem somar-se à sua capacidade para a
socialização para o seu próprio bem-estar”.
d) “as suas atitudes morais traduzem as suas condutas solipsistas votadas aos mais distintos interesses materiais e espirituais”.
13.
(Enem PPL 2013) O contrário de um fato qualquer é sempre possível,
pois, além de jamais implicar uma contradição, o espírito o concebe com a mesma
facilidade e distinção como se ele estivesse em completo acordo com a
realidade. Que o Sol não nascerá amanhã é tão inteligível e não implica
mais contradição do que a afirmação de que ele nascerá. Podemos em vão,
todavia, tentar demonstrar sua falsidade de maneira absolutamente precisa. Se
ela fosse demonstrativamente falsa, implicaria uma contradição e o espírito
nunca poderia concebê-la distintamente, assim como não pode conceber que 1 + 1
seja diferente de 2.
HUME,
D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural,
1999 (adaptado).
O filósofo escocês David Hume refere-se a fatos, ou seja, a eventos espaço-temporais, que acontecem no mundo. Com relação ao conhecimento referente a tais eventos, Hume considera que os fenômenos
a)
acontecem de forma inquestionável, ao serem apreensíveis pela razão
humana.
b)
ocorrem de maneira necessária, permitindo um saber próximo ao de estilo
matemático.
c)
propiciam segurança ao observador, por se basearem em dados que os
tornam incontestáveis.
d)
devem ter seus resultados previstos por duas modalidades de provas, com
conclusões idênticas.
e)
exigem previsões obtidas por raciocínio, distinto do conhecimento
baseado em cálculo abstrato.
14. (Enem 2015) Todo o poder
criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor,
aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência.
Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas
ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um
cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos
próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo,
animal que nos é familiar.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
Hume estabelece um vínculo entre
pensamento e impressão ao considerar que
a) os conteúdos das ideias no intelecto têm origem
na sensação.
b) o espírito é capaz de classificar os dados da
percepção sensível.
c) as ideias fracas resultam de experiências
sensoriais determinadas pelo acaso.
d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem
ser processados na memória.
e) as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.
15. (Uel 2015) As ideias
produzem as imagens de si mesmas em novas ideias, mas, como se supõe que as
primeiras ideias derivam de impressões, continua ainda a ser verdade que todas
as nossas ideias simples procedem, mediata ou imediatamente, das impressões que
lhes correspondem.
HUME, D. Tratado da Natureza Humana. Trad. De Serafim da Silva Fontes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. p.35.
Com base no texto e nos conhecimentos
sobre a questão da sensibilidade, razão e verdade em David Hume, considere as
afirmativas a seguir.
I. Geralmente as ideias simples, no seu primeiro
aparecimento, derivam das impressões simples que lhes correspondem.
II. A conexão entre as ideias e as impressões
provém do acaso, de modo que há uma independência das ideias com relação às
impressões.
III. As ideias são sempre as causas de nossas
impressões.
IV. Assim como as ideias são as imagens das
impressões, é também possível formar ideias secundárias, que são imagens das
ideias primárias.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
16. (Ufsj 2013) Segundo David Hume,
“Todo raciocínio abstruso apresenta um mesmo inconveniente”, porque
a) “pode silenciar o antagonista sem convencê-lo; e
para nos darmos conta de sua força, precisamos dedicar-lhe um estudo tão
intenso quanto o que foi necessário para sua invenção”.
b) “impregna a mente humana com conceitos do
idealismo que o induzem ao holismo moderno”.
c) “justifica a disposição que a mente humana tem
para se inclinar ao silogismo moderno”.
d) “convida o raciocínio a enigmáticas considerações, direcionando-o ao ceticismo quinhentista”.
17. (Ufsj 2013) Para David Hume, “os
homens são, em grande medida, governados pelo interesse” e isso é perfeitamente
visível, já que
a) “tradicionalmente o interesse tem sido visto de
dentro para fora, como algo que observamos em nós mesmos, mais do que alguma
coisa que outros possam exibir”.
b) “mesmo quando estendem suas preocupações para
além de si mesmos, não as levam muito longe; na vida corrente não é muito comum
olhar para além dos amigos mais próximos e dos conhecidos”.
c) “vão traduzindo a necessidade que eles têm de se
relacionar a partir de um interesse particular, e isso vem somar-se à sua
capacidade para a socialização para o seu próprio bem-estar”.
d) “as suas atitudes morais traduzem as suas condutas solipsistas votadas aos mais distintos interesses materiais e espirituais”.
18. (Enem 2012)
TEXTO I
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram
enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou
uma vez.
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas.
São Paulo: Abril Cultural, 1979.
TEXTO II
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma
ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas
indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível
atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa
suspeita.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).
Nos textos, ambos os autores se
posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos
permite assumir que Descartes e Hume
a) defendem os sentidos como critério originário
para considerar um conhecimento legítimo.
b) entendem que é desnecessário suspeitar do
significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica.
c) são legítimos representantes do criticismo quanto
à gênese do conhecimento.
d) concordam que conhecimento humano é impossível
em relação às ideias e aos sentidos.
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.
19. (Ufu 2012) O texto abaixo comenta a correlação entre ideias e impressões em David Hume.
Em contrapartida, vemos que qualquer
impressão, da mente ou do corpo, é constantemente seguida por uma ideia que a
ela se assemelha, e da qual difere apenas nos graus de força e vividez. A conjunção
constante de nossas percepções semelhantes é uma prova convincente de que umas
são as causas das outras; [...].
HUME, D. Tratado da natureza humana. São Paulo: Editora da Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 29.
Assinale a alternativa que, de acordo
com Hume, indica corretamente o modo como a mente adquire as percepções
denominadas ideias.
a) Todas as nossas ideias são formas a priori da
mente e, mediante essas ideias, organizamos as respectivas impressões na
experiência.
b) Todas as nossas ideias advêm das nossas
experiências e são cópias das nossas impressões, as quais sempre antecedem
nossas ideias.
c) Todas as nossas ideias são cópias de percepções
inteligíveis, que adquirimos através de uma experiência metafísica, que
transcende toda a realidade empírica.
d) Todas as nossas ideias já existem de forma inata, e são apenas preenchidas pelas impressões, no momento em que temos algum contato com a experiência.
20. (Ueg 2012) David Hume nasceu na
cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou
conhecido o século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se
formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das
pessoas. Do ponto de vista de um empirista,
b) não existem ideias abstratas.
c) não existem ideias a posteriori.
d) não existem ideias formadas pela experiência.
21. (Ufsj 2012) David Hume afirma que
“a razão, em sentido estrito e filosófico, só pode influenciar nossa conduta de
duas maneiras”, a saber:
a) “a razão por si só funda a moral humana e como
tal nela encontra respaldo para instaurar influências, além disso, reduz o
campo de influência dogmática sobre a conduta humana”.
b) “ao reconhecer o estatuto racional que
fundamenta e legitima a paixão, a moral se estabelece como consequência dessa
razão em si mesma, além de determinar o sujeito que age”.
c) “despertando uma paixão ao nos informar sobre a
existência de alguma coisa que é um objeto próprio dessa paixão ou descobrindo
a conexão de causas e efeitos de modo a nos dar meios de exercer uma paixão
qualquer”.
d) “razão e ação prática são princípios ativos fundamentais que conferem poderes aos corpos externos ou às ações racionais ou se fundam, exclusivamente, na intenção que é peculiar ao indivíduo”.
22. (Ufsj 2012) Os termos “impressões”
e “ideias”, para David Hume, são, respectivamente, por ele definidos como
a) “nossas percepções mais fortes, tais como nossas
sensações, afetos e sentimentos; percepções mais fracas ou cópias daquelas na
memória e imaginação”.
b) “aquilo que se imprime à memória e nos permite
ativar a imaginação; lampejos inéditos sobre o objeto e sua natureza”.
c) “o que fica impresso na memória
independentemente da força: ação de criar a partir do dado sensorial”.
d) “vaga noção do sensível; raciocínio com força de lei que legitima a natureza no âmbito da razão”.
23. (Ufsj 2011) Sobre a origem da
justiça, Hume afirma que:
a) “O senso de justiça é derivado da virtude, que
por sua vez move toda e qualquer mudança na esfera do comportamento
humano”.
b) “A justiça tira sua origem exclusivamente do
egoísmo e da generosidade restrita aos Homens em conjunto com a escassez das
provisões que a natureza ofereceu para suas necessidades”.
c) “As impressões dão origem ao senso de justiça e
são naturais à mente humana”.
d) “A justiça tem sua origem nas regas naturais e buscam seu fim em interesses gerados pelas paixões mais profundas dos homens”.
24. (Ufsj 2011) “Os homens são
frequentemente governados por seus deveres, abstendo-se de determinadas ações
porque as julgam injustas, sendo impelidos a outras porque julgam tratar-se de
uma obrigação”.
Com esse argumento, Hume quer
demonstrar que
a) as regras morais são, por conseguinte,
conclusões da razão humana.
b) a moral, porque deriva-se da razão, tem
influência direta sobre as ações e os fatos.
c) a moral é uma filosofia prática e supõe-se que
influencie paixões e ações humanas e vai além dos juízos calmos e impassíveis
do entendimento.
d) há, nos homens, uma necessidade e uma emergência que os impele ao exercício prático da razão.
25. (Ufsj 2011) A razão, para Hume,
é:
a) “a descoberta da verdade ou da falsidade. A
verdade e a falsidade consistem no acordo e desacordo seja quanto à relação
real de ideias, seja quanto à existência e aos fatos reais”.
b) “nossas propensões naturais e distinções morais
implicam, necessariamente, uma razão inata”.
c) “os concomitantes da ação induzem a uma
concepção notória daquilo que se pode determinar como universo da razão”.
d) “em sentido estrito e filosófico, a razão nos
informa sobre os critérios e conexões entre as paixões e desafetos humanos”.
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