1.
(IFSP 2017) Leia
as estrofes abaixo, que se referem a uma peça teatral de Gil Vicente.
[...]
Renego deste lavrar
E do primeiro que o
usou;
Ó diabo que o eu
dou,
Que tão mau é
d’aturar.
Oh Jesus! Que
enfadamento,
E que raiva e que
tormento,
Que cegueira, e que
canseira!
Eu hei de buscar
maneira
D’algum outro
aviamento.
Coitada, assi hei
de estar
Encerrada nesta
casa
Como panela sem
asa,
Que sempre está num
lugar?
E assi hão de ser
logrados
Dous dias
amargurados,
Que eu possa durar
viva?
E assim hei de
estar cativa
Em poder de
desfiados?
[...]
Assinale a
alternativa correta acerca da obra a que estas estrofes pertencem.
a) As
estrofes apresentadas referem-se à peça teatral Auto da Barca do Purgatório,
em que a personagem principal é encarregada de conduzir as almas ao destino
apropriado, após a morte. Pode-se observar que, nesta obra, a característica do
Humanismo predominante é o antropocentrismo.
b) As
estrofes apresentadas referem-se à peça teatral Auto da Barca do Inferno;
as cenas ocorrem à margem de um rio, onde estão ancorados dois barcos: um é
dirigido por um anjo e o outro é dirigido pelo diabo. Pode-se depreender que
esta obra apresenta uma característica bem marcante do Humanismo: as decisões
do homem prevalecem e o indivíduo possui em vida livre-arbítrio.
c) Farsa
de Inês Pereira é o título dado à peça, cujas estrofes foram
apresentadas. Esta peça, considerada a mais humanista de Gil Vicente, retrata o
comportamento amoral da degradante sociedade da época; os versos correspondem
às falas de Inês, uma moça insatisfeita ao se ocupar das prendas domésticas.
d) O
nome da peça cujas estrofes foram apresentadas é Breve sumário da história
de Deus, obra em que Gil Vicente reafirma a certeza quanto à existência do
inferno e ressalta uma importante característica do Humanismo: a demonstração
da figura humana e suas expressões.
e) As
estrofes apresentadas foram extraídas da seguinte obra de Gil Vicente: O
velho da horta, peça de enredo, na qual se desenvolve uma ação contínua e
encadeada em torno de um episódio extraído da vida real, em que a
individualidade, característica do Humanismo, é valorizada.
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
Incidente
em Antares (fragmento)
Durante
alguns minutos a defunta fica a olhar em torno – para a esplanada, o céu, o
muro do cemitério, a lanterna acesa caída no chão... Depois se põe de joelhos e
nessa posição, lentamente, faz a volta do esquife vizinho, desatarraxando-lhe a
tampa, que tenta em vão erguer, terminada a operação. Bate três vezes com o
punho cerrado na tampa do caixão negro, cujo ocupante responde, após segundos,
com três batidas semelhantes. D. Quitéria vê a tampa que ela desaparafusou
erguer-se lentamente e por fim cair para um lado. Um homem de estatura mediana e
vestido de escuro sai do seu féretro, dá alguns passos com uma rigidez de
boneco de mola, olha a seu redor, inclina-se, apanha a lanterna, passeia a sua
luz pelo muro do cemitério, depois pela copa dos cinamomos, projeta-a contra a
esplanada
e por fim foca o rosto da dama, que continua ajoelhada.
—
D. Quitéria Campolargo! – exclama o desconhecido. — Que honra! Que prazer!
Érico Veríssimo
Auto
da Barca do Inferno (fragmento)
ANJO
FIDALGO
ANJO
FIDALGO
ANJO
FIDALGO
ANJO
FIDALGO
ANJO
|
Que quereis?
Que me digais,
pois parti tão sem aviso,
se a barca do Paraíso
é esta em que navegais.
Esta é; que demandais?
Que me leixeis embarcar.
Sou fidalgo de solar,
é bem que me recolhais.
Não se embarca tirania
neste batel divinal.
Não sei porque haveis por mal
que entre a minha senhoria...
Pera vossa fantesia
mui estreita é esta barca.
Pera senhor de tal marca
nom há aqui mais cortesia?
Venha a prancha e atavio!
Levai-me desta ribeira!
Não vindes vós de maneira
pera entrar neste navio.
Essoutro vai mais vazio:
a cadeira entrará
e o rabo caberá
e todo vosso senhorio.
Ireis lá mais espaçoso,
vós e vossa senhoria,
cuidando na tirania
do pobre povo queixoso.
E porque, de generoso,
desprezastes os pequenos,
achar-vos-eis tanto menos
quanto mais fostes fumoso.
Gil Vicente
|
A
armadilha (fragmento)
Meu nome é Mort. Ed Mort. 1Sou detetive particular. Pelo
menos isso é o que está escrito numa plaqueta na minha porta. Estava sem
trabalho há meses. Meu último caso tinha sido um flagrante de adultério. 2Fotografias
e tudo. 3Quando não me pagaram, vendi as fotografias. Eu sou assim.
Duro. Em todos os sentidos. O aluguel da minha sala – o apelido que eu dou para
este cubículo que ocupo, entre uma escola de cabeleireiros e uma pastelaria em
alguma galeria de Copacabana – estava atrasado. 4Meu 38 estava
empenhado. Minha gata me deixara por um delegado. A sala estava cheia de
baratas. 5E o pior é que elas se reuniam num canto para rir de mim.
Mort. Ed Mort. Está na plaqueta.
Luis Fernando Veríssimo
2.
(Mackenzie 2017) Para
Massaud Moisés:
I. Na rotina da vida
diária, o riso desponta sempre que algo de inesperado ocorre, quebrando as
nossas expectativas consagradas.
II. A sátira,
entendida como a utilização deliberada e reformante do ridículo, visa
precipuamente ao Castigat ridendo mores (Corrige os costumes pelo riso).
III. O riso deflagra em
razão da incongruência ou da ruptura, ainda que breve, das regras estabelecidas
pelo uso.
Há coerência entre
os fragmentos literários selecionados e as considerações de Massaud Moisés
indicadas:
a) nas
afirmações I e II.
b) nas
afirmações I e III.
c) nas
afirmações II e III.
d) em
todas as afirmações.
e) em
nenhuma das afirmações.
TEXTO PARA A
PRÓXIMA QUESTÃO:
Para responder à questão a seguir, leia o excerto de Auto da Barca do Inferno do escritor
português Gil Vicente (1465?-1536?). A peça prefigura o destino das almas que chegam
a um braço de mar onde se encontram duas barcas (embarcações): uma destinada ao
Paraíso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo
diabo.
Vem um Frade com uma Moça
pela mão […]; e ele mesmo fazendo a 1baixa começou a dançar, dizendo
Frade: Tai-rai-rai-ra-rã
ta-ri-ri-rã;
Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã;
Tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha!
Diabo: Que é isso, padre?
Quem vai lá?
Frade: 2Deo
gratias! Sou cortesão.
Diabo: Danças também o 3tordião?
Frade: Por que não? Vê como
sei.
Diabo: Pois entrai, eu 4tangerei
e faremos um serão.
E essa dama, porventura?
Frade: Por minha a tenho
eu,
e sempre a tive de meu.
Diabo: Fizeste bem, que é
lindura!
Não vos punham lá censura
no vosso convento santo?
Frade: E eles fazem outro
tanto!
Diabo: Que preciosa 5clausura!
Entrai, padre reverendo!
Frade: Para onde levais
gente?
Diabo: Para aquele fogo
ardente
que não temestes vivendo.
Frade: Juro a Deus que não
te entendo!
E este 6hábito não me 7val?
Diabo: Gentil padre 8mundanal,
a Belzebu vos encomendo!
Frade: Corpo de Deus
consagrado!
Pela fé de Jesus Cristo,
que eu não posso entender isto!
Eu hei de ser condenado?
Um padre tão namorado
e tanto dado à virtude?
Assim Deus me dê saúde,
que eu estou maravilhado!
Diabo: Não façamos mais 9detença
embarcai e partiremos;
tomareis um par de remos.
Frade: Não ficou isso na 10avença.
Diabo: Pois dada está já a
sentença!
Frade: Por Deus! Essa seria
ela?
Não vai em tal caravela
minha senhora Florença?
Como? Por ser namorado
e folgar c’uma mulher?
Se há um frade de perder,
com tanto salmo rezado?!
Diabo: Ora estás bem
arranjado!
Frade: Mas estás tu bem
servido.
Diabo: Devoto padre e
marido,
haveis de ser cá 11pingado…
(Auto da Barca do
Inferno, 2007.)
1baixa: dança popular no
século XVI.
2Deo gratias: graças a Deus.
3tordião: outra dança
popular no século XVI.
4tanger: fazer soar um
instrumento.
5clausura: convento.
6hábito: traje religioso.
7val: vale.
8mundanal: mundano.
9detença: demora.
10avença: acordo.
11ser pingado: ser pingado
com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginário popular, processo de
tortura que ocorreria no inferno).
3. (Unesp 2017) No excerto, o escritor
satiriza, sobretudo,
a) a compra do perdão para os
pecados cometidos.
b) preocupação do clero com a
riqueza material.
c) o desmantelamento da
hierarquia eclesiástica.
d) a concessão do perdão a
almas pecadoras.
e) o relaxamento dos costumes
do clero.
4. (Upe-ssa 1 2016) Aristóteles,
ao admitir a arte como recriação da realidade, também sistematizou e organizou
parâmetros, em seu livro Arte Poética, para distinguir os tipos de
produção literária existentes na época. Hoje denominamos esses três diferentes
tipos de texto de lírico (palavra cantada), épico (palavra narrada) e dramático
(palavra representada).
Partindo
dos conceitos acima expressos, leia os três textos a seguir:
Texto 1
Corridinho
O amor quer abraçar e não
pode.
A multidão em volta,
com seus olhos cediços,
põe caco de vidro no muro
para o amor desistir.
O amor pega o cavalo,
desembarca do trem,
chega na porta cansado
de tanto caminhar a pé.
O amor usa o correio,
o correio trapaceia,
a carta não chega,
o amor fica sem saber
se é ou não é.
Fala a palavra açucena,
pede água, bebe café,
dorme na sua presença,
chupa bala de hortelã.
Tudo manha, truque,
engenho:
é descuidar, o amor te
pega,
te come, te molha todo.
Mas água o amor não é
(Adélia Prado)
Texto 2
Enquanto isto se passa na
formosa
Casa etérea do Olimpo
omnipotente,
Cortava o mar a gente
belicosa
Já lá da banda do Austro e
do Oriente,
Entre a costa Etiópica e a
famosa
Ilha de São Lourenço; e o
Sol ardente
Queimava então os Deuses
que Tifeu
Co temor grande em peixes
converteu.
Tão brandamente os ventos
os levavam
Como quem o Céu tinha por
amigo;
Sereno o ar e os tempos se
mostravam,
Sem nuvens, sem receio de
perigo.
O promontório Prasso já
passavam
Na costa de Etiópia, nome
antigo,
Quando o mar, descobrindo,
lhe mostrava
Novas ilhas, que em torno
cerca e lava.
(Camões)
Texto 3
Entra Todo o Mundo,
rico mercador, e faz que anda buscando alguma cousa que perdeu; e logo após, um
homem, vestido como pobre. Este se chama Ninguém e diz:
Ninguém: Que andas tu aí
buscando?
Todo o Mundo: Mil cousas
ando a buscar:
delas não posso achar,
porém ando porfiando
por quão bom é porfiar.
Ninguém: Como hás nome,
cavaleiro?
Todo o Mundo: Eu hei nome
Todo o Mundo
e meu tempo todo inteiro
sempre é buscar dinheiro
e sempre nisto me fundo.
Ninguém: Eu hei nome
Ninguém,
e busco a consciência.
Belzebu: Esta é boa
experiência:
Dinato, escreve isto bem.
Dinato: Que escreverei,
companheiro?
Belzebu: Que ninguém busca
consciência.
e todo o mundo dinheiro.
Ninguém: E agora que buscas
lá?
Todo o Mundo: Busco honra
muito grande.
Ninguém: E eu virtude, que
Deus mande
que tope com ela já.
Belzebu: Outra adição nos
acude:
escreve logo aí, a fundo,
que busca honra todo o mundo
e ninguém busca virtude.
(Gil Vicente)
Analise as afirmativas a
seguir e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.
( )
Os três textos, consoante Aristóteles, pertencem aos gêneros dramático,
lírico e épico, respectivamente.
( ) O
texto 2 expressa uma visão do sentimento amoroso, traduzida por uma voz lírica
emotiva, que corresponde ao eu poético criado pela autor.
( ) O texto 2 traz o relato do início da
viagem de Vasco da Gama, recurso usado por Camões para narrar a história do
povo lusitano, em Os Lusíadas, única epopeia em Língua Portuguesa.
( ) O texto 3 é um fragmento do Auto da
Lusitânia, em que o autor Gil Vicente critica os vícios humanos com base
nas ações de quatro personagens: Todo o Mundo, Ninguém, Dinato e Belzebu.
( ) O texto 3 retrata uma realidade social
que perdura até os dias atuais, o que justifica o fato de as peças vicentinas
serem consideradas atemporal e aespacial. É a atualidade dos temas utilizados
pelo teatrólogo medieval, que torna suas peças aceitas por expectadores de
diferentes épocas.
Assinale a alternativa que
contém a sequência CORRETA.
a) F - F - F - V - F
b) V - V - V - F - F
c) V - V - F - F - F
d) F - V - F - V - F
e) F - F - V - V - V
5.
(IFSP 2016) Leia o texto abaixo, um
trecho do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, para assinalar a
alternativa correta no que se refere à obra desse autor e ao Humanismo
em Portugal.
Nota: foram feitas pequenas
alterações no trecho para facilitar a leitura.
Vem um Frade com uma Moça
pela mão, e um 1broquel e uma espada na outra, e um 1casco
debaixo do 2capelo; e, ele mesmo fazendo a baixa, começou de dançar,
dizendo:
FRADE
|
Tai-rai-rai-ra-rã;
ta-ri-ri-rã;
ta-rai-rai-rai-rã;
tai-ri-ri-rã: tã-tã;
ta-ri-rim-rim-rã.
Huhá!
|
DIABO
|
Que
é isso, padre?! Que vai lá?
|
FRADE
|
Deo gratias! Sou cortesão.
|
DIABO
|
Sabes
também o tordião?
|
FRADE
|
Por
que não? Como ora sei!
|
DIABO
|
Pois
entrai! Eu tangerei
e
faremos um serão.
Essa
dama é ela vossa?
|
FRADE
|
Por
minha a tenho eu,
e
sempre a tive de meu
|
DIABO
|
Fizestes
bem, que é formosa!
E
não vos punham lá 3grosa
no
vosso convento santo?
|
FRADE
|
E
eles fazem outro tanto!
|
DIABO
|
Que
cousa tão preciosa...
Entrai,
padre reverendo!
|
FRADE
|
Para
onde levais gente?
|
DIABO
|
Pera
aquele fogo ardente
que
não temestes vivendo.
|
FRADE
|
Juro
a Deus que não te entendo!
E
este hábito não me vale?
|
DIABO
|
Gentil
padre mundanal,
a
Belzebu vos encomendo!
|
1broquel e casco –
respectivamente, escudo e armadura para cabeça – são elementos
por meio dos quais o autor descreve o frade.
2capelo – chapéu ou capuz usado
pelos religiosos.
3pôr grosa – censurar.
a) O destino do frade é
exemplar no que se refere à principal característica da obra de Gil Vicente: a
crítica severa, de sabor renascentista, à Igreja Católica, de cuja moral se
distancia a obra do dramaturgo.
b) A proposta do teatro
vicentino alegórico – especialmente a Trilogia das Barcas – era a montagem de
peças complexas, de linguagem rebuscada, distante do falar popular, para
criticar, nos termos da moral medieval, os homens do povo.
c) A imagem cômica, mas
condenável, de um frade que canta, dança e namora, trazendo consigo uma dama, é
exemplo cabal do pressuposto das peças de Gil Vicente de que, rindo, é possível
corrigir os costumes.
d) O frade terá como destino o
inferno porque é homem “mundanal”, ligado aos gozos do mundo material, em cujo
pano de fundo percebe-se o sistema de valores do homem medieval, para o qual
não há salvação após a morte.
e) O sistema de valores que
pode ser entrevisto nas peças de Gil Vicente, e especialmente no Auto da
Barca do Inferno, revela uma mentalidade avessa aos valores da Idade
Média.
6. (IFSP 2016) Considere o trecho para
responder à questão.
No final do século XV, a
Europa passava por grandes mudanças provocadas por invenções como a bússola,
pela expansão marítima que incrementou a indústria naval e o desenvolvimento do
comércio com a substituição da economia de subsistência, levando a agricultura
a se tornar mais intensiva e regular. Deu-se o crescimento urbano,
especialmente das cidades portuárias, o florescimento de pequenas indústrias e
todas as demais mudanças econômicas do mercantilismo, inclusive o surgimento da
burguesia.
Tomando-se por base o
contexto histórico da época e os conhecimentos a respeito do Humanismo, marque
(V) para verdadeiro ou (F) para falso e assinale a alternativa correta.
( ) O Humanismo é o nome que se dá à produção
escrita e literária do final da Idade Média e início da moderna, ou seja, parte
do século XV e início do XVI.
( ) Fernão Lopes é um importante prosador do
Humanismo português. Destacam-se entre suas obras: Crônica Del-Rei D. Pedro I, Crônica
Del-Rei Fernando e Crônica de El-Rei
D. João.
( ) Gil Vicente é um importante autor do
teatro português e suas principais obras são: Auto da Barca do Inferno e Farsa
de Inês Pereira.
( ) Gil Vicente é um autor não reconhecido em
Portugal, em virtude de sua prosa e documentação histórica não participarem da
cultura portuguesa.
a) V, V, V, F.
b) V, F, V, V.
c) F, V, V, F.
d) V, V, F, F.
e) V, F, F, V.
7.
(Pucsp 2008) Gil Vicente, criador do
teatro português, realizou uma obra eminentemente popular. Seu Auto da Barca
do Inferno, encenado em 1517, apresenta, entre outras características,
a de pertencer ao teatro religioso alegórico. Tal classificação
justifica-se por
a) ser um teatro de louvor e
litúrgico em que o sagrado é plenamente respeitado.
b) não se identificar com a
postura anticlerical, já que considera a igreja uma instituição modelar e
virtuosa.
c) apresentar estrutura
baseada no maniqueísmo cristão, que divide o mundo entre o Bem e o Mal, e na
correlação entre a recompensa e o castigo.
d) apresentar temas profanos e
sagrados e revelar-se radicalmente contra o catolicismo e a instituição
religiosa.
e) aceitar a hipocrisia do
clero e, criticamente, justificá-la em nome da fé cristã.
8.
(Ufpa 2012) O monólogo dramático “O pranto de Maria Parda”, de Gil
Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais
respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual
perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à
paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de
informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda
hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade
indiscutível.
Com base no comentário acima, é correto afirmar,
relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que
a) a linguagem da peça é rica
de lamentos, pragas, pedidos, promessas e muitas exclamações apelativas.
b) os taberneiros de Lisboa
constituem uma espécie de coro, na peça, com a função de comentar os lamentos
expressos nas falas de Maria Parda.
c) há, na peça, uma enfática
oposição ao uso de vinho, manifesta no discurso de sacerdotes, escudeiros e
barqueiros.
d) Gil Vicente cria um
personagem com as características referidas aqui: doente, envelhecida, “sem
gota de sangue nas veias”, de corpo “tão seco”.
e) Maria Parda – mestiça,
atrevida e sexualmente livre – é um personagem que representa a base da
pirâmide social lisboeta da época.
cade o gabarito das questões?
ResponderExcluircade o gabarito
ResponderExcluircade o gabarito ze buceta
ResponderExcluirtem gabarito?
ExcluirCadê o cabarito
ResponderExcluirVerifique no final da postagem!
Excluirnossa não tem mano q chato poxa
ExcluirTem alguma questão falando sobre O cortesão e Lediça???
ResponderExcluirPoxa se tivesse gabarito seria ótimo
ResponderExcluir