1.
(Utfpr 2018) Se
as especiarias dominaram o comércio marítimo português durante o século XV, um
século depois esse papel foi ocupado, no Brasil, pela produção açucareira, que
abrangia a lavoura de cana propriamente dita e a fabricação do açúcar nos
engenhos. Muitos historiadores denominam essa economia de plantation, expressão
emprestada dos ingleses para indicar as lavouras tropicais.
Assinale a
alternativa que apresenta os três elementos nos quais esse tipo de produção se
fundamentava.
a) Latifúndio,
monocultura e mão de obra escrava.
b) Latifúndio,
policultura e mão de obra escrava.
c) Latifúndio,
monocultura e mão de obra livre.
d) Minifúndio,
monocultura e mão de obra escrava.
e) Minifúndio,
policultura e mão de obra livre.
2. (Pucsp 2018) O Haiti tornou-se independente da França em
1804, e o Brasil emancipou-se de Portugal em 1822. Comparando os dois processos
de independência, é CORRETO afirmar que
a) os dois movimentos foram inspirados por ideias iluministas e liderados
pelas camadas médias urbanas, resultando na libertação dos escravos.
b) no Haiti, os líderes do movimento foram os latifundiários criollos que
mantiveram a escravidão, enquanto, no Brasil, a independência foi proclamada
pela elite escravocrata e cafeeira.
c) no Brasil, a independência foi proclamada pelo príncipe regente apoiado
pela elite escravista e, no Haiti, uma revolta de escravos e afrodescendentes
livres provocou a abolição da escravatura.
d) foram movimentos apoiados militarmente pelos EUA e terminaram por
implementar monarquias que mantiveram a estrutura fundiária e a escravidão.
3. (Ebmsp 2018) Texto I
O processo de independência
das colônias espanholas da América ganhou força, no começo do século XIX,
aproveitando a fragilidade política em que se encontrava a Espanha, após a
invasão das tropas napoleônicas. As lutas pela independência ocorreram entre os
anos de 1810 e 1833. Ao contrário do que aconteceu no Brasil, o processo de
independência das colônias espanholas foi violento, pois houve resistência
militar por parte da Espanha. As guerras de independência geraram milhares de
mortes de ambos os lados. Os movimentos de independência, embora liderados
pelos criollos, contou com a participação de negros, mestiços, brancos
das camadas mais pobres e até mesmo de indígenas.
Disponível em:
<http://www.suapesquisa.com/historia/independencia_america_espanhola.htm>.
Acesso em: ago. 2017. Adaptado.
Texto II
Segundo o historiador e
autor do livro “A Independência do Brasil na Bahia”, publicado em 1982, Luís
Henrique Dias Tavares, os personagens que deveriam ocupar o lugar mais alto ou
de destaque, no desfile cívico, seriam os lavradores e ex-escravos que pegaram
em armas e consolidaram a independência na província da Bahia. Entretanto, nas
comemorações do 2 de julho, optou-se colocar as imagens do caboclo e dos
índios, em geral, ao invés da imagem de negros. Certamente naquela época
haveria rejeição ao destaque dado a escravos e ex-escravos naquelas
festividades, mas foram essas pessoas responsáveis pelo avanço do nosso
exército, enfrentando várias adversidades, inclusive a morte. O historiador
reconhece a participação dos indígenas na luta pela Independência, mas pontua
que uma pequena parte dessa população foi para a luta armada.
Disponível em: <http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/07/>.
Acesso em: ago. 2017. Adaptado.
A comparação entre os
textos I e II e os conhecimentos sobre o processo de independência das colônias
ibéricas da América permitem concluir:
a) Os textos I e II enfatizam,
igualmente, a participação e o reconhecimento do papel de brancos, crioulos,
mestiços, negros e indígenas nas guerras de independência das referidas
colônias.
b) O texto II descarta a
participação dos indígenas nas lutas pela independência na América e na Bahia,
visto que eles já estavam distantes e excluídos do convívio com os brancos,
mesmos em áreas do interior das colônias.
c) O texto I relaciona a
invasão das tropas francesas em Espanha e Portugal como razão direta para o
nascimento das ideias e das lutas pela Independência na América.
d) O texto II contesta a
afirmação do texto I quanto a uma independência sem lutas, no Brasil, e
denuncia a exclusão simbólica da atuação do negro nas lutas pela Independência
do Brasil, na Bahia.
e) O texto I enfatiza a
situação de fragilidade política tanto das colônias espanholas quanto da
colônia portuguesa, no século XIX, o que resultou no fracionamento do
território da América do Sul em várias unidades políticas independentes.
4.
(Ufrgs 2018) Após a Conquista da
América, o governo espanhol implementou a “encomienda”, um sistema de exploração
do trabalho indígena em benefício da emergente elite conquistadora.
Assinale a alternativa que indica
características da "encomienda".
a) Divisão do território
conquistado em pequenas propriedades a serem trabalhadas de forma conjunta por
ameríndios e espanhóis.
b) Escravização comercial dos
ameríndios através do incentivo ao tráfico transatlântico de cativos indígenas,
organizado pelo Coroa espanhola.
c) Permissão para a utilização
do trabalho compulsório indígena e extração de tributos dos ameríndios por
parte dos espanhóis.
d) Implementação de grandes
propriedades rurais onde estava formalmente proibida a utilização do trabalho
compulsório indígena.
e) Consolidação de relações
laborais, baseadas na adoção do trabalho assalariado como forma mais comum de
exploração da mão de obra ameríndia.
5. (Mackenzie 2018) Ao analisar o processo de
conquista da América pelos espanhóis, o historiador Héctor Bruit afirmou:
“O que mais chama a atenção
em todo esse processo da conquista americana é a atitude dos indígenas em
relação ao cristianismo. Documentos diversos atestam que os índios simulavam
ser cristãos por meio dos significados das formas, rituais e gestos da nova
religião, mas no fundo a simulação lhes permitia encobrir suas crenças
idólatras”
Héctor Hernan Bruit. Bartolomé de
las Casas e a simulação dos vencidos. Campinas/São Paulo: Editora da UNICAMP/Iluminuras,
1995, p.16.
É correto afirmar, pela
análise do excerto, que
a) a conquista militar dos
espanhóis possibilitou a imposição do cristianismo no continente americano. Por
isso, tentativas de sobrevivência e ressignificação de símbolos religiosos, por
parte dos indígenas, não surtiram efeito.
b) a conquista da América
envolveu complexas relações entre conquistadores e conquistados. Nessas
relações, concepções religiosas, estratégias de domínio e sobrevivência e
ressignificação de símbolos se fizeram presentes.
c) as relações entre espanhóis
e indígenas foram permeadas por conflitos e estranhamentos culturais. Daí a
necessidade europeia de impor o cristianismo aos nativos e, com isso, angariar
fundos pecuniários à Igreja na América.
d) os conquistados, ao
ressignificar símbolos culturais dos conquistadores espanhóis, simularam a
sobrevivência de sua própria cultura. Daí a facilidade com que as populações
nativas foram aculturadas durante a conquista.
e) os embates culturais foram
constantes em todo o processo da conquista. Nesses embates, o consenso pela
autodeterminação das populações indígenas ajuda a explicar o sucesso do
empreendimento espanhol na América.
6.
(Fuvest 2018) A imagem representa a morte
de Atahualpa, o último imperador inca, em 1533, após a conquista espanhola
comandada por Francisco Pizarro.
Analise as quatro afirmações seguintes, a
respeito da empresa e da conquista colonial espanhola no Peru e da
representação presente na imagem.
I. A conquista foi favorecida pelo conflito interno
entre os dois irmãos incas, Atahualpa e Huáscar, aproveitado pelas forças espanholas
lideradas por Francisco Pizarro.
II. A produção agrícola das plantations escravistas
constituiu-se na base econômica do vice-reinado do Peru, controlado
pelos espanhóis.
III. Do lado esquerdo da pintura, há uma
movimentação conflituosa, na qual as mulheres incas são contidas por guardas
espanhóis, contrastando com a expressão ordenada e solene do lado direito,
composto por religiosos e autoridades espanholas em torno do corpo do imperador
inca.
IV. A pintura revela o resgate de elementos
históricos – importante para a construção do ideário nacionalista no século
XIX, no processo pós-independência e de formação do Estado nacional
peruano –, mas retrata os personagens indígenas com trajes e feições europeus.
Estão corretas apenas as afirmações
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e IV.
d) I e II.
e) III e IV.
7. (Unesp 2018) Leia o texto para responder à questão a seguir.
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma
primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria
o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na
realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola,
inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em
várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento,
incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência
serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de
suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de
exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e
próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa
densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe
antilhana.
(Serge Gruzinski. A
passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
As
epidemias provocadas pelos contatos entre europeus e povos autóctones da
América
a) demonstraram
o risco da expansão territorial para áreas distantes e determinaram o imediato
desenvolvimento de vacinas.
b) representaram
uma espécie de guerra biológica que afetou, ainda que de forma desigual,
conquistadores e conquistados.
c) provocaram
a interdição, pelas cortes europeias, da circulação de mulheres grávidas entre
os dois continentes.
d) foram
utilizadas pelos nativos para impedir o avanço dos europeus, que contraíram
doenças tropicais, como a febre amarela e a malária.
e) levaram
à proibição, pelas cortes europeias, do contato sexual entre europeus e
nativos, para impedir a propagação da sífilis.
8.
(Utfpr 2017) A partir do final do século
XV, na parte das Américas colonizada pelos espanhóis já estavam constituídos
importantes impérios e grupos de povos locais que desenvolviam importantes
atividades econômicas para seu sustento e desenvolvimento. Um bom exemplo foi o
império que se estendia do atual Peru até o noroeste argentino, uma extensa
faixa de terra, voltada para o Oceano Pacífico. A principal forma de tributação
devida por todos em favor do Imperador era a mita, que pode ser definida como um imposto:
a) pago com ricos produtos
artesanais, como forma de demonstrar adoração ao grande governante.
b) na forma de gêneros
agrícolas e artesanais, que garantiam a manutenção de soldados do imperador.
c) pago em moeda local,
cunhada a partir do ouro e prata abundantes naquela região.
d) pago em produtos agrícolas
e em gado, conforme os valores da tributação.
e) na forma de trabalho,
conforme as necessidades de cada período do ano.
9.
(Ucpel 2017) Com
relação ao sistema colonial espanhol nas Américas, considere as afirmativas
abaixo.
I. A estratificação
social da América hispânica apresentou uma rígida hierarquia e embasava-se em
critérios étnicos e geográficos.
II. A mão de obra
escrava africana foi predominante nas atividades agrária e mineradora.
III. Apesar da proibição
da escravidão indígena instituiu-se aos nativos trabalho compulsório com a mita
e a encomienda.
IV. Os Cabildos eram
constituídos por indivíduos nascidos na colônia e tinham como atribuição
principal o recolhimento de impostos e aplicação da justiça.
Estão corretas as
afirmativas
a) I,
II e IV.
b) II,
III e IV;
c) I,
II e III;
d) I,
III e IV;
e) I,
II, III e IV;
10. (Uece 2017) Atente aos seguintes
excertos sobre a formação dos Estados Unidos da América:
“[...] a forma pela qual
foi feita a distribuição de terras ao Norte permitiu ao pequeno proprietário
trabalhar em conjunto com sua família e diversificar progressivamente a sua
produção. O excedente dessa produção era finalmente destinado aos mercados
locais e regionais. Em alguns casos, madeiras, farinha de trigo e carne
acabavam sendo exportadas para o Sul e para as ilhas do mar das caraíbas,
contribuindo assim para o comércio triangular [...]”;
“No Sul, as raízes sociais
eram menos profundas que no Norte. A própria distância entre as plantations espalhadas
no território dificultava um convívio social intenso entre os colonos, [...].
Por isso, predominou no Sul um sistema de distribuição de terras administradas
por grandes proprietários, que não eram portadores de privilégios especiais que
lhes permitissem controlar a população de suas terras, no estilo de um grande
senhor feudal. Mas, mesmo assim, o conceito de cidadania no Sul se associou ao
poder absoluto de um só homem”.
NARO, Nancy P. S. A formação dos
Estados Unidos. 8. ed. São Paulo: Atual, 1994, p.18.
O aspecto da formação dos
Estados Unidos, abordado nos trechos acima, sobre o qual a historiadora
americana Nancy Naro descreve sua concepção, diz respeito à
a) formação de uma cultura
escravocrata e aristocrática nas colônias inglesas do Norte, o que levaria os
sulistas, comerciantes mais libertários, a declarar-lhes guerra após a
independência.
b) diferenciação dos modelos
de ocupação das colônias inglesas do Norte e do Sul da América do Norte,
resultante, entre outros fatores, da forma como a terra foi distribuída entre
os colonos.
c) similaridade entre as
estruturas de colonização do Norte e do Sul das colônias inglesas na América do
Norte.
d) pequena importância da
atividade comercial, local e regional para o desenvolvimento das diferenças que
se formaram entre o Norte e o Sul das colônias inglesas na América do Norte.
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