1. (Ufpr
2016) Atualmente, identificamos cerca de sete mil famílias [6.969 famílias]
reivindicando diretamente ações de reforma agrária no Paraná, localizadas em
121 áreas de conflito, que abrangem acampamentos, imóveis ocupados (ou
acampamentos dentro de propriedades privadas), acampamentos dentro de projetos
de assentamento, terras indígenas que necessitam desintrusão de não índios,
áreas de assentamento a serem ampliadas, imóveis em litígio (quando se discute
a dominialidade pública ou privada da área) e áreas que demandam regularização
(que são de domínio da União). Esse número é subestimado em relação ao público
potencial da política de reforma agrária, se considerarmos que há trabalhadores
rurais em diferentes condições que têm interesse de participar do programa de
reforma agrária, além de pessoas que não desenvolvem atividades agrícolas, mas
que pretendem retornar ao campo ou desejam essa experiência como alternativa de
vida. Ainda, há 37 processos administrativos voltados ao reconhecimento e à
regularização de territórios quilombolas, sem um levantamento preciso quanto ao
número de famílias. […]
(INCRA-PR. Relatório
Conflitos Fundiários Rurais no Estado do Paraná. Abril 2015.)
Considerando as informações do texto e os
conhecimentos sobre a questão fundiária brasileira, assinale a alternativa
correta.
a) O número reduzido de famílias
que reivindica reforma agrária, no Paraná, é decorrente da característica
fundiária do Estado, onde o latifúndio não é representativo em extensão
territorial.
b) Problemas fundiários, como o
demonstrado no Paraná, são diferentes dos encontrados em outras partes do
território nacional, por envolver um número maior de atores: indígenas,
quilombolas e sem-terra, entre outros.
c) A resolução da questão
fundiária é uma questão jurídica, cabendo decidir quais terras são de domínio
público e quais são de domínio privado.
d) Os conflitos fundiários são
resultado da demanda, por parte da sociedade, de lotes para reforma agrária.
e) Políticas fundiárias, a exemplo
da reforma agrária, opõem diferentes visões sobre a função da terra: a do
latifúndio improdutivo, a do agronegócio produtivo e a de grupos sociais como
os sem-terra.
2. (Ufjf-pism
2 2016)
A partir do gráfico e das características da
estrutura agrária brasileira, reconhece-se que
a) agricultura camponesa ocupa 24%
das terras porque é formada por grandes propriedades rurais.
b) a agricultura camponesa ocupa
74% da mão de obra porque utiliza um grau de mecanização inferior ao
agronegócio.
c) a agricultura camponesa
prioriza a produção de commodities, por isso obtém o total de 14% do
crédito agrícola brasileiro.
d) o agronegócio obtém 86% do
crédito porque suas terras têm baixa fertilidade e ocupam as encostas.
e) o agronegócio participa com 60% da
produção global porque produz para o mercado interno brasileiro.
3. (Uece
2015) A organização do território brasileiro ocorreu a partir da expansão
do capitalismo comercial europeu no qual foram estabelecidos fluxos mercantis,
definindo em seu início uma paisagem colonial que envolvia a criação de novas
estruturas econômicas.
Com base na afirmativa acima, assinale a opção
cujos elementos indicam corretamente a área e a forma de exploração no contexto
da geografia colonial brasileira.
a) Zona da Mata Nordestina –
plantation açucareira
b) Depressão sertaneja – atividade
mineradora
c) Tabuleiros sublitorâneos –
pecuária extensiva
d) Depressão sanfranciscana –
exploração extrativista
4. (Fuvest 2014) Considere as
anamorfoses:
As condições da produção agrícola, no
Brasil, são bastante heterogêneas, porém alguns aspectos estão presentes em
todas as regiões do País.
Nas anamorfoses acima, estão
representadas formas de produção agrícola das diferentes regiões
administrativas. Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a produção
agrícola representada em I e em II.
a) De subsistência e patronal.
b) Familiar e itinerante.
c) Patronal e familiar.
d) Familiar e de subsistência.
e) Itinerante e patronal.
5. (Uepb 2014) Nos meados do século
XIX, aproveitando o baixo rendimento dado pela cultura da cana-de-açúcar, foi o
café introduzido nas áreas de altitudes, nos brejos agrestinos. [...] No brejo
paraibano sua trajetória foi rápida e brilhante [...] formou aí uma
aristocracia do café, com coronéis, comendador e até Barão, O Barão de Araruna.
(ANDRADE. Manoel
Correia de. A terra e o homem do Nordeste: contribuição ao estudo da
questão agrária no Nordeste. 7. Ed. São Paulo, Cortez, 2003. p 163)
A cidade do Brejo Paraibano que mais se beneficiou com essa cultura foi:
a) Areia, que apresenta um dos mais
belos e ricos acervos arquitetônicos da Paraíba, cujo teatro Minerva, o mais
antigo do Estado, simboliza a rica cultura advinda com essa produção.
b) Bananeiras, em cuja paisagem ainda
se destaca a imponente igreja, colégios e rico casario, patrimônios
arquitetônicos que atestam esse período áureo.
c) Alagoa Grande, cuja importância
econômica manteve a cidade na vanguarda cultural, com cinemas e até um
importante teatro, o Santa Ignêz, inaugurado no início do século XX.
d) Araruna, cidade surgida da antiga
propriedade de um barão, o qual, em virtude do clima ameno de altitude,
estabeleceu em sua fazenda imensos cafezais em meados do século XIX.
e) Campina Grande, cujo volume de
produção motivou a chegada do trem em 1907, acontecimento que contribuiu para
que a cidade se tomasse a mais importante do interior paraibano.
6. (Uerj 2013)
Com base no mapa, é possível associar a
macrorregião brasileira com maior proporção de migrantes à presença da seguinte
dinâmica socioespacial:
a) criação de área turística
b) formação de distrito
industrial
c) ampliação de reserva ambiental
d) expansão da fronteira
agropecuária
7. (Uel 2013) O espaço geográfico é
resultante e condicionante da organização social, o que pode ser exemplificado
pela apropriação histórica da posse da terra no Brasil e suas implicações
socioespaciais.
Com base nesse processo, assinale a
alternativa correta.
a) A atual estrutura fundiária
norte-paranaense reproduz as características do processo de colonização
iniciado no século XVI.
b) A concentração da posse da terra no
Brasil foi reduzida com a Lei de Terras de 1850, que regulamentou a propriedade
da terra.
c) A manutenção da elevada concentração
da posse da terra e a mecanização agrícola no país intensificaram o processo de
urbanização a partir de 1950.
d) A mecanização da agricultura no
interior paranaense, a partir de 1930, favoreceu a formação de pequenas
propriedades.
e) As transformações fundiárias no
nordeste brasileiro pós 1950 caracterizam-se pela ampliação do número de
pequenas propriedades.
8. (Unimontes 2012) Observe os
mapas.
De acordo com os mapas, podemos
concluir que, entre os períodos representados, ocorreu
a) avanço da soja apenas para a área do
Bioma Cerrado.
b) redução da área de soja plantada no
estado do Pará.
c) concentração da soja na região
Centro-Sul do Brasil.
d) expansão da soja nos estados mais
setentrionais do Brasil.
9. (Enem 2012)
Na charge faz-se referência a uma
modificação produtiva ocorrida na agricultura. Uma contradição presente no
espaço rural brasileiro derivada dessa modificação produtiva está presente
em:
a) Expansão das terras agricultáveis,
com manutenção de desigualdades sociais.
b) Modernização técnica do território,
com redução do nível de emprego formal.
c) Valorização de atividades de
subsistência, com redução da produtividade da terra.
d) Desenvolvimento de núcleos
policultores, com ampliação da concentração fundiária.
e) Melhora da qualidade dos produtos,
com retração na exportação de produtos primários.
10. (Cps 2012) A agricultura familiar,
segundo a FETRAF (Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar), é a
grande responsável pela alimentação da população brasileira, pois garante cerca
de 70% do que é consumido todos os dias, como feijão, arroz e verduras.
Sobre esse tipo de agricultura, é
correto afirmar que
a) se destina para o mercado externo,
por isso utiliza mão de obra qualificada e especializada.
b) emprega tecnologias sofisticadas
para produzir alimentos e exporta 20% de toda a produção.
c) se caracteriza pela contratação de
trabalhadores fixos e pelo cultivo em grandes propriedades.
d) abastece com alimentos reduzida
parte do mercado interno, por isso não interfere na economia nacional.
e) se desenvolve graças aos pequenos e
médios agricultores que representam a maioria dos produtores rurais.
11. (Unesp 2012) Leia o texto.
A cada sopro de modernização das forças
produtivas agrícolas e agroindustriais, as cidades das áreas adjacentes se
tornam responsáveis pelas demandas crescentes de uma série de novos produtos e
serviços, dos híbridos à mão de obra especializada, o que faz crescer a
urbanização, o tamanho e o número das cidades. As casas de comércio de
implementos agrícolas, sementes, grãos, fertilizantes; os escritórios de
marketing, de consultoria contábil; [...] as empresas de assistência técnica,
de transportes; os serviços do especialista em engenharia genética,
veterinária, administração [...] se difundiram por todas as partes do Brasil
agrícola moderno.
(Maria Adélia de Souza (org.). Território Brasileiro: usos e abusos,
2003.)
O texto faz referência a
a) cidades globais.
b) metrópoles nacionais.
c) cidades do agronegócio.
d) cidades planejadas.
e) metrópoles conurbadas.
12. (Espcex (Aman) 2013) Sobre a
agricultura familiar no Brasil, pode-se afirmar que
a) por falta de acesso ao crédito
rural, não participa das cadeias agroindustriais.
b) é responsável pelo fornecimento da
maior parte da alimentação básica dos brasileiros, e, por isso, concentra a
maior parte da área cultivada com lavouras e pastagens do País.
c) concentra a maioria do pessoal
ocupado nos estabelecimentos rurais brasileiros.
d) por não ser competitiva frente à
agricultura patronal, não participa da produção de gêneros de exportação.
e) embora os membros da família
participem da produção, a maior parte da mão de obra é contratada e quem
comanda a produção não trabalha diretamente na terra.
13. (Espcex (Aman) 2013) “A agricultura
é hoje o maior negócio do país. (...) Apenas [em 2005], a cadeia do agronegócio
gerou um Produto Interno Bruto de 534 bilhões de reais.”
(Faria, 2006 in: Terra, Araújo e
Guimarães, 2009).
A atual expansão da agricultura e do
agronegócio no Brasil deve-se, entre outros fatores ao(à)
a) forte vinculação da agricultura à
indústria, ampliando a participação de produtos com maior valor agregado no
valor das exportações brasileiras, como os dos complexos de soja e do setor
sucroalcooleiro.
b) expansão da fronteira agrícola no
Centro-Oeste e na Amazônia e ao emprego intensivo de mão de obra no campo,
nessas áreas, determinando o aumento da produtividade agrícola.
c) difusão de modernas tecnologias e
técnicas de plantio na maioria dos estabelecimentos rurais do País,
contribuindo para a expansão das exportações brasileiras.
d) modelo agrícola brasileiro, pautado na
policultura de exportação e na concentração da propriedade rural.
e) Revolução Verde, que, disseminada em
larga escala nas pequenas e médias propriedades do País, incentivou a
agricultura voltada para os mercados interno e externo.
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