1. (IFPE
2016) Leia o texto para responder à questão.
Acauã
Luiz Gonzaga
Acauã, acauã vive cantando
Durante o tempo do verão
No silêncio das tardes agourando
Chamando a seca pro sertão
Chamando a seca pro sertão
Acauã,
Acauã,
Teu canto é penoso e faz medo
Te cala acauã,
Que é pra chuva voltar cedo
Que é pra chuva voltar cedo
Toda noite no sertão
Canta o João Corta-pau
A coruja, mãe da lua
A peitica e o bacurau
Na alegria do inverno
Canta sapo, gia e rã
Mas na tristeza da seca
Só se ouve acauã
Só se ouve acauã
Acauã, Acauã...
Julgue as proposições, a seguir, quanto às relações
sintático-semânticas estabelecidas tanto dentro de um mesmo período quanto
entre os períodos constantes no texto.
I. No trecho “Te cala acauã”
(nono verso), deveria ser acrescentada uma vírgula antes de “acauã”, uma vez
que essa palavra desempenha o papel de vocativo.
II. No verso “A coruja, mãe
da lua”, a vírgula foi utilizada, justamente, para isolar o aposto “mãe da lua”.
III. Por se tratar de sujeito
posposto, seria provocado um erro de concordância se, em “Canta o João
Corta-pau / A coruja, mãe da lua / A peitica e o bacurau”, fosse pluralizado
verbo.
IV. Em “Na alegria do inverno
/ Canta sapo, gia e rã”, deveria ser acrescentada uma vírgula depois de
“inverno” para isolar um adjunto adverbial.
V. No verso “Mas na tristeza
da seca”, a conjunção foi utilizada para estabelecer uma relação de concessão
com os dois versos anteriores.
São verdadeiras as afirmativas
a) II, IV e V.
b) I, III e V.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) I, II, III, IV e V.
2. (Fuvest
2015)
Tornando da malograda espera
do tigre, 1alcançou o
capanga um casal de velhinhos, 2que
seguiam diante dele o mesmo caminho, e conversavam acerca de seus negócios
particulares. Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns
cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de
fazer um moquirão*, com que pretendiam abrir uma boa roça.
- Mas chegará, homem? perguntou a velha.
- Há de se espichar bem, mulher!
Uma voz os interrompeu:
- Por este preço dou eu conta da roça!
- Ah! É nhô Jão!
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem tinham por homem de palavra, e de
fazer o que prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e foram mostrar o lugar que
estava destinado para o roçado.
Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal
seus olhos descobriram entre os utensílios a enxada, a qual ele esquecera um
momento no afã de ganhar a soma precisa, que sem mais deu costas ao par de
velhinhos e foi-se deixando-os embasbacados.
ALENCAR, José
de. Til.
* moquirão = mutirão (mobilização coletiva para
auxílio mútuo, de caráter gratuito).
Considere os seguintes comentários sobre diferentes elementos
linguísticos presentes no texto:
I. Em “alcançou o capanga um
casal de velhinhos” (ref. 1), o contexto permite identificar qual é o sujeito,
mesmo este estando posposto.
II. O verbo sublinhado no
trecho “que seguiam diante dele o mesmo caminho” (ref. 2)
poderia estar no singular sem prejuízo para a correção gramatical.
III. No trecho “que
destinavam eles uns cinquenta mil-réis” (ref. 3), pode-se apontar um uso
informal do pronome pessoal reto “eles”, como na frase “Você tem visto eles por
aí?”.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
3. (Espcex (Aman) 2014) Marque
a única alternativa em que o emprego do verbo haver está
correto.
a) Todas as gotas de água
havia evaporado.
b) Elas se haverão comigo, se
mandarem meu primo sair.
c) Não houveram quaisquer
mudanças no regulamento.
d) Amanhã, vão haver aulas de
informática durante todo o período de aula.
e) Houveram casos
significativos de contaminação no hospital da cidade.
4. (Espcex (Aman) 2014) Assinale
a alternativa em que a palavra bastante(s) está
empregada corretamente, de acordo com a norma culta da Língua.
a) Os rapazes eram bastantes
fortes e carregaram a caixa.
b) Há provas bastante para
condenar o réu.
c) Havia alunos bastantes
para completar duas salas.
d) Temos tido bastante
motivos para confiar no chefe.
e) Todos os professores
estavam bastantes confiantes.
5. (Cps 2014)
Musa paradisíaca
Hoje, na quitanda, vi duas
donas de casa pondo as mãos na cabeça: “Trinta e seis 1cruzeiros por uma dúzia de
bananas! É o fim do mundo, onde já se viu uma coisa dessas!”
E a conversa continuava nesse
tom. Mas eu fui e paguei prazerosamente o preço de um cacho dourado. Tudo está
pela hora da morte, concordo. Mas banana não! Acho que nunca a banana será cara
demais para mim, e eu conto por quê.
Para mim, a banana é bem mais
que aquela fruta amarela, perfumada, de polpa alva, macia e saborosa, que se
apresenta numa abundância nababesca em cachos e pencas. O aspecto, o sabor, o
perfume da banana estão indissoluvelmente associados com minha infância
longínqua na terra nórdica de onde eu vim, nas praias do Mar Báltico.
Naquele tempo, naquele lugar,
uma banana era uma novidade e uma raridade. Numa certa época do ano, ela
aparecia na cidade, em algumas casas muito finas, solitária e formosa, exposta
na vitrina. Solitária, sim – uma de cada vez. E uma banana custava uma quantia
fabulosa, porque meu pai comprava mesmo uma só, e a trazia para casa onde ela
era admirada e namorada durante horas, para depois ser solenemente descascada e
repartida em partes milimetricamente iguais entre nós crianças, que a
saboreávamos lentamente, conservando o bocadinho de polpa suave na boca o mais
possível, com pena de engoli-lo.
Imaginem, pois, o meu espanto
maravilhado ao desembarcar do navio no porto de Santos e dar de cara com todo
um carregamento de bananas, cachos e mais cachos enormes, num exagero de
abundância que só em contos de fadas!
Naquele dia, me empachei de
bananas até quase estourar. Foi aos dez anos de idade, a minha primeira grande
impressão gastronômica do Trópico de Capricórnio – e nunca mais me refiz dela.
Até hoje sou fiel ao meu primeiro amor brasileiro – a banana.
Se eu fosse poeta, como Pablo
Neruda, por exemplo, que escreveu 2Ode
à cebola, eu escreveria uma Ode à banana.
E não estou sozinha neste meu
entusiasmo pela mais brasileira das frutas, porque se eu não tivesse razão, os
cientistas, que não são as pessoas mais sentimentais do mundo, não a teriam
batizado com o nome poético de Musa paradisíaca.
(BELINKI,
Tatiana. Olhos de ver. São
Paulo: Moderna, 1996. Adaptado)
1 cruzeiro: moeda utilizada no Brasil à época em que a crônica foi
escrita
2 ode: poema de exaltação, de elogio
Leia as frases reescritas a
partir do texto e assinale a alternativa em que o verbo em destaque está
corretamente empregado de acordo com a gramática normativa.
a) A escritora relata que se mantêm fiel ao seu primeiro amor
brasileiro.
b) As porções de banana era saboreadas prazerosamente pelas
crianças.
c) Em Riga, havia mercearias finas que exibiam
bananas e outras frutas na vitrina.
d) Necessitavam-se de trinta e
seis cruzeiros para se comprar uma dúzia de bananas.
e) Estavam visível, nas docas do porto de
Santos, um enorme carregamento de bananas.
6. (Ufsc 2013)
Considerando o texto,
assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01) A tensão criada pela
seriedade da afirmação inicial expressa-se no silêncio e na imobilidade das
personagens no segundo quadrinho e é depois quebrada quando o homem diz ao gato
que aquilo que afirmara não se aplica necessariamente a eles.
02) Se a palavra “muito” em
“Existe muito para nós aprendermos sobre o mundo” fosse substituída por “muitas
coisas”, o verbo existir poderia ser mantido no singular – Existe muitas coisas para nós
aprendermos sobre o mundo –
sem que isso implicasse desrespeito à norma padrão escrita da língua
portuguesa.
04) Observa-se que a
consciência de que não se pode aprender tudo contrapõe-se ao desejo do homem e
do gato de aprender mais sobre o mundo.
08) Se, no último quadrinho,
em vez do verbo ir tivéssemos o verbo pronominal dispor-se, a frase deveria ser
reescrita como “Não que a gente se dispunha a aprender”.
16) A interjeição “Ufa”, no
terceiro quadrinho, expressa o cansaço que o gato antevê como consequência do
longo aprendizado que ele e o dono têm diante de si.
32) Percebe-se, no texto, que
o pronome “nós” e sua variante informal “a gente” foram usados,
respectivamente, de forma a sugerir um tom mais sério e categórico na afirmação
inicial do homem (aprender sobre o mundo mostra-se um grande desafio) e um tom
mais leve na sua afirmação final (que exclui a si e ao gato da tarefa de
aprender sobre o mundo).
7. (Insper 2013) Troque o verbo ou feche a
boca
Rita Lee cantava uma música
que dizia "o resto que se exploda, feito Bomba H". Será que na língua
culta existe "exploda"? Explodir é verbo defectivo, ou seja, não tem
conjugação completa. No presente do indicativo, deve-se conjugá-lo a partir da
segunda pessoa do singular (tu explodes, ele explode etc.). Muita gente não
sabe da existência dos defectivos e os "conjuga" em todas as
pessoas.
(Pasquale
Cipro Neto, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/10/10/fovest/8.html)
A alternativa que exemplifica
o que foi expresso no último período é
a) Houveram dificuldades na
resolução da questão.
b) Ficaremos felizes se vocês
mantiverem a calma.
c) É preciso fazer contas
para que a prestação caiba no orçamento.
d) Empresário reavê
judicialmente a posse de seu imóvel.
e) Polícia deteu quase 60
torcedores nas imediações do Morumbi.
8. (Unifesp 2013) O Hatha yoga pradipika, sagrada
escritura do hatha yoga,
escrita no século 15 da era atual, diz que, antes de nos aventurarmos na prática
de austeridade e códigos morais, devemos nos preparar. Autocontrole e
disciplina sem preparação adequada __________ criar mais problemas mentais e de
personalidade do que paz de espírito. A beleza dessa escritura é que ela
resolve o grande problema que todo iniciante enfrenta: dominar a mente.
Devido __________ abordagem
corporal, o hatha yoga ficou conhecido – de modo
equivocado – como uma categoria de ioga __________ trabalha apenas as valências
físicas (força, flexibilidade, resistência, equilíbrio e outras), quase como
ginástica oriental. Isso não é verdade.
(Ciência
Hoje, julho de 2012. Adaptado.)
De acordo com a norma-padrão
da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, com
a) pode – a essa – aonde.
b) podem – a essa – que.
c) pode – à essa – o qual.
d) podem – essa – com que.
e) pode – essa – onde.
9. (Espcex (Aman) 2013) Assinale
a alternativa que completa corretamente as lacunas.
“Não nos ______ respeito os
motivos que ____________ os homens a __________ à causa.”
a) diz – conduzirão – aderir
b) dizem – conduzirão –
aderirem
c) dizem – conduzirá –
aderirem
d) diz – conduzirá – aderir
e) dizem – conduzirá – aderir
10. (Espcex (Aman)
2013) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do
período abaixo.
“Informaram aos candidatos
que, ___________, seguiam a comunicação oficial, o resultado e a indicação do
local do exame médico, e que estariam inteiramente à ________ disposição para
verificação.”
a) anexo – vossa
b) anexos – sua
c) anexo – sua
d) anexas – vossa
e) anexos – vossa
11. (Unifesp 2013)
_________ dois meses, a
jornalista britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada. Só que não levaram
sua carteira ou seu carro, mas sua identidade virtual. Um hacker invadiu e tomou conta de seu e-mail e – além de bisbilhotar suas
mensagens e ter acesso a seus dados bancários – passou a escrever aos mais de 5
mil contatos de Rowenna dizendo que ela teria sido assaltada em Madri e pedindo
ajuda em dinheiro.
Quando ela escreveu para seu
endereço de e-mail pedindo ao hacker ao menos sua lista de contatos
profissionais de volta, Rowenna teve como resposta a cobrança de R$ 1,4 mil.
Ela se negou a pagar, a polícia não fez nada. A jornalista só retomou o
controle do e-mail porque um amigo conhecia um
funcionário do provedor da conta, que desativou o processo de verificação de
senha criado pelo invasor.
(Galileu,
dezembro de 2011. Adaptado.)
A lacuna do início do texto
deve ser corretamente preenchida com
a) À.
b) Há cerca de.
c) Fazem.
d) Acerca de.
e) A.
12. (IFSP 2013) Conversar
pressupõe um diálogo produtivo entre as pessoas. Significa dizer que conversar
é um processo cooperativo entre interlocutores.
Leia o texto abaixo, que
representa uma conversa.
a) podemos ter conversas
literárias.
b) podíamos ter conversas
literárias.
c) poderíamos ter conversas
literárias.
d) pudemos ter conversas
literárias.
e) pudéssemos ter conversas
literárias.
Queria as respostas
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