1. (Uem 2020) “A alienação social se exprime numa teoria do conhecimento espontânea, formando o senso comum da sociedade. Por seu intermédio, são imaginadas explicações e justificativas para a realidade tal como é diretamente percebida e vivida. [...] A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as ideias.”
(CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2011, p. 218).
Acerca do conceito
de ideologia e de suas formas de proceder, assinale o que for correto.
01) Como forma de
conhecimento por meio do senso comum, a ideologia é um discurso crítico às
teses científicas predominantes nas ciências sociais e exatas.
02) Uma ideologia
procede por meio de “inversão” de causas e efeitos quando afirma, por exemplo,
que mulheres devem ser submissas aos homens porque isso seria natural, tomando
aquilo que é o efeito de condições históricas e sociais contingentes como a
justificativa para essa própria organização social.
04) Um discurso
ideológico é caracterizado pela lógica e pela coerência interna de seus
argumentos, ainda que suas proposições não possam ser consideradas corretas.
08) A ideologia produz
o imaginário social ao representar a experiência social imediata como um
conjunto de normas e explicações para as relações sociais. Aquilo “que todo mundo
faz” constitui o comportamento “normal”, “correto”, sem que se questionem suas
razões.
16) A diversidade das posições ideológicas indica que os indivíduos são livres para aderirem às visões de mundo que melhor correspondem às suas preferências.
2. (Ueg 2020) O termo “ideologia” é um dos mais abordados na história da filosofia e da sociologia. Desde o surgimento da palavra e seu primeiro significado, com Destutt de Tracy, ela recebeu várias interpretações, entre as quais as de Marx e posteriormente Mannheim, até chegar a Ricouer e outros. A ideologia já foi concebida como falsa consciência, sistema de pensamento ilusório, pensamento valorativo, concepção metafísica pré-científica, visão de mundo, etc. A letra da música “ideologia” tematiza esse termo.
Ideologia
Meu partido/ É um coração
partido/ E as ilusões/ Estão todas perdidas/ Os meus
sonhos/ Foram todos vendidos/ Tão barato/ Que eu nem
acredito/ Ah! eu nem acredito.../ Que aquele garoto/ Que ia
mudar o mundo/ Mudar o mundo/ Frequenta agora/ As festas do "Grand
Monde".../ Meus heróis/ Morreram de overdose/ Meus
inimigos/ Estão no poder/ Ideologia!/ Eu quero uma pra viver
Ideologia!/ Eu quero uma pra
viver.../ O meu prazer/ Agora é risco de vida/ Meu sex and
drugs/ Não tem nenhum rock 'n' roll/ Eu vou pagar/ A conta do
analista/ Pra nunca mais/ Ter que saber/ Quem eu sou/ Ah!
saber quem eu sou.../ Pois aquele garoto/ Que ia mudar o
mundo/ Mudar o mundo/ Agora assiste a tudo/ Em cima do
muro/ Em cima do muro.../ Meus heróis/ Morreram de
overdose/ Meus inimigos/ Estão no poder
Ideologia!/ Eu quero uma pra viver/ Ideologia!/ Pra
viver.../ Pois aquele garoto/ Que ia mudar o mundo/ Mudar o
mundo/ Agora assiste a tudo/ Em cima do muro/ Em cima do
muro.../ Meus heróis/ Morreram de overdose/ Meus inimigos/ Estão
no poder/ Ideologia!/ Eu quero uma pra viver/ Ideologia!/ Eu
quero uma pra viver.../ Ideologia!/ Pra
viver/ Ideologia!/ Eu quero uma pra viver... |
|
Disponível em: https://www.letras.mus.br/cazuza/43860/. Acesso em: 09 out. 2019.
A partir das concepções existentes sobre esse
termo, podemos dizer que a ideologia, de acordo com a letra da música, se
aproxima mais da concepção:
a) marxista,
pois ela é apresentada como uma falsa consciência envolta em heroísmo, sonhos e
ilusões.
b) hegeliana,
já que ela aparece como sendo um chamado para o engajamento e luta para mudar o
mundo.
c) gramsciana,
tendo em vista que é algo de que precisamos para viver e agir, tal como uma
visão de mundo.
d) de
Mannheim, observando que é explícito seu vínculo com uma classe social ao
tratar de poder e partido.
e) de Kant, afinal ela se revela um pensamento valorativo em relação ao mundo e sua decadência moral.
3. (Unicamp 2017) “Muitos políticos
veem facilitado seu nefasto trabalho pela ausência da filosofia. Massas e
funcionários são mais fáceis de manipular quando não pensam, mas tão somente
usam de uma inteligência de rebanho. É preciso impedir que os homens se tornem
sensatos. Mais vale, portanto, que a filosofia seja vista como algo
entediante.”
Karl Jaspers, Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo: Cultrix, 1976, p.140.
Assinale a
alternativa correta.
a) O filósofo lembra
que a filosofia tem um potencial crítico que pode desagradar a políticos,
poderosos e ao senso comum, tal como ocorreu na Grécia em relação a Sócrates.
b) A filosofia
precisa ser entediante para estimular o pensamento crítico, rigoroso e formar
pessoas sensatas, a partir do ensino de lógica, retórica e ética.
c) A ditadura militar
no Brasil retirou a disciplina de filosofia das escolas por considerá-la
subversiva, mas atenuou a medida estimulando os Centros Populares de Cultura
(CPC), ligados a entidades estudantis.
d) Os políticos e a estrutura escolar não são o verdadeiro obstáculo ao ensino de filosofia, mas a concepção de que ela é difícil e tediosa, considerando-se que existem mecanismos para aproximá-la do senso comum.
4. (Unesp 2017) O alvo dos ataques
extremistas é o Iluminismo. E a melhor defesa é o próprio Iluminismo. “Por mais
que seus valores estejam sendo atacados por elementos como os fundamentalistas
americanos e o islamismo radical, isto é, pela religião organizada, o Iluminismo
continua sendo a força intelectual e cultural dominante no Ocidente. O
Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo”. Estas palavras do
historiador britânico Anthony Pagden chegam em um momento em que algumas forças
insistem em dinamitar a herança do Século das Luzes. “O Iluminismo é um projeto
importante e em incessante evolução. Proporciona uma imagem de um mundo capaz
tanto de alcançar certo grau de universalidade quanto de libertar-se das
restrições do tipo de normas morais oferecidas pelas comunidades religiosas e
suas análogas ideologias laicas: o comunismo, o fascismo e, agora, inclusive, o
comunitarismo”, afirma Pagden.
(Winston
Manrique Sabogal. “‘O Iluminismo continua oferecendo uma
arma contra o fanatismo’”. www.unisinos.br. Adaptado.)
No texto, o
Iluminismo é entendido como
a) um impulso
intelectual propagador de ideologias políticas e religiosas contrárias à
hegemonia do Ocidente.
b) um movimento
filosófico e intelectual de valorização da razão, da liberdade e da autonomia,
restrito ao século XVIII.
c) uma tendência de
pensamento legitimadora do domínio colonialista e imperialista exercido pelas
nações europeias.
d) um projeto
intelectual eurocêntrico baseado em imagens de mundo dotadas de universalidade
teológica.
e) uma experiência intelectual racional e emancipadora, de origem europeia, porém passível de universalização.
5. (Unesp 2017)
Texto 1
Estamos em uma
situação aterradora: dos lados da Direita e da esquerda há ausência de
pensamento. Você conversa com alguém da direita e vê que ele é capaz de dizer
quatro frases contraditórias sem perceber as contradições. Você conversa com
alguém da extrema esquerda e vê o totalitarismo que também opera com a ausência
do pensamento. Então nós estamos ensanduichados entre duas maneiras de recusar
o pensamento.
(Marilena
Chaui. “Sociedade brasileira: violência e autoritarismo por todos os lados”. Cult,
Fevereiro de 2016. Adaptado.)
Texto
2
O fenômeno dos
coletivos é um traço regressivo no embate com a solidão do homem moderno. É uma
tentativa, canhestra e primitiva, de “voltar ao útero materno” para ver se o
ruído insuportável da realidade disforme do mundo se dissolve porque grito
palavras de ordem ou faço coisas pelas quais eu mesmo não sou responsabilizado,
mas sim o “coletivo”, essa “pessoa” indiferenciada que não existe.
(Luiz
Felipe Pondé. “Sapiens
Sobre os textos, é
correto afirmar que
a) os textos 1 e 2
criticam o individualismo moderno, enfatizando a importância da valorização das
tradições populares e comunitárias.
b) os textos 1 e 2
criticam as tendências totalitárias no campo da consciência política, em seus
aspectos irracionalistas e psicológicos.
c) os textos 1 e 2
analisam um fenômeno que espelha a realização dos ideais iluministas de
autonomia do indivíduo e de emancipação da humanidade.
d) os textos 1 e 2
valorizam a importância do sentimento e das emoções como meios de agregação dos
indivíduos no interior de coletividades políticas.
e) o texto 1 critica a alienação da consciência política, enquanto o texto 2 valoriza a inserção dos indivíduos em coletivos.
6. (Unesp 2016) O
feminismo não é uma ideologia no sentido positivo de conjunto de ideias, muito
menos é uma ideologia no sentido negativo de “falsa consciência” que serviria
para acobertar a disputa de poder entre homens e mulheres. O feminismo não é
uma inversão ideológica. Não é uma inversão do poder. Uma inversão pressuporia
sua manutenção. Em outras palavras, o feminismo não é uma manutenção do poder
patriarcal com roupagem nova ou invertida que se alcança por uma ideologia de
puro oposicionismo. É preciso tirá-lo do clima puramente acadêmico, do clima de
qualquer pureza, branca, de classe média ou alta, de corpos autorizados, de
crenças em identidades estanques e propostas como naturais pelo sistema da
razão que administra a não identidade evitando que ela floresça.
(Marcia Tiburi. “O que é feminismo?”. http://revistacult.uol.com.br. Adaptado.)
De acordo com o
texto, é correto afirmar que o feminismo
a) é um movimento
político restrito a manifestações estéticas.
b) sustenta
pressupostos metafísicos baseados em essências absolutas.
c) opõe-se à
ideologia e ao poder baseando-se em noções científicas.
d) apoia-se em um
conjunto de valores eurocêntricos e patriarcais.
e) manifesta-se favoravelmente a singularidades no campo do gênero.
7. (Ueg 2017) O
fenômeno da ideologia é um dos temas fundamentais tanto da reflexão filosófica
quanto da sociológica.
A esse respeito, verifica-se que
a) Weber e outros
sociólogos alemães consideram que a ideologia é um fenômeno cultural derivado
da evolução cognitiva do ser humano e por isso seria objeto de estudo da
psicologia, da neurologia e da filosofia, e não da sociologia.
b) os filósofos
contemporâneos consideram que a ideologia é melhor compreendida a partir da
definição fornecida por Destutt de Tracy, segundo a qual ela é a “ciência das
ideias” e por isso é objeto de estudo exclusivo da filosofia.
c) Mannheim entendia
que a ideologia é um produto social gerado pelas classes sociais, sendo que a
ideologia, no sentido mais estrito, seria produção da classe dominante, ao
passo que as classes dominadas produziriam utopias.
d) Marx compreendia
que a ideologia é um sistema de pensamento ilusório e que é um fenômeno que
“não tem história”, sendo natural e universal, o que gerava a necessidade de
substituição da ideologia burguesa pela ideologia proletária.
e) Hegel produziu a
abordagem filosófica mais desenvolvida de ideologia e a compreendia como sendo
o estágio mais desenvolvido do pensamento humano, superando outras formas de
pensamento, como o mito, a religião, a filosofia e a ciência.
8. (Ueg
2015) Para Marx, diante da tentativa humana de explicar a realidade e dar
regras de ação, é preciso considerar as formas de conhecimento ilusório que
mascaram os conflitos sociais. Nesse sentido, a ideologia adquire um caráter
negativo, torna-se um instrumento de dominação na medida em que naturaliza o
que deveria ser explicado como resultado da ação histórico-social dos homens, e
universaliza os interesses de uma classe como interesse de todos. A partir de
tal concepção de ideologia, constata-se que
a) a sociedade capitalista transforma
todas as formas de consciência em representações ilusórias da realidade
conforme os interesses da classe dominante.
b) ao mesmo tempo que Marx critica a
ideologia ele a considera um elemento fundamental no processo de emancipação da
classe trabalhadora.
c) a superação da cegueira coletiva
imposta pela ideologia é um produto do esforço individual principalmente dos
indivíduos da classe dominante.
d) a frase “o trabalho dignifica o homem” parte de uma noção genérica e abstrata de trabalho, mascarando as reais condições do trabalho alienado no modo de produção capitalista.
9. (Ufsm 2013) Leonardo Boff inclui a generosidade como uma pilastra de um modelo adequado de sustentabilidade. Ele a caracteriza do seguinte modo: Generoso é aquele que comparte, que distribui conhecimentos e experiências sem esperar nada em troca. Já os clássicos da filosofia política, como Platão e Rousseau, afirmavam que uma sociedade não pode fundar-se apenas sobre a justiça. Ela se tomaria inflexível e cruel. Ela deve viver também da generosidade dos cidadãos, de seu espírito de cooperação e de solidariedade voluntária.
Considere as
seguintes afirmações:
I. Segundo o texto, generosidade e
justiça podem ser complementares uma à outra.
II. Segundo o texto, se uma sociedade é
inflexível e cruel, então ela está fundada apenas sobre a justiça.
III. Já na ética aristotélica, a generosidade é uma virtude e a extravagância e a avareza são os vícios correlacionados a ela.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.
10. (Ufsm
2013) A economia verde contém os seguintes princípios para o consumo ético
de produtos: a matéria-prima dos produtos deve ser proveniente de fontes limpas
e não deve haver desperdício dos produtos. O Estado, entretanto, não impõe, até
o presente momento, sanções àqueles cidadãos que não seguem esses princípios.
Considere as seguintes afirmações:
I. Esses princípios são juízos de fato.
II. Esses princípios são, atualmente,
uma questão de moralidade, mas não de legalidade.
III. A ética epicurista, a exemplo da economia verde, propõe uma vida mais moderada.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.
11. (Unesp
2013)
Texto 1
Sobre o estupro
coletivo de uma estudante de 23 anos em Nova Déli, o advogado que defende os
suspeitos declarou: “Até o momento eu não vi um único exemplo de estupro de uma
mulher respeitável”. Sobre esta declaração, o advogado garantiu que não tentou
difamar a vítima. “Eu só disse que as mulheres são respeitadas na Índia, sejam
mães, irmãs, amigas, mas diga-me que país respeita uma prostituta?!”
(Advogado de acusados
de estupro na Índia denuncia confissão forçada.
http://noticias.uol.com.br. Adaptado.)
Texto 2
Na Índia, a violência
contra as mulheres tomou uma nova e mais perversa forma, a partir do cruzamento
de duas linhas: as estruturas patriarcais tradicionais e as estruturas
capitalistas emergentes. Precisamos pensar nas relações entre a violência do
sistema econômico e a violência contra as mulheres.
(Vandana Shiva, filósofa indiana. No continuum da violência. O Estado de S.Paulo, 12.01.2013. Adaptado.)
Os textos referem-se
ao fato ocorrido na Índia em dezembro de 2012. Pela leitura atenta dos textos,
podemos afirmar que:
a) segundo a filósofa, fatos como esse
explicam-se pela confluência de fatores históricos e econômicos de exclusão
social.
b) para a filósofa, a violência contra
as mulheres na Índia deve- se exclusivamente ao neoliberalismo econômico.
c) as duas interpretações sugerem que a
prevenção de tais atos violentos depende do resgate de valores religiosos.
d) sob a ótica do advogado, esse fato
ocorreu em virtude do desrespeito aos direitos humanos.
e) as duas interpretações limitam-se a reproduzir preconceitos de gênero socialmente hegemônicos naquele país.
12. (Ufsm
2013) Leonardo Boff define sustentabilidade do seguinte modo: Uma ação é
sustentável se, e somente se, ela é destinada a manter as condições
energéticas, informacionais, físico-químicas que sustentam todos os seres,
especialmente a Terra viva, a comunidade de vida e a vida humana, visando à sua
continuidade e ainda atender as necessidades da geração presente e das futuras,
de tal forma que o capital natural seja mantido e enriquecido em sua capacidade
de regeneração, reprodução e coevolução.
Considere as seguintes afirmações:
I. Atender as necessidades da geração
presente é condição necessária, mas não suficiente, para haver
sustentabilidade.
II. Atender as necessidades da geração
futura é condição suficiente, mas não necessária, para haver sustentabilidade.
III. Manter o capital natural é condição necessária e suficiente para haver sustentabilidade.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.
13. (Ufsm
2013) Quando o assunto é aquecimento global, o mundo agora se divide entre
ecorradicais e ecochatos. [...] De um lado estão os ambientalistas radicais.
Para eles, o aquecimento global é responsável por todos os desastres naturais
de que se tem notícia. É o caso da onda de calor de 2003, que matou 40 mil pessoas
na Europa, e do derretimento da neve do Kilimandjaro, por exemplo. (Na verdade,
a onda foi causada por uma anomalia na circulação de ar, e o Kilimandjaro já
estava degelando desde 1953, graças a raios solares.)
Fonte: Revista Superinteressante, edição 299, dezembro 2011, p. 57.
Considere as
seguintes afirmações:
I. Se alguém não for nem ecorradical
nem ecochato quanto ao aquecimento global, a divisão proposta no texto é uma
falsa dicotomia.
lI. Afirmar que todos os desastres
naturais são causados pelo aquecimento global é um exemplo de generalização
apressada.
III. Atribuir a onda de calor de 2003 ao aquecimento global é um exemplo de falsa causa.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas III.
c) apenas I e II.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.
14. (Ufsm 2013) O filósofo André Comte-Sponville escreveu o seguinte:
Quanto às empresas, elas tendem antes de mais nada ao lucro. Não as critico por isso: é a função delas, e desse lucro todos nós necessitamos. Mas quem pode acreditar que o lucro baste para fazer que uma sociedade seja humana? A economia produz riquezas, e riquezas são necessárias, e nunca serão demais. Mas também precisamos de justiça, de liberdade, de segurança, de paz, de fraternidade, de projetos, de ideais... Não há mercado que os forneça. É por isso que é preciso fazer política: porque a moral não basta, porque a economia não basta e, portanto, porque seria moralmente condenável e economicamente desastroso pretender contentar-se com uma e outra.
Considere as seguintes afirmações:
I. A liberdade de ação pode ser
incompatível com a justiça.
II. A intervenção na economia é própria
de um estado liberal.
III. Comte-Sponville prescreve que a política deva ser um complemento indispensável à moral e à economia.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I e II.
b) apenas III.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.
15. (Ufsm 2013) Do
outro lado, ecocéticos querem limpar a barra dos seres humanos a qualquer
custo. Argumentam, por exemplo, que a atividade vulcânica é mais decisiva para
o aquecimento global do que as nossas ações – enquanto estudos avaliam que
humanos emitem 135 vezes mais CO2 do que vulcões. No meio de
tantos dados contraditórios, quem sai perdendo é a ciência.
Fonte: Revista Superinteressante, edição 299, dezembro 2011, p. 57.
Considere as
seguintes afirmações:
I. Afirmações contraditórias entre si
não podem ser ambas verdadeiras.
II. Segundo o texto, os ecocéticos
negam a existência de um aquecimento global.
III. A tese dos ecocéticos é verificada pelo exemplo do impacto da atividade vulcânica sobre o aquecimento global.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.
16. (Unimontes 2013) É
verdade que a publicidade, por meio de competentes agências e suas criativas
campanhas, divulga a variedade e a qualidade do que é produzido pelo mercado.
Desse modo, o consumidor toma conhecimento dos produtos e pode fazer escolhas.
No entanto, como vivemos em uma época de consumismo, as pessoas são levadas a
comprar muito mais do que necessitam. Com relação à publicidade, é CORRETO
afirmar:
a) É neutra e não aceita interferência
ideológica.
b) Não vende apenas produtos, mas
também ideias.
c) O espaço publicitário não tem
interferência do mercado.
d) Não sofre interferência religiosa e política.
17. (Ueg 2013) Leia a letra da canção abaixo.
IDEOLOGIA
Cazuza
Meu partido/ É um coração partido/ E as ilusões/ Estão todas perdidas/ Os meus sonhos/ Foram todos vendidos/ Tão barato/ Que eu nem acredito/ Ah! eu nem acredito.../ Que aquele garoto/ Que ia mudar o mundo/ Mudar o mundo/ Frequenta agora/ As festas do "Grand Monde".../ Meus heróis/ Morreram de overdose/ Meus inimigos/ Estão no poder/ Ideologia!/ Eu quero uma pra viver
Ideologia!/ Eu quero uma pra viver.../ O meu prazer/ Agora é risco de vida/ Meu sex and drugs/ Não tem nenhum rock 'n' roll/ Eu vou pagar/ A conta do analista/ Pra nunca mais/ Ter que saber/ Quem eu sou/ Ah! saber quem eu sou.../ Pois aquele garoto/ Que ia mudar o mundo/ Mudar o mundo/ Agora assiste a tudo/ Em cima do muro/ Em cima do muro.../ Meus heróis/ Morreram de overdose/ Meus inimigos/ Estão no poder
Ideologia!/ Eu quero uma pra viver/ Ideologia!/ Pra
viver.../ Pois aquele garoto/ Que ia mudar o mundo/ Mudar o
mundo/ Agora assiste a tudo/ Em cima do muro/ Em cima do
muro.../ Meus heróis/ Morreram de overdose/ Meus inimigos/ Estão
no poder/ Ideologia!/ Eu quero uma pra viver/ Ideologia!/ Eu
quero uma pra viver.../ Ideologia!/ Pra
viver/ Ideologia!/ Eu quero uma pra viver.
Disponível em: <http://letras.mus.br/cazuza/43860/>. Acesso em: 6/09/2012.
A categoria
“ideologia” é central para as ciências humanas. Nesse sentido, na letra da
música citada, ela significa:
a) uma inversão da realidade produzida
pelos ideólogos, tal como na concepção de Marx, e que consiste numa necessidade
do proletariado.
b) uma visão de mundo que os seres
humanos necessitam para se adaptarem a um mundo em que as utopias perderam sua
força mobilizadora.
c) um elemento que contribui para maior
coesão social na medida em que explicita as contradições da sociedade de classes.
d) um fato social sem importância para
a construção da subjetividade na sociedade atual e na qual todos são reduzidos
à condição de consumidores.
18. (Uel 2012) Leia o texto a seguir.
A pedra amuleto do
signo de Virgem é o quartzo rosa. Segundo crenças antigas, esta pedra ajuda nas
dificuldades afetivas, nas brigas com o casal, nos problemas familiares. Ótimo
talismã contra o mau-olhado. Cor: ROSA. Para cada uma destas pedras, é necessária
uma programação personalizada para conseguir o máximo dos benefícios. De vez em
quando, é preferível submergir as pedras em água e sal grosso para descarregar
as eventuais toxinas acumuladas.
(Adaptado de: Disponível em: <www.horoscopofree.com/pt/astrology/stone/?IdSign=6#point>. Acesso em: 6 set. 2011.)
Com base no texto e
nos conhecimentos sobre senso comum e senso científico, considere as
afirmativas a seguir.
I. A complexidade da vida cotidiana
produz, no ser social, a busca de respostas, ainda que se valendo das dimensões
místicas.
II. O avanço recente da ciência tornou
possível compreender objetivamente o destino humano mediante o estudo dos
astros.
III. Na consulta ao horóscopo, aos
astros e às melhores pedras para cada signo do zodíaco, o senso comum substitui
o científico.
IV. Enquanto área de conhecimento, o esoterismo é fundamental para desfetichizar a vida social ao esclarecer ao homem o que é sua existência real.
Assinale a
alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são
corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são
corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são
corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV
são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV
são corretas.
Man, cade o gabarito
ResponderExcluirGABARITOOO?
ResponderExcluirnúmero 11 = letra B
ResponderExcluirVerifique o link do gabarito no final da postagem!
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