1.
(Unicamp 2021) As feridas da discriminação racial se exibem ao mais
superficial olhar sobre a realidade social do país. Até 1950, a discriminação
em empregos era uma prática corrente, sancionada pelas práticas sociais do
país. Em geral, os anúncios de vagas de trabalho eram publicados com a
explícita advertência: “não se aceitam pessoas de cor.” Mesmo após a Lei Afonso
Arinos, de 1951, proibindo categoricamente a discriminação racial, tudo
continuou na mesma. Depois da lei, os anúncios se tornaram mais sofisticados
que antes, e passaram a requerer: “pessoas de boa aparência”. Basta substituir
“pessoas de boa aparência” por “branco” para se obter a verdadeira significação
do eufemismo.
(Adaptado de Abdias do Nascimento, O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva, 2018, p. 97.)
A partir do excerto, é correto afirmar:
a) Apesar
da Lei Afonso Arinos de 1951, o racismo que existia há muitos anos no mercado
de trabalho brasileiro permaneceu por meio de estratégias camufladas.
b) A Lei
Afonso Arinos de 1951 possibilitou a eliminação do racismo no mercado de
trabalho do mundo da moda, que exigia a boa aparência das pessoas brancas.
c) Em 1951,
o conceito de “pessoas de boa aparência”, ditado pelo mundo da moda e
reproduzido nos anúncios de vagas de trabalho, privilegiava o asseio no vestir.
d) O racismo foi eliminado das relações sociais brasileiras somente na década de 1990, com a consolidação do conjunto de leis da democracia racial.
2. (Enem (Libras) 2017) Os guaranis encontram-se hoje distribuídos pela
Bolívia, Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina. A condição de guarani remete
diretamente para a ideia de pertencimento e para as relações de parentesco. Daí
a importância da concepção de território como espaço de comunicação. Eles têm
parentes nos diversos países e seguem se visitando regularmente. Os guaranis
seguem com noções e conceitos próprios de fronteira, uma ideia mais sociológica
e ideológica, que inclui, exclui e define quem pertence e quem não pertence a
determinado grupo social.
O dilema das fronteiras na trajetória guarani. Entrevista especial com Antônio Brand. Disponível em: www.ihuonline.unisinos.br. Acesso em: 15 ago. 2013 (adaptado).
De acordo com o texto, o processo de demarcação das
terras reivindicadas por esse povo enfrenta como dificuldade o(a)
a) valor de
desapropriação das áreas legalizadas.
b) engajamento
de jovens na luta pela reforma agrária.
c) escassez
de zonas cultiváveis nas regiões contíguas.
d) tensão
entre identidade coletiva e normatizações das nações limítrofes.
e) contradição entre sustento extrativista e desmatamento das florestas tropicais.
3. (Uerj 2019)
Com mais de cinquenta anos de existência, o personagem “Pantera Negra”
esteve associado a debates sobre as condições de vida de populações
afrodescendentes na sociedade norte-americana.
Tendo em vista as transformações ocorridas entre a década de 1960 e o
momento atual, a comparação entre as imagens aponta para a seguinte mudança
acerca do protagonismo afrodescendente:
a) equiparação do poder
aquisitivo
b) fortalecimento da inclusão
social
c) reconhecimento dos direitos civis
d) homogeneização das diferenças raciais
4. (Udesc 2019) Leia o trecho a seguir:
“Não existe democracia racial efetiva, onde o
intercâmbio entre indivíduos pertencentes a ‘raças’ distintas começa e termina
no plano da tolerância convencionalizada. Esta pode satisfazer as exigências do
bom-tom, de um discutível espírito cristão e da necessidade prática de ‘manter
cada um no seu lugar’. Contudo, ela não aproxima realmente os homens senão na
base da mera coexistência no mesmo espaço social e, onde isso chega a
acontecer, da convivência restritiva, regulada por um código que consagra a
desigualdade, disfarçando-a e justificando-a acima dos princípios de integração
da ordem social democrática”.
Florestan Fernandes, 1960.
Florestan Fernandes se refere à ideia de
“democracia racial” que, durante um período, foi considerada constitutiva da
identidade nacional brasileira. Esta tese era caracterizada por:
a) pressupor
uma miscigenação harmoniosa entre os diferentes grupos étnicos constitutivos da
nação brasileira.
b) apregoar
que representantes de todos os grupos étnicos deveriam ter representatividade
política em âmbito legislativo.
c) promover
a denúncia de práticas racistas contra negros, mulheres e indígenas.
d) reivindicar
a instauração de processos e eventuais julgamentos dos responsáveis pelo
processo de favelização nas grandes capitais brasileiras, a partir de fins do
século XIX.
e) defender as candidaturas plurirraciais nos processos eleitorais, pós 1964.
5. (Uerj 2019) As caravanas
É um dia de real grandeza, tudo azul
Um mar turquesa à la Istambul enchendo os olhos
Um sol de torrar os miolos
Quando pinta em Copacabana
A caravana do Arará, do Caxangá, da Chatuba
A caravana do Irajá, o comboio da Penha
Não há barreira que retenha esses estranhos
Suburbanos tipo muçulmanos do Jacarezinho
A caminho do Jardim de Alá
É o bicho, é o buchicho, é a charanga
(...)
Com negros torsos nus deixam em polvorosa
A gente ordeira e virtuosa que apela
Pra polícia despachar de volta
O populacho pra favela
Ou pra Benguela, ou pra Guiné
Sol
A culpa deve ser do sol que bate na moleira
O sol que estoura as veias
O suor que embaça os olhos e a razão
E essa zoeira dentro da prisão
Crioulos empilhados no porão
De caravelas no alto mar
Tem que bater, tem que matar, engrossa a gritaria
Filha do medo, a raiva é mãe da covardia
Ou doido sou eu que escuto vozes
Não há gente tão insana
Nem caravana do Arará
Não há, não há
(...)
CHICO BUARQUE. letras.mus.br
Na letra da canção, o compositor estabelece vínculos entre diferentes temporalidades.
Esses vínculos explicitam uma relação de
causalidade entre os seguintes elementos:
a) processo
histórico e estrutura social
b) origem
geográfica e violência urbana
c) doutrina
religiosa e fundamentação ideológica
d) movimento pendular e segregação residencial
6. (Enem PPL 2019) Para dar conta do movimento histórico do processo
de inserção dos povos indígenas em contextos urbanos, cuja memória reside na
fala dos seus sujeitos, foi necessário construir um método de investigação,
baseado na História Oral, que desvelasse essas vivências ainda não estudadas
pela historiografia, bem como as conflitivas relações de fronteira daí
decorrentes. A partir da história oral foi possível entender a dinâmica de
deslocamento e inserção dos índios urbanos no contexto da sociedade nacional,
bem como perceber os entrelugares construídos por estes grupos étnicos na luta
pela sobrevivência e no enfrentamento da sua condição de invisibilidade.
MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008.
O uso desse método para compreender as condições
dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras justifica-se por
a) focalizar
a empregabilidade de indivíduos carentes de especialização técnica.
b) permitir
o recenseamento de cidadãos ausentes das estatísticas oficiais.
c) neutralizar
as ideologias de observadores imbuídos de viés acadêmico.
d) promover
o retorno de grupos apartados de suas nações de origem.
e) registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita.
7. (Enem
2017)
A fotografia, datada de 1860, é um indício da
cultura escravista no Brasil, ao expressar a
a) ambiguidade
do trabalho doméstico exercido pela ama de leite, desenvolvendo uma relação de
proximidade e subordinação em relação aos senhores.
b) integração
dos escravos aos valores das classes médias, cultivando a família como pilar da
sociedade imperial.
c) melhoria
das condições de vida dos escravos observada pela roupa luxuosa, associando o
trabalho doméstico a privilégios para os cativos.
d) esfera
da vida privada, centralizando a figura feminina para afirmar o trabalho da
mulher na educação letrada dos infantes.
e) distinção étnica entre senhores e escravos, demarcando a convivência entre estratos sociais como meio para superar a mestiçagem.
8. (Enem PPL 2019) Os pesquisadores que trabalham com sociedades
indígenas centram sua atenção em documentos do tipo jurídico-administrativo
(visitas, testamentos, processos) ou em relações e informes e têm deixado em
segundo plano as crônicas. Quando as utilizam, dão maior importância àquelas
que foram escritas primeiro e que têm caráter menos teórico e intelectualizado,
por acharem que estas podem oferecer informações menos deformadas. Contrariamos
esse posicionamento, pois as crônicas são importantes fontes etnográficas,
independentemente de serem contemporâneas ao momento da conquista ou de terem
sido redigidas em período posterior. O fato de seus autores serem verdadeiros
humanistas ou pouco letrados não desvaloriza o conteúdo dessas crônicas.
PORTUGAL, A. R. O ayllu andino nas crônicas quinhentistas: um polígrafo na literatura brasileira do século XIX (1885-1897). São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
As fontes valorizadas no texto são relevantes para
a reconstrução da história das sociedades pré-colombianas porque
a) sintetizam
os ensinamentos da catequese.
b) enfatizam
os esforços de colonização.
c) tipificam
os sítios arqueológicos.
d) relativizam
os registros oficiais.
e) substituem as narrativas orais.
9. (Enem 2017) Art. 231. São reconhecidos aos índios sua
organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União
demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: www.planalto.gov. br. Acesso em: 27 abr. 2017.
A persistência das reivindicações relativas à
aplicação desse preceito normativo tem em vista a vinculação histórica
fundamental entre
a) etnia e
miscigenação racial.
b) sociedade
e igualdade jurídica.
c) espaço e
sobrevivência cultural.
d) progresso
e educação ambiental.
e) bem-estar e modernização econômica.
10. (Enem PPL 2017) No primeiro semestre do ano de 2009, o Supremo
Tribunal Federal (STF), a mais alta corte judicial brasileira, prolatou decisão
referente ao polêmico caso envolvendo a demarcação da reserva indígena Raposa
Serra do Sol, onde habitam aproximadamente dezenove mil índios aldeados nas
tribos Macuxi, Wapixana, Taurepang, Ingarikó e Paramona – em julgamento
paradigmático que estabeleceu uma série de conceitos e diretrizes válidas não
só para o caso em questão, mas para todas as reservas indígenas demarcadas ou em
processo de demarcação no Brasil.
SALLES, D. J. P. C. Disponível em: www.ambito-juridico.com.br. Acesso em: 30 jul. 2013 (adaptado).
A demarcação de terras indígenas, conforme o texto,
evidencia a
a) ampliação
da população indígena na região.
b) função
do Direito na organização da sociedade.
c) mobilização
da sociedade civil pela causa indígena.
d) diminuição
do preconceito contra os índios no Brasil.
e) pressão de organismos internacionais em defesa dos índios brasileiros.
11. (Uece 2019) Considerando o que se entende por “relações
étnico-raciais”, assinale a afirmação verdadeira.
a) Os seres
humanos não têm raça, apenas são biologicamente diferentes por sua cor de pele,
embora sejam todos culturalmente iguais.
b) As
relações étnico-raciais revelam a globalização das sociedades, com a superação
das diferenças raciais e de pertencimentos culturais entre os povos.
c) Raça é
compreendida como a construção social estabelecida nas tensas relações entre
brancos e negros, muitas vezes simuladas como harmoniosas; e etnia se refere a
grupos que estão juntos devido a sua cultura e seus interesses historicamente
comuns.
d) As relações étnico-raciais expressam diferenças e interesses entre as classes sociais, e como cada classe se posiciona na organização da produção material da vida cotidiana.
12. (Unesp 2020) Leia o texto e observe o mapa para responder à questão a seguir.
Nem existia Brasil no
começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-colombiano,
mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o
Brasil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca
relação entre si até meados do século XVIII. E há aí a questão da navegação
marítima, torna-se importante aprender bem história marítima, que é ligada à
geografia. [...] Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as relações
que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais
relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso formava um todo,
muito mais do que o Brasil ou a América portuguesa. [...]
Nunca os missionários
entraram na briga para saber se o africano havia sido ilegalmente escravizado
ou não, mas a escravidão indígena foi embargada pelos missionários desde o
começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a
escravidão africana predomine. [...] A escravização tem dois processos: o
primeiro é a despersonalização, e o segundo é a dessocialização.
A “despersonalização” e a “dessocialização” dos
escravizados podem ser associadas, respectivamente,
a) ao fato
de que os escravos eram identificados por números marcados a ferro e à
interdição do contato entre os cativos e seus senhores.
b) à noção
do escravo como mercadoria e ao fato de que os africanos eram extraídos de sua
comunidade de origem.
c) à noção
do escravo como tolerante ao trabalho compulsório e ao fato de que ele era
proibido de fazer amizades ou constituir família.
d) ao fato
de que os escravos eram etnologicamente indistintos e à proibição de realização
de festas e cultos.
e) à noção do escravo como desconhecedor do território colonial e ao fato de que ele não era reconhecido como brasileiro.
13. (Enem PPL 2019) O frevo é uma forma de expressão musical,
coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda, no estado de
Pernambuco. O frevo é formado pela grande mescla de gêneros musicais, danças,
capoeira e artesanato. É uma das mais ricas expressões da inventividade e
capacidade de realização popular na cultura brasileira. Possui a capacidade de
promover a criatividade humana e também o respeito à diversidade cultural. No
ano de 2012, a Unesco proclamou o frevo como Patrimônio Imaterial da
Humanidade.
PORTAL BRASIL. Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 10 fev. 2013.
A característica da manifestação cultural descrita
que justifica a sua condição de Patrimônio Imaterial da Humanidade é a
a) conversão
dos festejos em produto da elite.
b) expressão
de sentidos construídos coletivamente.
c) dominação
ideológica de um grupo étnico sobre outros.
d) disseminação
turística internacional dos eventos festivos.
e) identificação de simbologias presentes nos monumentos artísticos.
14. (Unesp 2018) No Brasil, para uma população 54% negra (incluídos
os pardos), apenas 14% dos juízes e 2% dos procuradores e promotores públicos
são negros. Juízes devem ser imparciais em relação a cor, credo, gênero, e os
mais sensíveis desenvolvem empatia que lhes permite colocar-se no lugar dos
mais desfavorecidos socialmente. Nos Estados Unidos, várias ONGs dedicam-se a
defender réus já condenados. Como resultado do trabalho de apenas uma delas,
353 presos foram inocentados em novos julgamentos desde 1989. Desses, 219 eram
negros. No Brasil, é uma incógnita o avanço social que seria obtido por uma
justiça cega à cor.
(Mylene Pereira Ramos. “A justiça tem cor?”. Veja, 24.01.2018. Adaptado.)
Sobre o funcionamento da justiça, pode-se afirmar
que
a) o preconceito
étnico é fenômeno exclusivamente subjetivo e sem implicações na esfera pública.
b) a
neutralidade e objetividade no julgamento não estão sujeitas a fatores de
natureza psicológica.
c) a
disparidade da composição étnica entre réus e juízes é um fator de crítica à
atuação do Judiciário.
d) a
isenção jurídica é garantida por critérios objetivos que independem da origem
étnica ou social.
e) a imparcialidade nos julgamentos é fator que torna desnecessária a adoção de políticas afirmativas.
15. (Enem (Libras) 2017) A miscigenação que largamente se praticou aqui
corrigiu a distância social que de outro modo se teria conservado enorme entre
a casa-grande e a mata tropical; entre a casa-grande e a senzala. O que a
monocultura latifundiária e escravocrata realizou no sentido de
aristocratização, extremando a sociedade brasileira em senhores e escravos, com
uma rala e insignificante lambujem de gente livre sanduichada entre os extremos
antagônicos, foi em grande parte contrariado pelos efeitos sociais da
miscigenação.
FREYRE, G. Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Record, 1999.
A temática discutida é muito presente na obra de
Gilberto Freyre, e a explicação para essa recorrência está no empenho do autor
em
a) defender
os aspectos positivos da mistura racial.
b) buscar
as causas históricas do atraso social.
c) destacar
a violência étnica da exploração colonial.
d) valorizar
a dinâmica inata da democracia política.
e) descrever
as debilidades fundamentais da colonização portuguesa.
16. (Enem PPL 2017) O racismo institucional é a negação coletiva de uma
organização em prestar serviços adequados para pessoas por causa de sua cor,
cultura ou origem étnica. Pode estar associado a formas de preconceito
inconsciente, desconsideração e reforço de estereótipos que colocam algumas
pessoas em situações de desvantagem.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado).
O argumento apresentado no texto permite o questionamento de pressupostos de universalidade e justifica a institucionalização de políticas antirracismo.
No Brasil, um exemplo desse tipo de política é a
a) reforma do Código Penal.
b) elevação
da renda mínima.
c) adoção
de ações afirmativas.
d) revisão
da legislação eleitoral.
e) censura aos meios de comunicação.
17. (Enem PPL 2017) Pude entender o discurso do cacique Aniceto, na
assembleia dos bispos, padres e missionários, em que exigia nada mais, nada
menos que os índios fossem batizados. Contestava a pastoral da Igreja, de não
interferir nos costumes tribais, evitando missas e batizados. Para Aniceto, o
batismo aparecia como sinal do branco, que dava reconhecimento de cristão, isto
é, de humano, ao índio.
MARTINS, J. S. A chegada do estranho. São Paulo: Hucitec, 1993 (adaptado).
O objetivo do posicionamento do cacique xavante em
relação ao sistema religioso externo às tribos era
a) flexibilizar
a crença católica e seus rituais como forma de evolução cultural.
b) acatar a
cosmologia cristã e suas divindades como orientação ideológica legítima.
c) incorporar
a religiosidade dominante e seus sacramentos como estratégia de aceitação
social.
d) prevenir
retaliações de grupos missionários como defesa de práticas religiosas
sincréticas.
e) reorganizar os comportamentos tribais como instrumento de resistência da comunidade indígena.
18. (Enem PPL 2017) TEXTO I
Frantz Fanon publicou pela primeira vez, em 1952, seu estudo sobre
colonialismo e racismo, Pele negra, máscaras brancas. Ao dizer que “para
o negro, há somente um destino” e que esse destino é branco, Fanon revelou que
as aspirações de muitos povos colonizados foram formadas pelo pensamento
colonial predominante.
BUCKINGHAM, W. et al. O livro da filosofia. São Paulo: Globo, 2011 (adaptado).
TEXTO II
Mesmo que não queiramos cobrar desses estabelecimentos (salões de
beleza) uma eficácia política nos moldes tradicionais da militância, uma vez
que são estabelecimentos comerciais e não entidades do movimento negro, o fato
é que, ao se autodenominarem “étnicos” e se apregoarem como divulgadores de uma
autoimagem positiva do negro em uma sociedade racista, os salões se colocam no
cerne de uma luta política e ideológica.
GOMES, N. Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Disponível em: www.rizoma.ufsc.br. Acesso em: 13 fev. 2013.
Os textos apresentam uma mudança relevante na
constituição identitária frente à discriminação racial. No Brasil, o
desdobramento dessa mudança revela o(a)
a) valorização
de traços culturais.
b) utilização
de resistência violenta.
c) fortalecimento
da organização partidária.
d) enfraquecimento
dos vínculos comunitários.
e) aceitação de estruturas de submissão social.
19. (Enem PPL 2016) Flor da negritude
Nascido numa casa antiga, pequena, com grande
quintal arborizado, localizada no subúrbio de Lins de Vasconcelos, o Renascença
Clube foi fundado por 29 sócios, todos negros. Buscava-se instaurar, por meio
do Renascença, um campo de relações em que os filhos de famílias negras
bem-sucedidas pudessem encontrar pessoas consideradas do mesmo nível social e
cultural, para fins de amizade ou casamento. Os homens usavam trajes
obrigatoriamente formais, flores na lapela, às vezes de summer ou até de fraque. As mulheres se vestiam com muitas sedas,
cetins e rendas, não esquecendo as luvas e os chapéus.
GIACOMINI, S. M. Revista de História da Biblioteca Nacional, 19 set 2007 (adaptado).
No início dos anos 1950, a fundação do Renascença
Clube, como espaço de convivência, demonstra o(a)
a) inexperiência
associativa que levou a elite negra a imitar os clubes dos brancos.
b) isolamento
da comunidade destacada que ignorava a democracia racial brasileira.
c) interesse
de um grupo de negros na afirmativa social para se livrar do preconceito.
d) existência
de uma elite negra imune ao preconceito pela posição social que ocupava.
e) criação de um racismo invertido que impedia a presença de pessoas brancas nesses clubes.
20. (Ufu 2015) A questão da demarcação de terras indígenas tem ao longo do tempo suscitado diversos conflitos. Mais recentemente, observou-se a possibilidade de modificar os critérios de demarcação, pois, conforme seus críticos, os regulamentos vigentes possibilitariam a ação de “indígenas civilizados”, ou seja, aqueles que supostamente teriam perdido sua identidade indígena, e que agora a reivindicavam com o intuito de obter terras. No centro deste debate, encontra-se a definição do que é ser indígena, enfim, a definição dos critérios definidores de uma etnia.
Para os estudos antropológicos atuais,
define-se uma etnia por meio da
a) identificação da presença de traços fenotípicos
comuns a uma população, atrelados ao cultivo de uma tradição cultural.
b) ocupação territorial de um país específico e
pela persistência de traços culturais tradicionais.
c) identificação de uma concepção, partilhada por
uma população, da existência de uma trajetória histórica comum que funda uma
identidade.
d) identificação de traços raciais comuns a uma população, aliados a elementos culturais específicos.
21. (Uem 2014) “[...] Protegidos por sua
retirada para regiões de difícil acesso, os Jê do Sul do Brasil sobreviveram
por alguns séculos aos Tupi, logo liquidados pelos colonizadores. Nas florestas
dos estados meridionais, Paraná e Santa Catarina, pequenos bandos selvagens
mantiveram-se até o século XX; talvez ainda subsistissem alguns em 1935, tão
ferozmente perseguidos nos últimos cem anos que se mantinham invisíveis; porém,
a maioria fora aldeada e assentada pelo governo brasileiro, por volta de 1914,
em vários centros”
(LÉVI-STRAUSS, C. Tristes Trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 144).
A partir dos significados da cultura
segundo a antropologia, da história dos conflitos entre populações indígenas e
outros grupos humanos e do texto de Lévi- Strauss, é correto afirmar que
01) a inferioridade cultural dos índios Jê frente a
outros grupos humanos foi o principal fator que contribuiu para o seu
desaparecimento.
02) a perseguição feroz a grupos étnicos distintos
do grupo socialmente dominante pode levar à invisibilidade social dos grupos
perseguidos.
04) a perseguição e o massacre dos índios Jê no Sul
do Brasil foram fortemente motivados por pontos de vista etnocêntricos,
interesses de Estado e ação de grupos sociais diversos.
08) já não existiam grupos indígenas no Sul do
Brasil no início do século XX.
16) o etnocentrismo, o preconceito, os interesses econômicos e as relações de poder influenciaram a maioria dos estados modernos no desrespeito aos direitos e às culturas das populações nativas que habitam seus territórios.
22. (Unicentro 2012) A suposição de que
havia um consenso absoluto sobre a organização social e a vida cultural de cada
tribo só era possível através da ideia que os administradores e cientistas
europeus tinham da “tradição”. As sociedades “tribais” (ou “primitivas”)
seriam, para eles, “sociedades tradicionais” — não só as regras de conduta eram
pautadas rigidamente pelo costume, como esse costume era transmitido, oralmente
e de forma imutável, de geração a geração, desde o princípio dos tempos. Os
europeus não admitiam que os africanos pudessem refletir criticamente sobre a
sua própria cultura”.
FIGUEIREDO, Fábio Baqueiro. História da África. Brasília: Ministério da Educação/Secretária de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais, 2010. 144. Disponível em: <http://www.ceao.ufba.br/2007/livrosvideos.php>. Acesso em: 2 jul. 2011.
O texto pontua a construção do olhar
europeu sobre a África, no período colonial.
A partir dos debates atuais sobre as
relações étnicas no Brasil, identifique com V ou F, conforme sejam verdadeiras
ou falsas as afirmativas sobre o texto.
(aa) O resultado sociopolítico dessa visão
estereotipada ainda hoje pode ser observado em relação à população
afro-brasileira.
(aa) Os conflitos raciais resultam de
estereótipos sociais, e não de fatos científicos.
(aa) Um indivíduo etnocêntrico não tem capacidade de observar outras culturas nas próprias condições em que elas se mostram.
A alternativa que contém a sequência
correta, de cima para baixo, é a
a) V V V
b) F V V
c) V F F
d) F V F
e) V V F
23. (Uem-pas 2012) Segundo a autora
Valéria Pilão, “Há um grupo no estado de São Paulo chamado ‘Carecas do ABC’,
cuja atividade coletiva chegou ao extremo de jogarem um garoto pela janela do
trem, pois o mesmo era punk. As manifestações homofóbicas também estão presentes,
o preconceito contra o negro é outra característica que permeia estes
movimentos. Na cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná, recentemente
(set/2005) um grupo pregando ‘o orgulho branco’ agrediu um negro na região
denominada setor histórico. Suas atitudes não pararam por aí, panfletos cujo
conteúdo propunha o preconceito ao homossexual e ao negro foram afixados nos
postes do local.”
(PILÃO, V. Movimentos sociais. In: LORENSETTI, E. et al. Sociologia. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 241-242).
Levando em consideração o texto acima,
é correto afirmar que
a) a discriminação contra os grupos sociais
considerados minoritários, como aparece no texto citado, respeita o ordenamento
jurídico brasileiro.
b) as situações de violência descritas no texto expressam
a persistência de preconceitos contra homossexuais e negros na sociedade
brasileira.
c) no Brasil, após a promulgação da Constituição de
1988, o preconceito e a discriminação contra grupos minoritários deixaram de
existir.
d) o preconceito e a discriminação contra homossexuais e negros contribuem para tornar a sociedade brasileira homogênea, saudável e pacífica.
24. (Uem 2012) Leia o texto a seguir e
assinale o que for correto sobre o tema da diversidade étnica.
“[...] Na verdade, raça, no Brasil
jamais foi um termo neutro; ao contrário, associou-se com frequência a uma
imagem particular do país. Muitas vezes, na vertente mais negativa de finais do
século XIX, a mestiçagem existente no país parecia atestar a falência da nação
[...]”
(SCHWARCZ, Lilia Moritz. Nem preto nem branco,
muito pelo contrário: cor e raça na intimidade. In: NOVAIS, Fernando &
SCHWARCZ, Lilia Moritz (orgs.) História da Vida Privada no Brasil. Contrastes
da intimidade contemporânea,. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 177).
a) Os termos raça e etnia se equivalem. Ambos fazem
referência à composição de grupos de pessoas com características fisiológicas e
biológicas comuns.
b) Os estudos centrados na noção de raça
classificam a humanidade por meio da seleção natural e da organização
genética.
c) Por ser o Brasil o país com o maior número de
negros e afrodescendentes depois do continente africano, não é pertinente
discutir no Brasil o racismo.
d) Nas décadas seguintes à abolição da escravatura, a integração dos negros à sociedade brasileira foi marcada pela adoção de mecanismos de inclusão que resultaram, recentemente, na implantação das chamadas políticas de ação afirmativa.
25. (Unisc 2012) “Em um
contexto nacional em que o desenvolvimento econômico é institucionalmente
defendido como a solução para todos os males sociais, se faz necessário
refletir sobre a forma como os indígenas são representados nos meios de mídia
de massa na atualidade. A evidente emergência de discursos anti-indigenistas
nestes meios tem consequência direta na vida destas coletividades, na forma
como são tratadas cotidianamente pelas populações não índias, com as quais,
inevitavelmente, convivem e compartilham espaços.
Assim como nos séculos passados, não são poucos os episódios de perseguição a minorias
autóctones e quilombolas no Brasil do século XXI. Há uma recorrência de
manifestações anti-indigenistas, estas não se dão de forma regular, estável,
mas oscilam, surgem entre extremos situados entre o esquecimento/apagamento e o
revisionismo/memória de uma construção de nação que destina um lugar aos
indígenas apenas e tão somente no seu passado.”
Fonte: PRADELLA, L. G.; ELTZ, D. Mídia de massa e anti-indigenismo no sul do Brasil do século XXI. In: RIO GRANDE DO SUL. Coletivos guaranis no Rio Grande do Sul. Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul/Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, 2010, p. 50).
I. O texto defende o fenômeno da aculturação para resolução
e integração dos povos indígenas na sociedade nacional.
II. Segundo os autores, os meios de comunicação de
massa são responsáveis pela fiscalização de políticas indigenistas,
representando todos os pontos de vista em seus discursos midiáticos.
III. Conforme o texto, a mídia, de forma
recorrente, nega a atualidade dos direitos indígenas na nação brasileira.
IV. Para os autores, discursos anti-indigenistas baseiam-se na defesa do valor histórico das populações indígenas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I está correta.
b) Somente a afirmativa III está correta.
c) Somente as afirmativas I e IV estão
corretas.
d) Somente as afirmativas III e IV estão
corretas.
e) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
26. (Unioeste 2011) “Na segunda metade
do século XX, a tendência à superação das ideias racistas permitiu que
diferentes povos e culturas fossem percebidos a partir de suas especificidades.
Grupos de negros pressionaram pela adoção de medidas legais que garantissem a eles
igualdade de condições e combatessem a segregação racial. Chegamos então ao
ponto em que nos encontramos, tendo que tirar o atraso de décadas de descaso
por assuntos referentes à África”.
Marina de Mello e Souza. A descoberta da África. RHBN, ano 4, n. 38, novembro de 2008, p.72-75.
A partir deste texto e do conhecimento
da sociologia a respeito da questão racial em nosso país, é possível afirmar
que
a) autores como Gilberto Freyre, Florestan
Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Darcy Ribeiro, entre outros tantos
autores, são importantes por chamarem a atenção do país para o papel dos negros
na construção do Brasil e da brasilidade, e as formas de exclusão explícitas e
implícitas que sofreram.
b) apesar de relevante a luta contra o preconceito racial,
o estudo da África só diria respeito ao conhecimento do passado, do período do
Descobrimento do Brasil até a abolição da escravidão entre nós.
c) estudar a África só nos indicaria a captura e a
escravidão de diferentes povos africanos, tendo em vista que raça e o racismo
são categorias ideológicas as quais servem para encobrir as fortes tensões
sociais existentes entre a imensa classe de pobres e o seu oposto à dos
ricos.
d) a autora quer dizer que devemos hoje operar cada vez mais com categorias tais como a especificidade da raça negra, da raça branca, da raça amarela e outras mais.
27. (Unioeste 2011) Quanto aos índios
brasileiros, a partir dos estudos sociológicos já feitos e existentes hoje,
está correto dizer que
a) estão em via de extinção posto serem culturas
primitivas e atrasadas com relação à sociedade brasileira, daí se
inviabilizarem como grupo social.
b) não há mais índios no país, posto que só
existiriam índios quando da descoberta do Brasil e no período Colonial, quando
pelas guerras, doenças e outros fatores advindo do contato com os
colonizadores, vieram a se extinguir.
c) apesar das desigualdades sociais imensas que
sofreram e sofrem, marginalizando-os, eles continuam presentes marcando,
atualmente, muito melhor suas identidades e pertencimentos culturais
específicos, abrindo e conquistando espaços políticos dentro da sociedade brasileira.
d) não mais existem índios no Brasil, pois que todos eles já entraram na sociedade brasileira, adquirindo os bens e serviços desta, daí não haver mais nenhuma cultura indígena pura, verdadeira, a qual possamos nos referir como legitimamente indígena.
28. (Uenp 2010) Do ponto de vista sociológico, no Brasil se constituiu sobre o mito da democracia racial principalmente depois da publicação de Casa grande e senzala de Gilberto Freyre (2003). De acordo com Florestan Fernandes (1965) o ideal de miscigenação fora difundido como mecanismo de absorção do mestiço não para a ascensão social do negro, mas para a hegemonia da classe dominante. O mito da democracia racial assentou-se sobre dois fundamentos: 1) o mito do bom senhor; 2) o mito do escravo submisso.
Analise as afirmações:
I. A crença no bom senhor exalta a vulgaridade das
elites modernas, como diria Contardo Calligaris, e juntamente com uma espécie
de pseudocordialidade seriam responsáveis pela manutenção e o aprofundamento
das diferenças sociais.
II. O mito do escravo submisso fez com que a
sociedade de um modo geral não encarasse de frente a violência da escravidão,
fez com que os ouvidos se ensurdecessem aos clamores do movimento negro, por
direitos e por justiça.
III. As proposições legislativas sobre a inclusão de negros vão desde o Projeto de Lei que reserva aos negros um percentual fixo de cargos da administração pública, aos que instituem cotas para negros nas universidades públicas e nos meios de comunicação.
Assinale a alternativa correta:
a) todas as afirmações são verdadeiras.
b) apenas a afirmação II e verdadeira.
c) as afirmações I e III são verdadeiras.
d) as afirmações I e II são falsas.
e) todas as afirmações são falsas.
29. (Uenp 2010) Leia o trecho da música
Haiti, de Caetano Veloso e Gilberto Gil:
Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos
pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
Assinale a alternativa correta.
a) Não existe, na música, uma referência indireta
ao haitianismo.
b) A música faz referência a um processo de
exclusão seletiva que atinge de forma mais gravosa a população negra.
c) É possível afirmar que os processos de exclusão
atingem, da mesma forma, brancos e negros.
d) A alusão ao Haiti é para fazer contraposição à
situação brasileira.
e) O texto faz referência ao processo de miscigenação racial pela qual passa o Brasil.
30. (Unesp 2013) Hoje, a melhor ciência
informa que as etnias são variações cosméticas do núcleo genético humano,
incapazes sozinhas de determinar a superioridade de um indivíduo ou grupo sobre
outros. Segundo o médico Sérgio Pena, não somos todos iguais, somos igualmente
diferentes. É uma beleza, do ponto de vista da antropologia genética, esperar
que, um dia, ela ajude a desvendar o enigma clássico da condição humana que é a
eterna desconfiança do outro, do diferente, do estrangeiro. O DNA nada sabe
desse sentimento. No seu coração genético, a espécie humana é tão mais forte e
sadia quanto mais variações apresenta.
(Fábio Altman. Unidos pelo futebol … e pelo DNA. Veja, 09.06.2010. Adaptado.)
Esta reportagem aborda o tema das
diferenças entre as etnias humanas sob um ponto de vista contrastante em
relação a outras abordagens vigentes ao longo da história. Em termos éticos,
trata-se de uma abordagem promissora, pois
a) opõe-se às teorias antropológicas que criticaram
o etnocentrismo ocidental em seu papel de justificação ideológica do
colonialismo.
b) apresenta argumentos científicos que provam o
caráter prejudicial da miscigenação para o progresso da humanidade.
c) fornece uma fundamentação científica para
justificar estereótipos racistas presentes no pensamento cotidiano e no senso
comum.
d) permite um questionamento radical dos ideais
universalistas inspiradores de políticas de preservação dos direitos
humanos.
e) estabelece uma ruptura com teorias eugenistas que defenderam a purificação racial como meio de aperfeiçoamento da humanidade.
Na segunda metade do século XX, a tendência à superação das ideias racistas permitiu que diferentespovos e culturas fossem percebidos a partir de suas especificidades. Grupos de negros pressionaram pela adoção de medidas legais que garantissem a eles igualdade de condições e combatessem a segregação racial. Chegamos então ao ponto em que nos encontramos, tendo que tirar o atraso de décadas de descasopor assuntos referentes à África”. Marina de Mello e Souza. A descoberta da África. RHBN, ano 4, n. 38, novembro de 2008, p. 72-75.
ResponderExcluircomo o estado brasileiro tem encaminhado a questao étnico-racial em nosso país ? aponte e comente as iniciativas legais e principais ações afirmativas sobre o tema.