1.
(Unicamp 2019) Como regime social, o fascismo social pode
coexistir com a democracia política liberal. Em vez de sacrificar a democracia
às exigências do capitalismo global, trivializa a democracia até o ponto de não
ser necessário sacrificá-la para promover o capitalismo. Trata-se, pois, de um
fascismo pluralista e, por isso, de uma forma de fascismo que nunca existiu.
Podemos estar entrando num período em que as sociedades são politicamente
democráticas e socialmente fascistas.
(Adaptado de Boaventura de Sousa Santos, Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010, p. 47.)
De
acordo com o texto e os conhecimentos sobre o assunto, a coexistência entre
fascismo e democracia é
a)
facilitada por processos eleitorais que dão continuidade a fascismos que
sempre existiram.
b)
promovida pela aceitação social que banaliza a democracia em favor do
capitalismo global.
c)
dificultada por processos eleitorais que renovam a democracia,
inviabilizando os fascismos.
d) possibilitada pela aceitação social de sociedades politicamente fascistas e socialmente democráticas.
2.
(Ufsc 2019) [...] embora (Durkheim) esteja correto ao afirmar
que os projetos socialistas compartilham da intenção de submeter as atividades
econômicas ao controle da sociedade como um todo, ele deixa de lado as razões
normativas subjacentes a essa intenção. Os primeiros socialistas exigiam que a
esfera econômica fosse submetida às diretivas sociais [...] não só para
assegurar uma distribuição mais justa de recursos por meio de uma nova ordem
econômica, mas também para assegurar que a produção servisse o propósito moral
de retirar da liberdade proclamada pela Revolução Francesa seu caráter
meramente privado e egoísta. Ao invés disso, a liberdade deveria ser entendida
como uma forma de cooperação livre, para se ajustar, assim, à promessa
revolucionária da fraternidade. Visto dessa perspectiva, o movimento socialista
tem se baseado numa crítica imanente da ordem capitalista moderna; ele aceita
as bases normativas dessa ordem – liberdade, igualdade e fraternidade – mas
argumenta que esses valores só são compatíveis entre si se a liberdade for
interpretada de maneira menos individualista e mais intersubjetiva.
HONNETH, Axel. The idea of socialis. Cambridge: Polity Press, 2017, p. 13.
Com
base no texto acima, é correto afirmar que:
01)
os ideais da Revolução Francesa – liberdade, igualdade, fraternidade –
jamais podem ser aplicados ao projeto socialista.
02)
a noção de liberdade é incompatível com a noção do socialismo.
04)
os projetos socialistas defendem uma interpretação menos individualista
e mais intersubjetiva da noção de liberdade.
08)
os projetos socialistas defendem que as atividades econômicas em geral
estejam submetidas ao controle da sociedade.
16)
a ideia de liberdade do autor deve estar associada à noção de cooperação
entre os indivíduos, a fim de realizar o ideal da fraternidade.
32)
os primeiros socialistas aceitavam a ideia de liberdade, mas não
aceitavam a ideia de fraternidade.
64) os primeiros socialistas defendiam que uma nova ordem econômica asseguraria a distribuição mais justa de recursos.
3.
(Famerp 2018) No livro Investigação
sobre a natureza e a causa da riqueza das nações, publicado em 1776, Adam
Smith argumentou que um agente econômico, procurando o lucro, movido pelo seu
próprio interesse, acaba favorecendo a sociedade como um todo. Esse ponto de
vista é um dos fundamentos
a)
do liberalismo, que dispensou a regulamentação da economia pelo Estado.
b)
do utilitarismo, que defendeu a produção especializada de objetos de
consumo.
c)
do corporativismo, que propôs a organização da sociedade em grupos
econômicos.
d)
do socialismo, que expôs a contradição entre produção e apropriação de
riqueza.
e) do mercantilismo, que elaborou princípios de protecionismo econômico.
4.
(Enem 2017) No período anterior ao golpe militar de 1964, os
documentos episcopais indicavam para os bispos que o desenvolvimento econômico,
e claramente o desenvolvimento capitalista, orientando-se no sentido da justa
distribuição da riqueza, resolveria o problema da miséria rural e,
consequentemente, suprimiria a possibilidade do proselitismo e da expansão
comunista entre os camponeses. Foi nesse sentido que o golpe de Estado, de 31
de março de 1964, foi acolhido pela igreja.
MARTINS, J. S. A política do Brasil: lúmpen e místico. São Paulo: Contexto. 2011 (adaptado).
Em
que pesem as divergências no interior do clero após a instalação da ditadura
civil-militar, o posicionamento mencionado no texto fundamentou-se no
entendimento da hierarquia católica de que o(a)
a)
luta de classes é estimulada pelo livre mercado.
b)
poder oligárquico é limitado pela ação do Exército.
c)
doutrina cristã é beneficiada pelo atraso do interior.
d)
espaço político é dominado pelo interesse empresarial.
e) manipulação ideológica é favorecida pela privação material.
5. (Unesp 2017) Texto 1
O
professor não se aproveitará da audiência cativa dos estudantes para promover
os seus próprios interesses, opiniões ou preferências ideológicas, religiosas,
morais, políticas e partidárias. Ao tratar de questões políticas,
socioculturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa
– isto é com a mesma profundidade e seriedade –, as principais versões,
teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a
respeito. O professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a
educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.
www.programaescolasempartido.org. Adaptado.
Texto 2
Ciências
sempre incluem controvérsias, mesmo física e química. Se não ensinamos isso
também, ensinamos errado. E o mesmo vale para história e sociologia – o
professor precisa ensinar Karl Marx, mas também Adam Smith e Émile Durkheim.
Mas o conhecimento que precisa ser passado é essencialmente científico – o que
não inclui o criacionismo, que é uma teoria religiosa. Com todo respeito, mas
família é família, e sociedade é sociedade: a família pode ter crenças de
preconceito homofóbico ou contra a mulher, por exemplo, e não se pode deixar
que um jovem nunca seja exposto a um ponto de vista diferente desses. Ele tem
que ser exposto a outros valores.
Renato Janine Ribeiro. https://educacao.uol.com.br, 21.07.2016. Adaptado.
O
confronto entre os dois textos permite concluir corretamente que
a)
ambos atribuem a mesma importância à fé religiosa e à ciência como
fundamentos educativos.
b)
ambos defendem o relativismo no campo dos valores morais, valorizando a
aceitação das diferenças.
c)
as duas abordagens valorizam a doutrinação ideológica do professor sobre
o aluno no campo educativo.
d)
o texto 1 assume uma posição moralmente conservadora, enquanto o texto 2
defende uma educação pluralista.
e) o texto 1 é contrário a preconceitos morais, enquanto o texto 2 denuncia o cientificismo na educação.
6. (Unesp 2017) Texto 1
Nunca
houve no mundo tanta gente vivendo com suas necessidades básicas atendidas,
nunca uma porcentagem tão alta da população mundial viveu fora da miséria – uma
vitória espetacular, num planeta com 7 bilhões de habitantes. Nunca houve menos
fome. Nunca tantos tiveram tanta educação nem tanto acesso à saúde.
José Roberto Guzzo. “Um mundo de angústias”. Veja, 25.01.2017.
Texto 2
Mais
sóbrio – e talvez mais pessimista – é olhar para quanto cada grupo se apropriou
do crescimento total: os 10% mais ricos da população global se apropriaram de
60% de todo o crescimento do mundo entre 1988 e 2008. Uma grande massa de
população melhorou de vida, é verdade, mas o que esse dado demonstra é que
poderia ter melhorado muito mais se o resultado do crescimento não terminasse
tão concentrado nas mãos dos ricos. O que está em jogo é mais do que dinheiro.
Em um mundo globalizado, os estados nacionais perdem força. Um grupo pequeno de
pessoas com muita riqueza tem grande poder de colocar as cartas a seu favor. Em
casos extremos, a desigualdade é uma ameaça à democracia.
Marcelo Medeiros. “O mundo é o lugar mais desigual do mundo”. http://piaui.folha.uol.com.br, junho de 2016. Adaptado.
O
confronto entre os dois textos permite concluir corretamente que
a)
ambos manifestam um ponto de vista liberal em termos ideológicos, pois
repercutem as vantagens da valorização do livre mercado e da meritocracia.
b)
o texto 1 pressupõe concordância com o liberalismo econômico, enquanto o
texto 2 integra problemas econômicos com tendências de retrocesso político.
c)
o texto 1 critica o progresso entendido como aperfeiçoamento contínuo da
humanidade, enquanto o texto 2 valoriza a globalização econômica.
d)
ambos apresentam um enfoque crítico e negativo sobre os efeitos do
neoliberalismo econômico e suas fortes tendências de diminuição dos gastos
públicos.
e) ambos manifestam um ponto de vista socialista em termos ideológicos, pois enfatizam a necessidade de diminuição da concentração de renda mundial.
7. (Enem PPL 2017) TEXTO I
Frantz
Fanon publicou pela primeira vez, em 1952, seu estudo sobre colonialismo e
racismo, Pele negra, máscaras brancas. Ao dizer que “para o negro, há
somente um destino” e que esse destino é branco, Fanon revelou que as
aspirações de muitos povos colonizados foram formadas pelo pensamento colonial
predominante.
BUCKINGHAM, W. et al. O livro da filosofia. São Paulo: Globo, 2011 (adaptado).
TEXTO II
Mesmo
que não queiramos cobrar desses estabelecimentos (salões de beleza) uma
eficácia política nos moldes tradicionais da militância, uma vez que são
estabelecimentos comerciais e não entidades do movimento negro, o fato é que,
ao se autodenominarem “étnicos” e se apregoarem como divulgadores de uma
autoimagem positiva do negro em uma sociedade racista, os salões se colocam no
cerne de uma luta política e ideológica.
GOMES, N. Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Disponível em: www.rizoma.ufsc.br. Acesso em: 13 fev. 2013.
Os
textos apresentam uma mudança relevante na constituição identitária frente à
discriminação racial. No Brasil, o desdobramento dessa mudança revela o(a)
a)
valorização de traços culturais.
b)
utilização de resistência violenta.
c)
fortalecimento da organização partidária.
d)
enfraquecimento dos vínculos comunitários.
e) aceitação de estruturas de submissão social.
8.
(Uema 2016) Hoje, tudo que chamam de “reformas” constitui de
fato um conjunto de recuos sucessivos em matéria de direitos sociais, de
proteção aos assalariados, com privilégios para os poderosos e prerrogativas
ampliadas para o grande patronato. Isso provoca no povo uma rejeição de
qualquer ideia de “reforma”, pois ele pressente que em nome dessa palavra
mágica vão lhe pedir novos sacrifícios.
DION, Jack. A esquerda esqueceu do povo (entrevista). In: Carta Capital. Ano XXI. Nº 850.
O
texto retrata a visão de uma corrente político-ideológico, que tende a exercer
o controle sobre a sociedade, denominada de
a)
Comunismo.
b)
Democracia.
c)
Neoliberalismo.
d)
Aristocracia.
e)
Socialismo.
9. (Unisc 2016) Anarquismo é uma
corrente de pensamento com variadas expressões no pensamento filosófico e
político. Os anarquistas têm em comum a defesa da liberdade pessoal, da
participação direta dos cidadãos em todos os assuntos políticos e a recusa às
diferentes formas de autoridade e de governo. São contrários à representação
política e à delegação de poder. Entendem que a ordem social não requer a
existência de governo. Há um segundo sentido do termo, comum na linguagem
popular, em que anarquista significa ser apoiador da desordem e do caos.
Dicionário de Filosofia Política, Edunisinos, 2010.
Considerando o primeiro sentido,
próprio do pensamento filosófico e político, assinale a alternativa condizente
com a visão anarquista.
a) Voto universal e eleições diretas para todos os
cargos governamentais.
b) Cooperativas e sindicatos de
trabalhadores.
c) Organização terrorista anticapitalista,
militarizada e hierarquizada, tipo Al-Qaeda.
d) Parlamentos livres (de deputados, senadores ou
vereadores).
e) Democracia representativa.
10. (Uem-pas 2015) Valéria Pilão informa que, por ocasião da Copa do Mundo de 1970, durante a ditadura militar estabelecida no país, Miguel Gustavo compôs a canção “Pra frente Brasil”, que incitava:
“Noventa milhões em ação
Pra frente Brasil do meu coração
Todos juntos vamos
Pra frente Brasil
Salve a seleção (...)”
(PILÃO, Valéria. Movimento estudantil. In: LORENSETTI, Everaldo et al. Sociologia: ensino médio. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 275)
Levando em consideração o conteúdo do
trecho citado e o contexto em que a música foi elaborada, é correto afirmar
que:
01) o compositor, com suas palavras, dá a entender
um descontentamento com o regime político.
02) a canção dirige-se à população brasileira,
estimulando sentimentos de grandiosidade nacionalista.
04) a letra cria uma identificação entre a nação e
a seleção, como se a vitória desta significasse avanço daquela.
08) o compositor busca estimular os sentimentos
críticos dos jogadores e da comissão técnica, em relação ao momento político
vivenciado pelo país.
16) a letra, apesar de tratar de futebol, tema pelo qual o brasileiro é apaixonado, fala do assunto de modo imparcial, sereno.
11. (Enem PPL 2015) Colonizar,
afirmava, em 1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com os países novos
para tirar benefícios dos recursos de qualquer natureza desses países,
aproveitá-los no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar às populações
primitivas as vantagens da cultura intelectual, social, científica, moral,
artística, literária, comercial e industrial, apanágio das raças superiores. A
colonização é, pois, um estabelecimento fundado em país novo por uma raça de
civilização avançada, para realizar o duplo fim que acabamos de indicar”.
MÉRIGNHAC. Précis de législation et
d´économie coloniales. Apud LINHARES, M. Y.
A luta contra a Metrópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, 1981.
A definição de colonização apresentada
no texto tinha a função ideológica de
a) dissimular a prática da exploração mediante a
ideia de civilização.
b) compensar o saque das riquezas mediante a
educação formal dos colonos.
c) formar uma identidade colonial mediante a
recuperação de sua ancestralidade.
d) reparar o atraso da Colônia mediante a
incorporação dos hábitos da Metrópole.
e) promover a elevação cultural da Colônia mediante a incorporação de tradições metropolitanas.
12. (Uem 2011) Assinale o que for
correto sobre o conceito de ideologia.
01) Expressa a visão social de mundo de um grupo ou
classe social que se impõe ou busca a imposição sobre outro.
02) Define as escolhas dos indivíduos e age sobre
eles como um corpo sistemático de representações e de normas.
04) Gera processos de identificação e aceitação de
comportamentos, condenando as condutas desviantes.
08) Pretende reproduzir a sociedade e a estrutura
de classes que nela se estabelece.
16) Mantém independência dos processos cotidianos da vida social, tendo suporte nas relações estabelecidas no mundo do trabalho.
13. (Unimontes 2011) “A ideia da
ideologia, na sociedade capitalista, pressupõe a elaboração de um discurso
homogêneo, pretensamente universal, que, buscando identificar a realidade
social com o que as classes dominantes pensam sobre ela, esconde, oculta as
contradições existentes e silencia as representações contrárias às dessa
classe. Parte-se do pressuposto de que a sociedade capitalista é uma sociedade
harmônica, em que não há nenhuma forma de exploração.”
(TOMAZI, N.D. Sociologia da Educação)
Considerando as reflexões do autor
sobre esse tema, julgue os itens a seguir:
I. Essas reflexões estão apoiadas nas ideias de
Karl Marx sobre a ideologia na sociedade capitalista.
II. Essas reflexões concordam com o fato de que a
sociedade capitalista está dividida em classes que são contraditórias e conflituosas
e que, portanto, existem explicações, teorias divergentes e discursos
conflituosos sobre a realidade social.
III. Essas reflexões estão apoiadas nas ideias de
Max Weber sobre a sociedade capitalista.
IV. Essas reflexões partem do pressuposto de que a ideologia é sempre expressa por um grupo ou por uma classe, sendo, portanto, o indivíduo apenas o subsidiário de todo um pensamento anterior e mais amplo sobre a vida social.
Estão corretos os itens
a) II, III e IV, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I e IV, apenas.
14. (Unicentro 2010) “Todos nós
participamos de certos grupos de ideias [...]. São espécies de “bolsões”
ideológicos, onde há pessoas que dizem coisas em que nós também acreditamos,
pelas quais lutamos, que têm opiniões muito parecidas com as nossas. Há alguns
autores que dizem que na verdade nós não falamos de fato o que acreditamos
dizer, haveria certos mecanismos, certas estruturas que “falariam por nós”. Ou
seja, quando damos nossas opiniões, quando participamos de algum acontecimento,
de alguma manifestação, temos muito pouco de nosso aí, reproduzimos conceitos
que circulam nesses grupos. Ideologia não é, portanto, um fato individual, não
atua de forma consciente na maioria dos casos. Quando pretendemos alguma coisa,
quando defendemos uma ideia, um interesse, uma aspiração, uma vontade, um
desejo, normalmente não sabemos, não temos consciência de que isso ocorre
dentro de um esquema maior, [...] do qual somos representantes – repetimos
conceitos e vontades que já existiam anteriormente”
(MARCONDES FILHO, Ciro. Ideologia: O que todo cidadão precisa saber sobre. São Paulo, 1985, p.20).
A partir do texto é possível afirmar
que a Ideologia é
a) um fato individual, consciente e que se manifesta
por vontades particulares.
b) um conjunto de atitudes individuais e
momentâneas que não interferem na vida social.
c) algo que se reproduz fora e sem sofrer
influências do grupo social.
d) algo que se reproduz solitariamente.
e) algo que se reproduz a partir da convivência entre os indivíduos em grupos, que defendem os mesmos interesses e possuem opiniões semelhantes.
15. (Unioeste 2009) Com base nos seus
conhecimentos sobre o termo ideologia, considere as afirmativas a seguir:
I. Trata-se de um conjunto de ideias, valores ou
crenças que orientam a percepção e o comportamento dos indivíduos sobre
diversos assuntos ou aspectos sociais e políticos.
II. Na perspectiva marxista, a ideologia é um
conceito que denota “falsa consciência”: uma crença mistificante que é
socialmente determinada e que se presta a estabilizar a ordem social vigente em
benefício das classes dominantes.
III. A ideologia consiste em ideias explícitas,
fruto da reflexão coletiva e, portanto, internalizadas por todos os indivíduos
sem possibilidades de se romper com seus pressupostos.
IV. A ideologia pode ser usada para manipular,
direcionar e/ou limitar a visão das pessoas sobre determinado assunto ou
questão.
Assinale a alternativa que contém todas
as afirmativas corretas.
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) II e IV.
e) II, III e IV.
16. (Ueg 2009) Ideologia é um
conceito
a) desenvolvido por Marx e significa uma falsa
consciência produzida pelos especialistas no trabalho intelectual.
b) desenvolvido por Weber e significa um processo
de passagem da ética protestante para o espírito do capitalismo.
c) que significa anomia, para Durkheim; alienação,
para Marx; e racionalização, para Weber.
d) criado por Durkheim e significa ausência de leis e regras na sociedade.
17. (Uem 2008) Ao discorrer sobre
ideologia, Marilena Chauí afirma que “(...) a coerência ideológica não é obtida
malgrado as lacunas, mas, pelo contrário, graças a elas. Porque jamais poderá
dizer tudo até o fim, a ideologia é aquele discurso no qual os termos ausentes
garantem a suposta veracidade daquilo que está explicitamente afirmado”.
(O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 04).
Considerando o texto acima e o conceito
de ideologia para Karl Marx, assinale o que for correto.
01) Na maioria das sociedades capitalistas, as
desigualdades são ocultadas pelos princípios ideológicos que afirmam a
importância dos seguintes elementos: o progresso, o “vencer na vida”, o
individualismo, a mínima presença do Estado na economia e a soberania popular
por meio da representação.
02) Ideologia corresponde às ideias que predominam
em uma determinada sociedade, portanto expressa a realidade tal qual ela é na
sua objetividade.
04) Uma pessoa pode elaborar uma ideologia, construir
uma “questão” individual sem interferências anteriores e influências
comunitárias para a sua sustentação. Assim, com base em sua própria ideologia,
ela poderá refletir e agir em sua sociedade.
08) Na sociedade brasileira, a ideologia da
democracia racial afirma que índios, negros e brancos vivem em harmonia, com
igualdade de condições. Essa formulação omite as desigualdades étnicas
existentes no país.
16) Ideologia consiste em ideias que predominam na sociedade e que, por isso, são internalizadas por todos os indivíduos. Portanto não existem possibilidades de se romper com seus pressupostos.
18. (Uem 2008) Podemos conceituar
mudança social como toda inovação ocorrida na sociedade de forma geral ou em um
grupo específico. Sobre esse tema, assinale o que for correto.
01) O filósofo Auguste Comte era favorável à
Revolução Francesa, visto que apoiava as mudanças que ela continha. Afirmava,
entretanto, que as transformações da sociedade deveriam ser condicionadas pela
manutenção da ordem social.
02) No processo histórico de desenvolvimento das
sociedades humanas, as mudanças são inevitáveis. É consenso na sociologia que
elas ocorrem em todas as instituições sociais de modo natural, em
circunstâncias semelhantes à evolução pela qual passam os animais e os
vegetais.
04) Com a ampliação das suas bases industriais na
década de 1950, o Brasil passou por uma grande transformação: sua população,
que era rural, tornou-se majoritariamente urbana. Essa mudança foi provocada
pelas condições favoráveis oferecidas nas cidades, isto é, oferta de emprego,
de moradia, serviços de saúde e educação suficientes para todos aqueles que
imigraram para o espaço urbano.
08) Vê-se, em nossa sociedade urbana industrial,
que as famílias passaram por mudanças. O outrora preponderante tipo familiar
patriarcal sofreu modificações. Hoje há outras formas de organização familiar,
como a família conjugal (com a diluição do poder entre mulheres e homens), a
família chefiada por mulheres e a conjugalidade homossexual.
16) Com base nas consequências produzidas pela Lei Áurea de 1888, no Brasil, podemos concluir que, dependendo do contexto, mudanças legislativas não são suficientes para alterar prontamente padrões cristalizados de relações sociais.
19. (Ueg 2008) A Filosofia e a Sociologia são disciplinas que promovem uma reflexão crítica sobre os mais variados temas, particularmente o da ideologia. Partindo de uma análise crítica e utilizando o conceito de ideologia desenvolvido por Marx e outros pensadores, é correto afirmar que o cartum
a) revela que, independentemente dos indivíduos e
das classes sociais, todos pertencemos ao povo brasileiro.
b) mostra que, diante da televisão, todos os
brasileiros são iguais nesse momento.
c) sugere que há um crescimento quantitativo dos
telespectadores com o passar do tempo.
d) mostra que o discurso sobre “povo brasileiro” é ideológico, falso, abole as divisões e desigualdades sociais.
20. (Uel 2006) “[...] uma grande marca
enaltece - acrescenta um maior sentido de propósito à experiência, seja o
desafio de dar o melhor de si nos esportes e nos exercícios físicos ou a
afirmação de que a xícara de café que você bebe realmente importa [...] Segundo
o velho paradigma, tudo o que o marketing vendia era um produto. De acordo com
o novo modelo, contudo, o produto sempre é secundário ao verdadeiro produto, a
marca, e a venda de uma marca adquire um componente adicional que só pode ser
descrito como espiritual”. O efeito desse processo pode ser observado na fala
de um empresário da Internet comentando sua decisão de tatuar o logo da Nike em
seu umbigo: “Acordo toda manhã, pulo para o chuveiro, olho para o símbolo e ele
me sacode para o dia. É para me lembrar a cada dia como tenho de agir, isto é,
‘just do it’.”
(KLEIN, Naomi. Sem logo: a tirania das marcas em um planeta vendido. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. 45-76.)
Com base no texto e nos conhecimentos
sobre ideologia, é correto afirmar:
a) A atual tendência do capitalismo globalizado é
produzir marcas que estimulam a conscientização em detrimento dos processos de
alienação.
b) O capitalismo globalizado, ao tornar o ser
humano desideologizado, aproximou-se dos ideais marxistas quanto ao ideal
humano.
c) Graças às marcas e à influência da mídia, em sua
atuação educativa, as pessoas tornaram-se menos sujeitas ao consumo.
d) O trabalho ideológico em torno das marcas
solucionou as crises vividas desde a década de 1970 pelo capital
oligopólico.
e) Por meio da ideologia associada à mundialização
do capital, ampliou-se o fetichismo das mercadorias, o qual se reflete na
resposta social às marcas.
Muito criativo o teste de filosofia, pretendo trabalhar com meus alunos.
ResponderExcluirqual o gabarito da 11
ResponderExcluirVerifique no final da postagem!
Excluirqual o gabarito da 2??
ResponderExcluirQual o resposta da 9?
ResponderExcluirResposta da 6??
ResponderExcluirQual a respoata da 6
ResponderExcluirQual a resposta da 5
ResponderExcluir