1. (Uem 2019) As teses do
filósofo alemão Immanuel Kant sobre o caráter pedagógico da arte influenciaram
o movimento romântico do início do século XIX. Segundo o filósofo, o sentimento
do sublime é a elevação do nosso espírito pela beleza, de forma que, diante do
belo, compreendemos a proximidade entre aquilo que é humano, finito, e aquilo
que é infinito, e assim nos erguemos acima do lugar-comum vulgar. Acerca das concepções
estéticas do Romantismo e da filosofia alemã nos séculos XVIII e XIX, assinale
o que for correto.
01) Para Kant, o sublime é um sentimento produzido pelo artista a partir do
belo natural.
02) Segundo Kant, o sentimento do sublime estimula o nosso sentimento de
liberdade moral.
04) O Romantismo buscou na cultura da Grécia Antiga um exemplo ideal de
unidade entre os sentimentos e as paixões.
08) Para Hegel, a arte é educativa porque, na progressão das diversas formas
artísticas, exprime a passagem da religião natural para a religião da
interioridade.
16) O movimento romântico buscou sistematizar a construção artística por meio de regras objetivas, da mesma forma que filósofos do período, como Hegel, Fichte e Schelling, produziam tratados em que buscavam sistematizar o conhecimento filosófico.
2. (Uem 2017) “O que é racional, é efetivo; e o que é efetivo, é
racional. Nesta convicção está toda consciência desprevenida, bem como a
filosofia, e é daqui que esta parte para a consideração tanto do universo espiritual
quanto do natural. [...] O que importa, então, é reconhecer na
aparência do temporal e do transitório a substância que é imanente, e o eterno
que é presente. Com efeito, o racional, que é sinônimo da ideia, quando ele
entra em sua efetividade simultaneamente na existência externa, emerge uma
riqueza infinita de formas, fenômenos e configurações, e reveste o seu núcleo
com uma casca multicolor, na qual a consciência inicialmente se instala, e que
só o conceito transpassa, para encontrar o pulso interno e sentir igualmente o
seu batimento nas configurações externas”.
HEGEL, G. F. Excertos e parágrafos traduzidos. In MARÇAL, J. Antologia
de textos filosóficos. Curitiba: Seed, 2009, p. 313 e 314.
A partir do texto de Hegel, assinale o que for correto.
01) A filosofia não pode se ater às manifestações externas, às aparências
dos fenômenos e suas diversas configurações.
02) A imanência é uma qualidade sensível da substância, um dado exterior às
coisas.
04) O racional torna-se ideia quando a consciência ultrapassa os fenômenos e
os leva ao plano dos conceitos.
08) O processo do conhecimento parte do plano sensível, dos fenômenos, e
atinge o plano do conceito, quando se torna efetivamente racional.
16) A filosofia busca reconhecer o que permanece na substância apesar dos diversos aspectos transitórios e variáveis presentes, como a cor, a extensão, a quantidade e outros.
3. (Unioeste 2017) Em sua crítica a Tales de Mileto, o pensador alemão Hegel afirmou que a proposição pela qual o primeiro filósofo ficou conhecido – cuja formulação seria aproximadamente ‘a água é o princípio essencial de todos os seres’ – é filosófica porque enunciaria a concepção de que tudo é um. Assim, a infinda multiplicidade dos seres remeteria a uma unidade essencial. Para Hegel, porém, esse princípio essencial deve ser absolutamente diferente dos seres que ele gera, sustenta e comanda.
Com base no que
foi dito, é CORRETO afirmar:
a) Hegel concorda com a tese de Tales de que a água é o princípio essencial dos múltiplos seres.
b) Hegel afirma que a multiplicidade não pode ser submetida a um princípio
essencial.
c) O primeiro filósofo afirma que o princípio essencial é universalmente
diferente dos seres gerados.
d) Hegel supõe que a filosofia diz a unidade dos seres, mas que a essência
não é um ser entre outros.
e) Tales se baseou na necessidade da água para os seres vivos, para fundar a filosofia da natureza.
4. (Unesp 2017) A genuína e própria filosofia começa no Ocidente.
Só no Ocidente se ergue a liberdade da autoconsciência. No esplendor do Oriente
desaparece o indivíduo; só no Ocidente a luz se torna a lâmpada do pensamento
que se ilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que um povo se reconheça
livre, eis o que constitui o seu ser, o princípio de toda a sua vida moral e
civil. Temos a noção do nosso ser essencial no sentido de que a liberdade
pessoal é a sua condição fundamental, e de que nós, por conseguinte, não
podemos ser escravos. O estar às ordens de outro não constitui o nosso ser
essencial, mas sim o não ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terreno da
verdadeira e própria filosofia.
(Hegel. Estética, 2000. Adaptado.)
De acordo com o texto de Hegel, a filosofia
a) visa ao estabelecimento de consciências servis e representações
homogêneas.
b) é compatível com regimes políticos baseados na censura e na opressão.
c) valoriza as paixões e os sentimentos em detrimento da racionalidade.
d) é inseparável da realização e expansão de potenciais de razão e de
liberdade.
e) fundamenta-se na inexistência de padrões universais de julgamento.
5. (Ufu 2013) A
dialética de Hegel:
a) envolve duas
etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro,
frio-calor).
b) é incapaz de
explicar o movimento e a mudança verificados tanto no mundo quanto no
pensamento.
c) é interna nas
coisas objetivas, que só podem crescer e perecer em virtude de contradições
presentes nelas.
d) é um método (procedimento) a ser aplicado ao objeto de estudo do pesquisador.
6. (Uem 2013) “A
filosofia de Hegel constitui, assim, exemplo de um grandioso e radical
investimento especulativo, qualificado como Ideia de liberdade. Ao mesmo tempo
em que tem a pretensão de analisar a liberdade segundo um modo conceitual
(lógico-ontológico), quer, também, compreendê-la como uma forma histórica de
sua manifestação. Ou, dito de outro modo, sem abandonar o seu caráter
autorreferencial (subjetivo), o filósofo pretende efetivá-la na sua necessária
forma institucional (objetiva). (...) Se a liberdade subjetiva não alcançar
essa dimensão e se circunscrever no âmbito dos interesses e desejos
particulares dos indivíduos nas suas relações privadas, o próprio princípio da
liberdade se vê ameaçado.”
(MARÇAL,
J. [org.] Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009. p. 309).
Com base na citação
anterior, assinale o que for correto.
01) O livre arbítrio
constitui uma ameaça para a realização da liberdade.
02) A liberdade deve
ser pensada em dois planos distintos: o primeiro, autorreferencial ou
subjetivo, e o segundo, institucional ou objetivo.
04) A efetividade do
Estado e das instituições sociais constitui um obstáculo para os desejos
particulares dos indivíduos.
08) O exercício da
liberdade é característico de um processo historicamente definido.
16) A liberdade é uma síntese da religião com o autoconhecimento.
7. (Ufu 2012)O botão
desaparece no desabrochar da flor, e poderia dizer-se que a flor o refuta; do
mesmo modo que o fruto faz a flor parecer um falso ser-aí da planta, pondo-se
como sua verdade em lugar da flor: essas formas não só se distinguem, mas
também se repelem como incompatíveis entre si [...].
HEGEL,
G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 1988.
Com base em seus
conhecimentos e na leitura do texto acima, assinale a alternativa correta
segundo a filosofia de Hegel.
a) A essência do real
é a contradição sem interrupção ou o choque permanente dos contrários.
b) As contradições
são momentos da unidade orgânica, na qual, longe de se contradizerem, todos são
igualmente necessários.
c) O universo social
é o dos conflitos e das guerras sem fim, não havendo, por isso, a possibilidade
de uma vida ética.
d) Hegel combateu a concepção cristã da história ao destituí-la de qualquer finalidade benevolente.
8. (Ueg 2011) Para
Hegel, a razão é a relação interna e necessária entre as leis do pensamento e
as leis do real. Assim, ela é a unidade entre a razão subjetiva e a razão
objetiva. Hegel denominou essa unidade de espírito absoluto.
Dessa forma, um
evento real pode expressar e ser resultado das ideias que o precedem. Um
exemplo da objetivação dessas ideias é o seguinte evento:
a) a subida de Adolf
Hitler ao poder na Alemanha, representando os ideais sionistas
germânicos.
b) a Queda de Dom
Pedro I do trono brasileiro, representando a crise do sistema colonial
português.
c) a ascensão de
Napoleão Bonaparte ao poder, representando o ideal iluminista de igualdade
social.
d) a coroação de Dom Pedro II no trono brasileiro, representando a vitória dos ideais puritanos de moral.
9. (Unicentro 2010) Analise
as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). Em seu livro
História da Filosofia, Hegel (1770-1831) declara que a filosofia moderna pode
ser considerada o nascimento da filosofia propriamente dita, porque nela,
segundo Hegel, pela primeira vez, os filósofos afirmam que
I. a filosofia é independente e não se
submete a nenhuma autoridade que não seja a própria razão como faculdade plena
de conhecimento. Isto é, os modernos são os primeiros a demonstrar que o
conhecimento verdadeiro só pode nascer do trabalho interior realizado pela
razão, graças a seu próprio esforço. Só a razão conhece e somente ela pode
julgar a si mesma.
II. a filosofia moderna realiza a primeira
descoberta da subjetividade propriamente dita porque nela o primeiro ato do
conhecimento, do qual dependerão todos os outros, é a reflexão e consciência de
si reflexiva.
III. a filosofia moderna é a primeira a
reconhecer que, sendo todos os seres humanos seres conscientes e racionais,
todos têm igualmente o direito ao pensamento e a verdade. Segundo Hegel, essa
afirmação do direito ao pensamento, unida à ideia da recusa de toda censura
sobre o pensamento e palavra, seria a realização filosófica do princípio da
individualidade como subjetividade livre que se relaciona livremente com a
verdade.
IV. a filosofia moderna
está tão intimamente vinculada aos fundamentos da práxis humana que a ação não
pode ser ignorada na determinação de seus critérios filosóficos. Para Hegel, os
modernos foram os primeiros a entender que esta prática, no entanto, não deve
ser considerada apenas no sentido restrito da conduta pessoal, mas na acepção
mais abrangente de experiência humana em seus vários aspectos, desde histórico
até o nível psicológico.
a) Apenas I, III e
IV.
b) Apenas I, II e
III.
c) Apenas I.
d) Apenas II, III e
IV.
e) Apenas IV.
10. (Ueg 2010) Hegel,
prosseguindo na árdua tarefa de unificar o dualismo de Kant, substituiu o eu de
Fichte e o absoluto de Schelling por outra entidade: a ideia. A ideia, para
Hegel, deve ser submetida necessariamente a um processo de evolução dialética,
regido pela marcha triádica da:
a) experiência, juízo
e raciocínio.
b) realidade, crítica
e conclusão.
c) matéria, forma e
reflexão.
d) tese, antítese e síntese.
11. (Uem 2010) Hegel
criticou o inatismo, o empirismo e o kantismo. Endereçou a todos a mesma
crítica, a de não terem compreendido o que há de mais fundamental e essencial à
razão: o fato de ela ser histórica. Com base nessa afirmação, assinale o que
for correto.
01) Ao afirmar que a
razão é histórica, Hegel considera a razão como sendo relativa, isto é, não
possui um caráter universal e não pode alcançar a verdade.
02) Não há para Hegel
nenhuma relação entre a razão e a realidade. Submetida às circunstâncias dos
eventos históricos, a razão está condenada ao ceticismo, isto é, “ao duvidar
sempre”.
04) A identificação
entre razão e história conduz Hegel a desenvolver uma concepção materialista da
história e da realidade, negando entre ambas a possibilidade de uma relação
dialética.
08) No sistema
hegeliano, a racionalidade não é mais um modelo a ser aplicado, mas é o próprio
tecido do real e do pensamento. O mundo é a manifestação da ideia, o real é
racional, e o racional é o real.
16) Karl Marx, ao afirmar, na Ideologia alemã, que não é a história que anda com as pernas das ideias, mas as ideias é que andam com as pernas da história, critica, ao mesmo tempo, o idealismo e a concepção da história de Hegel e dos neo-hegelianos.
12. (Ufpa 2009) No
início do século dezenove, mais precisamente com Hegel, a arte é concebida no
interior do domínio do absoluto, isto é, da verdade enquanto tal e dos
elementos que a expõem. Tendo em vista essa concepção, é correto afirmar:
a) O absoluto não se
expressa, de uma vez por todas, no domínio artístico.
b) Ao apresentar o
absoluto sob forma sensível, isto é, concreta e singular, a obra de arte não
efetiva a transfiguração da realidade.
c) Na atividade
artística, apenas alguns de seus traços essenciais estão ligados ao ser
verdadeiro.
d) A beleza é,
enquanto produto da arte, manifestação sensível do absoluto.
e) Na arte, a totalidade que se torna aparição cumpre suficientemente suas determinações.
13. (Ufu 2007) Qual é
a diferença entre o conceito de movimento histórico, em Hegel, e o de processo
histórico, em Marx?
a) Para Hegel,
através do trabalho, os homens vão construindo o movimento da produção da vida
material e, assim, o movimento histórico. Para Marx, a consciência determina
cada época histórica, desenvolvendo o processo histórico.
b) Para Hegel, a
História pode sofrer rupturas e ter retrocessos, por isso utiliza-se do
conceito de movimento da base econômica da sociedade. Marx acredita que o modo
de produção encaminhe para um objetivo final, que é a concretização da
Razão.
c) Para Hegel, a
História tem uma circularidade que não permite a continuidade. Para Marx, a
História é construída pelo progresso da consciência dos homens que formam o
processo histórico.
d) Para Hegel, a História é teleológica, a Razão caminha para o conceito de si mesma, em si mesma. Marx não tem uma visão linear e progressiva da História, sendo que, para ele, ela é processo, depende da organização dos homens para a superação das contradições geradas na produção da vida material, para transformar ou retroceder historicamente.
14. (Ufu 2005) Hegel,
em seus cursos universitários de Filosofia da História, fez a seguinte
afirmação sobre a relação entre a filosofia e a história: “O único pensamento
que a filosofia aporta é a contemplação da história”.
HEGEL, G. W. F. Filosofia da História. 2 ed. Brasília: Editora da UnB, 1998, p. 17.
De acordo com a
reflexão de Hegel, é correto afirmar que
I. a razão governa o
mundo e, portanto, a história universal é um processo racional.
II. a ação dos homens
obedece a vontade divina que preestabelece o curso da história.
III. no processo
histórico, o pensar está subordinado ao real existente.
IV. a ideia ou a razão se originam da força material de produção e reprodução da história.
Assinale a alternativa que contém somente assertivas corretas.
a) III e IV.
b) I e II.
c) II e III.
BACANA HEIN NEM UM GABARITO COLOCA :(
ResponderExcluirVerifique o link do gabarito no final da postagem!
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