Outro caso de conflitos étnicos territoriais é, por exemplo, o dos curdos no Oriente Médio, que formam uma grande nação a lutar pela independência e reconhecimento de seu território, o Curdistão.
Os curdos são descendentes de pastores e vivem há milhares de anos nas montanhas da Ásia Central, fato que permitiu a manutenção de sua cultura, apesar do contato com outros povos.
No passado foram dominados por romanos, persas e otomanos. Muitos se refugiavam nas áreas montanhosas.
A dominação motivou a união dos curdos, a fim de expulsar os invasores de suas terras, reivindicando um Estado baseado na língua e nas tradições curdas.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, acreditaram na possibilidade da criação do Curdistão, pois o Império Otomano havia sido derrotado. Tal ação foi mencionada no Tratado de Sèvres, de 1921. Entretanto, a Turquia foi contra, pois na área foram descobertas jazidas de petróleo e existia o medo da propagação da revolução Russa. A Inglaterra optou por dividir o Curdistão entre Turquia, Síria e Iraque.
Os anos que se seguiram foram de dura repressão, principalmente na Turquia, onde o idioma curdo chegou a ser proibido.
Após a Segunda Guerra Mundial, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) apoiou a independência dos curdos (República de Mahabad), mas a influência dos Estados Unidos da América levou outros países da região a demonstrar rivalidade para com a URSS, que decidiu pela retirada do apoio.
No período de 1980/1988, durante a guerra Irã X Iraque, os curdos se viram no meio do conflito, devido à sua localização. Aproveitando a ocasião, a Turquia intensificou os ataques aos curdos, pois era a chance de eliminar um povo indesejado. Após o fim da guerra, os massacres passaram a ser praticados por parte do governo Iraquiano, desencadeando um grande movimento migratório para vários países da região, nos quais, muitas vezes, não foram aceitos.
Fonte: SEED
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